Capitulo 03

Anos depois _2009.

A moça está arrumando-se para o seu primeiro dia de trabalho na polícia criminalista. Zabdiel abre a porta do quarto e fala:

— Bom dia minha irmã! Ansiosa?

Zalina olha para ele mostra um sorriso sem mostra os dentes e diz:

— Bom dia! Um pouco. Já está pronto? Vou te leva para a escola e de lá vou para o trabalho.

Ele fala:

— Ainda não tomei café.

Os irmãos vão para a cozinha prepara o café, os dois fazem o desjejum e saem da casa.

Zabdiel está com treze anos, e Zalina com vinte e três. Hoje em dia é apenas os dois contra o mundo.

—Tenha um bom dia de aula querido, até mais tarde.

Ela fala para o irmão e da um beijo na bochecha dele. Zabdiel fala para ela meio em vergonhado.

— Zalina não precisa mais disso, já sou grandinho para receber beijos na bochecha.

Ela cerra os olhos na direção dele e fala:

— Grandinho é?

Ela dá uma gargalhada e continua a falar:

— Você sempre será o meu bebê, não importa sua idade e nem o seu tamanho vai ganhar beijo na bochecha sim rhum! Agora xo-xo tenho que trabalhar sai do meu carro homenzinho.

Ela rir e ele faz cara de tédio para ela e sai do carro.

Zalina segue para o trabalho. Ao chegar no seu destino ela entra no prédio de dois andares e mostra o crachá na recepção.

— É nova por aqui eu imagino.

Uma moça da recepção fala ao olhar o crachá de Zalina.

— Sim sou nova, começo hoje.

Ela diz para a moça da recepção que indica a sala que ela precisa ir. Zalina agradece e vai para a sala, lá ela conhece o supervisor que vai acompanha-lá até ele confirmar que realmente a mesma está pronta para trabalhar em campo.

— Você irá passar por testes aqui dentro, vai examinar provas recolhidas de cenas dos crimes, mostrando eficiência aqui na base logo você poderá sair em campo.

O supervisor Alex diz a Zalina. Ela entendi e diz que está pronta para os testes. Ele logo viu a força de vontade na moça e gostou disso, muitos escolhe esse ramo de trabalho pelo dinheiro, e são bem poucos que escolhe por realmente ter interesse na profissão, foi o que o supervisor Alex viu em Zalina interesse no trabalho e não no dinheiro.

Ele mostra para a moça o prédio por dentro, no andar de baixo tem as salas de alguns peritos chefes, e no andar de cima é os laboratórios e salas de testes, tem também uma ala atrás do prédio para testes arriscado que envolve fogo, batida de carros e etc...

Após Alex dar o conhecimento do lugar ele mostra o armário para ela deixar as suas coisas e também mostrar aonde ela começará a trabalhar.

— Aqui é o seu local de trabalho até a segunda ordem.

Ele diz, ela olha ao redor e sorrir, volta a olhar para Alex, ela então fala:

— É ótimo obrigada.

Ele sorrir gentilmente e fala:

— Você vem para cá por recomendação da faculdade, falaram que você foi a melhor entre todos, aqui vamos descobrir se isso é verdade... depois passo aqui para ver como está se saindo. O Jorge vai dizer exatamente o que você precisa fazer aqui, Jorge!

O moço aparenta ter uns 30 anos é o chefe daquela sala de exames. Ele vai até eles.

— Estou aqui, nova recruta?

Ele perguntou para Alex que o responde:

— Sim! Cuide dela.

Assim o supervisor sai da sala deixando Zalina nas mãos do Jorge, ela olha para o moço que a olha sério e fala:

— Em primeiro lugar aqui você me deve total respeito tudo que eu fala faz sem questionar, o primeiro 'piu' saindo de você eu mando uma carta pedindo a sua demissão.

A moça olha para ele um pouco assustada por saber que ali não seria nada fácil. Jorge ao ver a carinha da moça, ele não aguenta e começa a dar risadas e fala:

— Estou brincando eu não sou vilão. Pode ficar despreocupada aqui todos trabalhamos em conjuntos para garantir um bom resultado.

Zalina solta um suspiro aliviada e fala:

— Ainda bem!

Jorge sorrir e apresentar os dois colegas de trabalho para ela.

— Aquele é Thomas e aquela é Gabriela, nossos colegas de trabalho, seja bem-vinda, qual seu nome?

— Me chamo Zalina Smith é um prazer conhecê-los.

Jorge mostra a mesa de Zalina e onde fica tudo e caso ela tenha dúvidas era só perguntar que ele ou qualquer um dos colegas responderiam. Zalina sentiu-se confortável com os colegas eles mostraram ser pessoas legais.

O primeiro dia de Zalina foi ótimo, ela aprende rápido as coisas não foi difícil aperfeiçoar-se no trabalho.

Ela chegou em casa, no fim do dia e o irmão já estava lá.

— Oi, como foi o seu dia?

Ela pergunta enquanto tira o casaco e pendurar. Ele está na mesa fazendo atividades escolar, olha para ela e fala:

— Olá, foi bom.

Zalina percebe que o olhar dele fala outra coisa, então ela pergunta outra vez e senta na cadeira frente para ele, apenas a mesa afastá-los.

— Zabdiel como foi o seu dia hoje?

Ele então fala:

— toda vez que conto os meus problemas da escola pra você, você me coloca em outra colégio.

— Claro meu irmão, você acha que vou deixar te maltratarem?! Óbvio que não!

Ela diz e ele retruca:

— mas não quero mudar de colégio, tenho ótimos amigos aonde estudo. Não importa para qual colégio você me coloque sempre vai ter um para fazer zoação.

Ela pensa por um minuto e então fala para o irmão:

— Tá bom, eu não vou trocar você de colégio. Fala o que aconteceu para você está com esse olhar triste?

Zabdiel olha para irmã e começa a dizer o que sucedeu hoje no colégio:

— Você sabe que vai chegar o dia das mães e vão fazer uma comemoração como todo anos a maioria dos colégios faz. A professora pediu para levamos as mães sexta-feira agora, estava tudo ótimo até um dos colegas de sala começa a falar, "professora a senhora deveria mandar os alunos que não tem mãe, não participar da comemoração já que ele não tem do que se orgulhar por não terem mãe" eu sou o único da sala que não tem mãe e provavelmente serei o único e não levar ninguém sexta-feira. É chato isso, porque eles não entendem o quanto essas brincadeiras machucam.

Zalina apenas ouvi o irmão falar. Tem apenas duas semanas que ela troucou o irmão de colégio, um dos motivos foi exatamente o que está sucedendo agora, outros colegas mexendo com ele, zoando o pequeno Zabdiel. Esse colégio é de gente mais rica, que paga mensalidade. Zalina não tem problema com isso, ela  quer uma educação boa para o irmão.

É triste para Zalina ouvir as lamentações do irmão, infelizmente ela não pode fazer nada, crianças que não tem um pingo de respeito pela dor dos outros será um verdadeiro lixo quando cresce, e o pior é, que isso vem do ensinamento de dentro de casa.

— Não fica triste manhinho. Eu espero que eles nunca tenham que passar por tudo que nós passamos,  você é um garoto forte que venceu tantos traumas, tantas perdas e está aqui seguindo a vida. A minha vontade é de tirar você daquele colégio, mas não vou, você tem treze anos creio que já tá na hora de você tomar algumas decisões, de fazer algumas reclamações, de calar a boca daqueles que mexe com a sua paz. A nossa irmã te ensinou a nunca responde ofensas com ofensas, certo?

Ele confirma com a cabeça, Zalina continua a falar:

— Agora vou te ensinar a responde ofensas com verdades. Não tenha medo de falar Zabdiel, na próxima vez que falarem algo que te ofende, te machuque, retruque com inteligência. Eu aprendi que pessoas maldosas são burras, que não sabem falar paralelepípedo. Você é um garoto inteligente, apesar de ser novo tem uma mente brilhante, use ela para calar a boca desses indivíduos que não sabem nem montar uma frase digna. Estude eles, quando uma situação dessas aconteceu outra vez você saberá se defender sem agredir eles com ofensas.

— E em relação a comemoração na sexta-feira, você levará a sua irmã que te ama como uma mãe.

Zabdiel abre um largo sorriso, levanta-se da cadeira e abraça a irmã.

— Amo você Zalina, obrigado.

Ela retribue o abraço, dá um beijo na bochecha do irmão e diz:

— Eu te amo demais, sempre vou está aqui pra você... agora eu vou preparar nosso jantar e quando eu terminar quero ver essa mesa arrumada.

Ela levanta e vai para a cozinha. Zalina coloca o avental e começa a preparar o jantar. Não demora para a amiga entrar na casa falando alto trazendo alegria para o ambiente.

— Oi, oi, oiii, pessoas. Oi meu gordinho!!!

Michelly fala ao bagunça o cabelo de Zabdiel.

— Você sempre faz isso!

Ele diz, ao arrumar o cabelo de novo. Michelly rir e vai para a cozinha.

— Oi meu amor. Precisando de ajuda?

Ela fala para Zalina. A moça responde:

— Uma ajuda é sempre bem-vinda.

Assim às duas começa a fazer o jantar e a conversar.

— Como foi o primeiro dia de trabalho?

Michelly perguntou.

— Foi bom, todos que conheci eram gentis. Ainda não estou trabalhando em campo vou passar primeiro pelo teste de experiência no laboratório.

Zalina a respondeu.

Elas conversam bastante até o jantar ficar pronto. Eles fazem a refeição. Zalina pergunta para Michelly:

— Amiga amanhã você está de folga, né?

Michelly responde:

— Sim estou! Por quê?

Zalina fala:

— pode pegar o Zab no colégio para mim? Eu não gosto que ele venha sozinho só aceito por não ter escolha.

Zabdiel entra na conversa:

— Se deixasse eu dirigir não ficaria preocupada.

Zalina olha para o irmão e fala:

— Você é novo demais para dirigir, sabe disso.

Zabdiel revira os olhos fazendo cara de tédio, ele levanta e vai lavar a louça que sujou. Michelly responde a pergunta da amiga:

— Eu pego ele sim amiga, não se preocupa.

— Vocês me tratam como se eu tivesse dez anos. Vou para o meu quarto, boa noite.

Ele fala e se dirige para o corredor que leva para os quartos.

— Verdade amiga, você o trata como se tivesse dez anos. Ele já tá grandinho pode voltar do colégio sozinho, e o colégio é bem perto não gasta nem quinze minutos andando.

Michelly diz tentando colocar alguma coisa na cabeça da amiga. Zalina pego o prato, levanta e vai lavar a louça que sujou. Michelly completa a fala:

— Você pode ficar calada mas sabe que ele tá crescendo.

Zalina lembra da conversa que teve com o irmão mais cedo. Ela sabe que precisa deixar o irmão ser independente, só é difícil para ela. A moça olha para a amiga e fala:

— Não precisa buscá-lo, vocês estão certos tenho que para de tratá-lo como uma criança de dez anos.

Michelly sorrir para a amiga, ela sabe o quanto isso é difícil para Zalina.

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