...Eve ...
...🐇🐇🐇🐇...
Acordo, sentindo dor, em lugares em que nem sabia que era possível sentir, parece que fui atropelada, por um caminhão. Fico enjoada apenas de lembrar do sangue, pegajoso que tinha em meu corpo, passo as mãos por meus cabelos, para ver se não estou careca. Acho que me arrependo do que fiz, passo as mãos por meu corpo dolorido, estou limpa? Vestida com uma camiseta, que com certeza é de Jeremmy.
Olho para o lado, tendo a visão de um dos "caminhões" dos que me "atropelaram", Jeremmy está deitado de meu lado, me observando. - Está com medo? – Me pergunta. – Eu não sei o que sentir... Isso acaba sendo meio frustrante! – Respondo, rouca, morrendo de dor em minha garganta. – Dói! – Aponto para minha garganta, minhas bochechas coram, quando me lembro do motivo.
Jeremmy se levanta, pegando o jarro, que estava na escrivaninha, colocando água em um copo, ele me entrega, bebo sentindo alívio em minha garganta, entrego o copo, para ele novamente.
Tento me levantar, sentindo muita dor em meu corpo, parece que levei um surra!
– Porque quer levantar? – Pergunta, vindo até mim. – Quero ver minha situação, dói muito! – Ele faz uma careta, me ajudando a chegar até o espelho. Tiro a camiseta de meu corpo. Tomo um susto, meu corpo está todo roxo! Meus seios estão inchados, chegam a doer, apenas com o vento que entra da janela, batendo neles, os cortes que Maeson, fez com o machado, ardem.
Olho para minha intimidade, está completamente inchada, merda isto dói! Meu pescoço tem marcas de enforcamento, minhas bochechas estão marcadas, com alguns cortes, olho para minha mão enfaixada, quase chorando, ela lateja muito! Não quero sentir tanta dor assim! Levanto um de meus pés, para olha-lo, ele está todo cortado por baixo, porque corri descalço, passo as mãos pelos arranhões, de meus braços e pernas, que os galhos das árvores fizeram, meu braço está roxo, pela corrente apertada, que me prenderam ontem.
Jeremmy me olha preocupado. – Desculpa.–
Diz, secando uma lágrima que escorre de meus olhos, eu nunca mais vou transar com eles! Essa merda dói tanto! Será que tentaram me castigar, por ter tentado fugir? Agora entendo porque todas as mulheres acabaram morrendo no final! Talvez tenham tentado me matar? Este pensamento me faz, afastar bruscamente de Jeremmy, ele me olha nervoso.
Saio da frente do espelho, me jogando na cama novamente, quero tanto perguntar para ele, sobre as jaulas, mas não aguento mais de dor. No dia em que tiraram minha virgindade, senti dor no outro dia, porém foi apenas em um lugar. Jeremmy vem para o meu lado, tentando me encostar, me afasto, me enrolando no lençol, até não ficar nenhuma parte para fora. – Ei! Não vamos fazer nada com você, se estiver doendo! – Fico quieta, escuto ele mexer em suas gavetas. – Tire isso, agora! – Puxa o lençol, olho para ele com cara feia, isso me machucou.
Arregalo os olhos, ele está segurando uma agulha? – Tem medo de injeção? – Pergunta, não nem pensar, de novo, não!
– Ei! Você não pode sair injetando coisas, que eu não sei o que é, em meu corpo! – Abaixa a agulha. – É para ajudar na dor. – Me afasto, choramingando. – Prefiro a dor então! – Ele ri, mexendo na sua gaveta novamente.
– Uma pomada então? – Não quero, tudo que eles oferecem é suspeito, ele insiste me olhando. – Se doer, eu vou chorar! – Me deito na cama.
– Ok, onde dói tanto? – Olho brava para ele. Sua mão passa com pomada, em meus braços. – Arde! Arde! Arde! – Dou um tapa em seu braço, com minha mão machucada, choro de dor, sentindo meu ferimento doer. – Você escolhe, a pomada ou a injeção? – Fico quieta para ele passar.
Que droga! De pomada é está afinal? Em todo o lugar que ele passa, queima que nem fogo! Mordo o lençol, quando ele passa nos roxos, que a corrente deixou, meu Deus! Está pomada de merda, cheira a idoso, que tem dor nas pernas! Seus dedos espalham pomada em minhas bochechas. Jeremmy tenta me encostar o mínimo possível, para não me machucar, seria fofo, se ele não fosse um dos responsáveis por meu estado!
Suas mãos separam minhas coxas. – Não, aí não! – Fecho as pernas, se eu fizer alguma coisa agora, acho que vou morrer de dor.
– Só vou passar a pomada! Juro. – O deixo abrir, ele abaixa sua cabeça, dando um beijinho em meu monte de vênus.
– Jeremmy! você prometeu! – Ele ri, passando a pomada em minhas dobras, sua mão logo desce para espalhar em minhas coxas.
– Quanto tempo eu dormi? – Pergunto, quase dando um chute nele, quando passa a pomada em meus pés. – O dia inteiro praticamente. – Diz terminando, de passar em meu corpo.
– Você quebrou minha confiança! – Diz, cruzando os braços. – A sério? Que merda, você não teria feito a mesma coisa em meu lugar! – Que sensação horrível. – Você quebrou minha confiança, e não vai mais sair de casa, enquanto não me mostrar que merece! – Idiota, as vezes eu esqueço que ele pode ser assim. Viro as costas para ele, me cobrindo novamente.
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...Jeremmy...
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No final ela é só mais uma prisioneira, que vai tentar fugir, quando tiver oportunidade, eu não devia ter me apegado a ela, merda não sei o que faço. Ela levanta abruptamente da cama, correndo para o banheiro, vou atrás preocupado.
Eve cai de joelhos, em frente a privada, vomitando, me aproximo segurando seus cabelos. A culpa é nossa! Acho que deveria fazer ela tomar aquele sedativo! Seu corpo cheio de hematomas, treme. Quando vê que estou a segurando, ela sai de perto.
– ME EXPLICA AGORA!!! – Grita, completamente fora de si. – CALMA EVE! -
Respondo, agarrando seus ombros forte, ela geme de dor, me fazendo parar de aperta-los. – AGORA!- Talvez eu deva sedar ela? Não, não posso fugir disso mais. – As pessoas das Jaulas? – Ela afirma. Merda, quem está enjoado agora sou eu. – NÃO APENAS ELES, MAS E EU, PORQUE ESTOU AQUI? PORQUE NÃO ESTOU TRANCADA TAMBÉM? – Como que vou explicar uma coisa dessas? Com toda certeza, depois disto, vou matar o Maeson!
– É PELA MÃE DE VOCÊS NÃO É? – Ah que merda. – Eu posso explicar! – Uma hora ou outra, este momento iria ter que chegar. – Temos um circo, mas disto você já sabe. Ele não é para pessoa comuns, sempre vamos uma vez por ano, para uma cidade qualquer, com a promessa, de um espetáculo "nunca visto antes", para atrair pessoas. Oferecemos pipoca e algodão doce, de graça, drogamos os alimentos, para ter certeza que ninguém vai fugir. – Ela arregala os olhos, se afastando. – O governo, da um jeito de esconder, tudo que fazemos, pois muitos dos frequentadores, do verdadeiro "Circo", são políticos. – Suas mãos começam a tremer.
– E as pessoas? – Solto um suspiro.
– Colocamos dentro das jaulas. E usamos no verdadeiro "Espetáculo", os frequentadores pagam uma grande quantidade, de dinheiro, para torturarmos as pessoas do jeito que eles querem ver. Antes de ser um "Circo", costumava ser uma seita, até meu pai resolver transformar em uma coisa pior. Ninguém aqui é religioso, ou algo do tipo, fazíamos isto porque a família do meu pai, tem assassinos a décadas, então não entenda mal, mas é nosso trabalho fazer isso. Não sentimos pena daquelas pessoas, na verdade, acho que está em nosso gene gostar de vê-las sofrendo, em agonia. Então a resposta é, as pessoas das jaulas estão aqui para morrer de forma cruel! – Resolvo contar, literalmente toda a verdade.
– E....e.... quanto a mim? – Pergunta, gaguejando. – Você só não está lá dentro, para morrer, porque se parece com nossa mãe! Por isso eu não gostava de você no começo, para mim você nunca seria capaz de substituí-la, mas agora é diferente! – Tento me aproximar, ela corre para longe.
– MEU DEUS! SERÁ QUE VOCÊS NÃO SÃO AS PESSOAS QUE EU TENHO IMAGINADO? – Grita, chorando desesperada. – Ei! Nós gostamos de você! – Me olha em choque. – NÃO, NÃO GOSTAM, VOCÊS GOSTAM DA APARÊNCIA DA MÃE DE VOCÊS! – Ela faz um gesto, exagerado com as mãos me afastando.
– E AGORA O QUE FAÇO? EU NÃO SEU MAIS NADAAA!!! – Eve, chora histérica.
– Achei que gostam de mim, fui tão burra em acreditar. – Fala em meio aos seus soluços. – ENTÃO AS ROUPAS QUE TYLER ME VESTIA, ERA DA MÃE DE VOCÊS? QUE MERDA ISSO É DOENTE! - Uma culpa enorme, começa a pesar em meu peito.
– DESCULPA COELHINHA! DESCULPA POR SERMOS ASSIM, MAS NÃO CONSEGUIMOS MUDAR! SOMOS MONSTROS HORRÍVEIS NINGUÉM CONSEGUE NOS AMAR, EVE! PORQUE SOMOS ASSIM, ACHO QUE TAMBÉM NÃO AMAMOS NINGUÉM, NÃO CONSEGUIMOS, TUDO QUE SABEMOS É MATAR E TORTURAR PESSOAS! - Algumas lágrimas saem de meus olhos, talvez está não fosse a melhor hora para soltar um desabafo desses. Ela chora ajoelhada, histérica de um lado, e eu choro do outro.
– ENTÃO POR FAVOR, FAÇA-NOS SE SENTIR AMADOS DE VERDADE, PELO MENOS UMA VEZ!!!
Me arrasto de joelhos, até ela, a abraçando, contra sua vontade, tento a segurar firme, ela se debate, tentando me afastar, sua mão da um tapa em meu rosto. A seguro firme, me levantando, pegando-a em meus braços, saio de dentro do banheiro, me sentando na cama.
– Vai ficar tudo bem... – Acaricio seus cabelos, pegando o sedativo, de cima da cômoda, para aplicar em seu pescoço, lágrimas saem de meus olhos sem parar, começo a balançar, em meus braços, cantarolando alguma coisa indecifrável.
– Desculpa... desculpa... desculpa. – Falo, acariciando seus cabelos, furo seu pescoço com a agulha, aplicando o sedativo, ela relaxa aos poucos, me deito na cama, abraçando seu corpo desacordado.
– Desculpa... desculpa...eu não queria ser assim!
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...Eve ...
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Me acordo, cansada, a culpa toma conta de mim, tentei ignorar e esquecer, o que vi no dia em que fui sequestrada. É meio idiota da minha parte, pois esqueci que era uma prisioneira. Eles nunca gostaram realmente de quem eu sou, só estou aqui para satisfazer uma fantasia. Para eles não sou a Eve, sou outra mulher, é estranho agora, como se sentissem atração pela própria mãe. Me sinto nojenta, por realizar está fantasia doente, não importa o que sou, é como se eu fosse uma casca vazia, onde tudo o que importa é minha aparência.
É insano, não sei o que pensar, nem o que fazer, é como se eu fosse um objeto. Me levanto tentando abrir a porta, está trancada claro, ele disse que faria. Porra acreditei que eles gostavam de mim! caramba eu não sou nada! Poderia estar sendo torturada, como aquelas pessoas, se talvez meu cabelo fosse preto, ou tivesse olhos de cor diferente, isto é horrível! E o pior, é que prova que eu não sou nada, não importa o que penso, ou o que faço, talvez se alguma parte de meu corpo mudar, eles parem de "gostar" de minha aparência, e me matem. – O que foi que eu fiz para cair nessa em? Se Deus existe ele deve me odiar! – Que droga, tudo que posso fazer é chorar, e implorar para não morrer de forma ruim.
Me deito na cama novamente. Eles me enganaram, me tratando bem, me dando uma atenção que nunca recebi, se for olhar por este lado, eu também usei eles, nunca recebi carinho dos meus pais, talvez tenha me sentido um pouco bem demais, com este tratamento, que quis esquecer de todas as coisas horríveis que eles poderiam fazer.
A porta se abre, e Tyler entra, droga! Não estou pronta para ver eles, estou esgotada, ele está com minha bandeja de comida, nas mãos, me viro de costas, para tentar ignora-lo. – Trouxe o café da manhã.-
Porra sério? Porque tem que ser difícil não gostar deles? – Não quero... – Minha voz sai fina, por conta do choro, que ameaça sair.
– Então... você sabe agora. – Diz, eu me sinto mal. – Tyler, sai daqui! – Minha voz sai arranhando, sua mão encosta em meu braço, uma sensação estranha toma conta de meu corpo, estou enjoada, o medo, junto a decepção me consomem, sinto nojo! Mas, não deles, e sim de mim mesma! Tudo que sou é uma casca vazia, nunca vão realmente gostar de mim, que merda eu odeio tudo isso! Porque não importa se tenho uma personalidade ou não, estou aqui por minha maldita aparência!
Bato a mão na bandeja, derrubando tudo, que tem nela. QUE DROGA! Prefiro a morte, do que viver de forma miserável, estou pressa, a loucos assassinos! Corro em direção a janela, do quarto de Jeremmy, com intenção de me jogar dela, nem ligo se está trancada ou não, vou cair para baixo com vidro e tudo! Quando estou quase me batendo na janela, mãos forte me agarram.
– Eve! Você enlouqueceu? – É a voz de Maeson.
– Ela definitivamente tentou pular! - Jeremmy, diz de algum lugar. - Me deixem... ir...me deixem ir...me deixam.... POR FAVOR! ME DEIXEM IR! – Choro muito, não consigo controlar, merda que medo! – Porque quer nos deixar Eve? Não vê que te amamos! - Jeremmy Diz.
– ME AMAM? QUE GRANDE PORCARIA, ESTOU AQUI PORQUE ME PAREÇO COM A MULHER QUE DEU A LUZ A VOCÊS, EU SOU O QUE AFINAL UMA BONECA SEXUAL, QUE SE PARECE COM A MÃE DE VOCÊS! NÃO SE IMPORTAM COM QUEM EU SOU! NÃO SABEM QUEM EU SOU! -
Me liberto de Maeson, Tyler puxa meu cabelo, me derrubando na cama ele prende meus braços com suas mãos. – EU ODEIO VOCÊS! EU ME ODEIO! ODEIO TUDO QUE PODE SER ODIADO NO MUNDO!– Grito, em estado de choque. – NÓS TE AMAMOS EVE!- Tyler grita em meu rosto. – ME AMA? SEU DOENTE! VOCÊ VESTIU AS ROUPAS DA SUA MÃE EM MIM! – Grito, ele me senta, prendendo meus braços, atrás de minhas costas, me fazendo olhar seus irmãos.
Maeson se aproxima. – Coelhinha, se você tivesse pulado, teria nos matado também! porque iríamos pular atrás de você. - Acaricia minha bochecha. – Você iria nos matar Eve? - O que? Não nunca, faria isso com as pessoas, que são boas para mim! - A Eve, quer nos ver mortos? - Pergunta Jeremmy, nego com a cabeça. Não, não quero, eu os amo! Não posso viver sem eles, não quero ficar sem eles. Relaxo meus braços, Tyler os solta, descansando a cabeça em meu ombro. – Está é nossa boa garotinha! – Fala Maeson. – Eve, é nossa bonequinha de porcelana, as outras pessoas podem a quebrar a qualquer momento, mas nunca vamos deixar! - Jeremmy diz, se aproximando.
Sim, sim! Eu sou deles, sou sua boa garota! Eles se importam comigo, são atenciosos, me dando carinho. Poderiam ter morrido por minha culpa? Nunca vou me perdoar por isso! Sou tão ingrata, não os mereço!
- Desculpa! – Me solto de Tyler, abraçando, Maeson e Jeremmy, que estão em minha frente. – Isso mesmo, ninguém pode amar e cuidar de Eve, assim como fazemos, apenas nós podemos protege-la de todo mal, do mundo! - Tyler, vem se juntar a nosso abraço. Mas o mal são vocês!
– Vamos quebrar nossa bonequinha, e
depois colar os pedaços, de nosso jeito! - Diz, Maeson. – Sim, vamos deixá-la louca, destruir sua mente! - Responde Tyler.
- Ela vai ser o coelho da cartola do mágico! - Diz, Jeremmy. - Ela fará tudo de bom grado, porque nos ama!- Sim eu os amo! E faria qualquer coisa por eles! Que cuidam tão bem de mim, vou ser agradecida e parar de arrumar confusão, com esses homens gentis. Algumas lágrimas deixam meus olhos.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Ana Paula Antunes
não sei se estou gostando desse livro, é muito bizarro 😔 acho que eles deveriam tentar mudar e não enlouquecer ela
2025-03-26
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Karoll Stresser
é..... ela enlouqueceu de vez, tá birrutinha da cuca.
2025-02-05
0
Jamily
Eu tô sentindo q tô ficando louca q nem ela
2024-12-19
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