Circo De Horrores

Circo De Horrores

Capítulo 1

...Eve...

...🐁🐁🐁...

Caminhei pelo parque sombrio, onde está sendo apresentado, o novo circo da cidade. As luzes das barracas de comida brilham, atraindo um fluxo constante de frequentadores, embora o lugar, pareça mais assustador que divertido. O anúncio promete um espetáculo nunca visto antes.

O ar estava pesado, uma sensação de tensão flutuava no local. As luzes do circo eram escamadas, emitindo um halo esverdeado sombrio. As pessoas ficaram mais estranhas do que de costume.

Apesar do ar pesado e da sensação de tensão, decido visitar o circo, pela promessa de um espetáculo nunca visto antes. Encontrarei ali um pouco de intervalo da minha solidão.

Chego em uma barraca, de pipoca e algodão doce. Um palhaço sombrio e assustador, parecia ser a única pessoa por lá. Ele estava vestido de palhaço, mas suas roupas não eram coloridas, como as de um palhaço comum. As roupas eram pretas e brancas, assim como sua maquiagem. Ele me olha nos olhos, com uma expressão estranha, como se tentasse me ver através de minhas roupas. Fico aterrorizada, mas a pipoca e o algodão doce me convencem a prosseguir.

- Uma pipoca e um algodão doce por favor? - digo em voz baixa, desconfortável com o olhar fixo e assustador do palhaço. Continua olhando fixamente para mim, enquanto pergunta:

-Doce ou salgado?

- Como assim?- pergunto completamente confusa.

-A pipoca, não é?- Explica.

-Ah, sim... Doce, então.-Respondi confusamente,  tento esconder meu desconforto. Ele me olha com desconfiança e deboche.

- Você não gosta de coisas salgadas senhorita?- juro que vi um sorriso no canto da sua boca, pintada com tinta preta.

Arregalo os olhos, eu sei muito bem o que ele quis dizer com isso. -Bom é que eu tenho pressão alta então não gosto muito de coisas salgadas. - Respondo fingindo que não entendi o duplo sentido de suas palavras.

- Ótima escolha.- Fala, virando-se, indo em direção da máquina de algodão doce. Olho ao meu redor e começo a perceber que não há ninguém nas outras barracas, e que as pessoas que estavam aqui fora, já não estão mais. - Onde foram todos?- pergunto, sentindo uma sensação de medo, ao mesmo tempo que sigo o palhaço até a máquina de algodão doce com os olhos. Ele se vira para mim, com um olhar malicioso e sorrateiro.

-Lá dentro, se preparo para assistir ao espetáculo. - Fala, apontando para a lona, a alguns metros de nós. -Eu já deveria estar lá dentro, também, mas quando vi você vindo nesta direção, corri para cá.- Me olha com um sorriso malicioso, me entregando a pipoca e o algodão doce. Olho para eles com receio, penso se devo comer está pipoca?

-Estou com medo de comer essa pipoca.- Digo para ele.

- Não é como se eu tivesse colocado veneno aí, ratinha.Eu acho...- Solta uma gargalhada alta que me causa arrepios. Ele coloca a mão dentro do saco de pipocas, a enchendo e socando na minha boca.

- Não, parece que você colocou veneno aqui.- Respondo com a boca cheia de pipoca, sentindo dificuldade para falar, com voz de pavor, começando a tremer. Ele ri de forma maliciosa, me forçando a engolir a pipoca. -Engula tudo, ratinha!- diz com voz autoritária, me agarrando por trás, me empurrando em direção da lona.

"Proibido a entrada de crianças para este espetáculo."

Uma placa está presa na corda, que separa a entrada da área do espetáculo. No meio dela, eu consigo ler a frase: "Proibido a entrada de crianças." Estou hesitante em entrar, sentindo uma sensação de medo e desconforto com a presença do palhaço a minha volta. Ele coloca a mão nas minhas costas, me dando um empurrão para entrar de uma vez, Olho para o palhaço, ele percebe minha confusão e diz.

- Vamos assistir ao espetáculo, e você vai perceber que não tem nada com o que se preocupar.- Tento voltar para trás, para sair dali, mas o palhaço segura meu braço com força, chamando um cara, que tem três vezes o meu tamanho para ficar na entrada. Ele sussurra alguma coisa no ouvido dele, e vai para frente em direção ao palco, sumindo atrás das cortinas.

Olho para o homem na porta, e vejo que eu não tenho chances de sair daquele lugar mais. - Senhorita tem um lugar ali na frente reservado para você, é melhor se sentar.- Fala sério, apontando para um lugar que por sinal já está ocupado por uma mulher.

- Mas já está ocupado!- Falo vendo que não tem mais lugares vagos, na esperança dele me deixar ir embora.

Ele me pega pelo braço, me arrastando até o lugar que a mulher está. - Saia! - Fala de uma maneira intimidante, a mulher se levanta. Sou empurrada no assento com brutalidade.- Para seu próprio bem, é melhor você não sair deste lugar por nada.- Fala, levando a mulher que estava em meu assento, para fora.

Olho para o palco, vendo estacas no chão, acima delas tem uma corda, que presumo, que sejam dos equilibristas. Em seu corpo, a corda é decorada com sangue seco, ela está desgastada, as estacas estão cheias de um líquido escuro e mal cheiroso. Ao meu redor, o ar é escasso e pesado, e por um momento o arrepio me invade, o medo me consome. Tenho vontade de sair correndo, mas lembro do conselho, do cara que está de guarda na saída.

Os equilibristas entram no palco, e começam a fazer um espetáculo, tudo parece perfeito. Eles parecem não errar uma única vez, até fazem manobras perigosas, que deixam o público entusiasmado. Tive a impressão que às vezes, eles olham para mim e acenam durante o espetáculo.

Começo a comer a pipoca, dando algumas mordidas no algodão doce, que está em minha mão. A pipoca realmente é muito doce e gostosa. Fico impressionada com a habilidade dos equilibristas, também cair em uma dessas estacas, não deve ser nada bom, acho que realmente julguei mal. Talvez o circo seja mais voltado para o público adulto. Acho que as maquiagens, e o ar macabro façam parte de sua estética, as crianças devem ser proibidas por conta disso, elas se assustariam com as maquiagens, os figurinos.

Os equilibristas saem do palco, e entra um mágico, que engole espadas. A audiência entusiasmada, aplaude ao ver o mágico engolir as espadas, e eles esperam ansiosos para ver o próximo ato que ele fará. O mágico sorri se preparando para começar o show,  todos estão curiosos para ver o que vai acontecer, a seguir.

O palhaço entra no palco, com um objeto grande, coberto, indo para trás  das cortinas, voltando com quatro pessoas, elas estão nuas? Acabo de comer a minha pipoca, me sentindo um pouco tonta, olhando para o público. Eles parecem um pouco zonzos também, assim como as pessoas que estão no palco. O palhaço mostra uma expressão estranha no rosto,  parece estar esperando alguma coisa, talvez alguém mais. O que ele está planejando fazer com estás pessoas nuas?

O palhaço mostra as vítimas a frente, para o  público. Elas estão com pesos nas pernas. Ele descobre o objeto revelando um berço de judas.

Se aproximando das vítimas, mostrando a elas, um pedaço das estacas afiadas no interior do berço. As vítimas não parecem ter noção do perigo em que estão, arregalo meus olhos. O palhaço se encosta na vítima, que se contorce contorce de dor em cima do objeto, gritando. Está  cena é horrível! quero sair daqui e chorar, mas meu corpo não tem forças para isso, olho em volta, vendo que as pessoas dos outros assentos, se encontram em um estado pior que o meu. Todos aqui dentro estão dopados.

Puxa um dos pesos para baixo, fazendo a pessoa gritar, implorando para parar, ela implora por misericórdia, pedindo a Deus para salva-la. Lágrimas saem dos meus olhos, ao ver aquela cena. Ele está olhando para mim com um sorriso macabro, não tenho escolha, ou eu olho para cena de tortura, ou para ele.

Estou chocada com a morte da primeira vítima, mas antes que  tenha tempo de lidar com meu trauma, o equilibrista surge de trás da cortina, com uma serra transversal. O mágico amarra as mãos da segunda pessoa, a pendurando com uma corda que vem do teto. O palhaço pega de um lado e o mágico do outro, da serra, e empurra a outra parte, para a outra extremidade, começando a serrando a vítima ao meio.

Depois que a segunda vítima é finalizada, os equilibristas colocam as outras duas pessoas, em cima do edifício próximo às cordas,  as jogando nas estacas do chão. Isto é o suficiente para mim. Apago neste momento, perdendo todos os sentidos.

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Comments

adora yaoi

adora yaoi

gente asmei tava procurando muito uma fanfic assim

2024-06-20

1

Kelly Victoria

Kelly Victoria

começando agora quero muito ler

2024-06-16

1

Fernanda Chiabotto

Fernanda Chiabotto

começando agora e ja quero mais😄

2024-06-12

3

Ver todos

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