capítulo 10

...Eve...

...🐇🐇🐇🐇...

Estou sendo carregada, por Jeremmy, neste momento, ele disse que não queria que eu machucasse meus pés, caminhando descalço.

- Você vai adorar, ele é um gatinho fofo! - Conforme o prometido, me comportei bem, ele está me levando para dar um passeio, me disse que o circo tem um gatinho, fofo, de estimação.

Descemos algumas escadas, está casa é realmente grande! O que acho estranho, é que em todo lugar que vamos tem empregados, mas nenhum deles olha em nossa direção, sem serem chamados, eles agem como se fossemos invisíveis.

- Jeremmy, vai demorar muito?- Pergunto pela terceira vez, não aguento mais descer escadas. - Não está é a última escada, daí chegamos no Hall. E aliás porque você está reclamando? Se quem está carregando você, sou eu? - Responde, rabugento, porque ele tem que ser tão chato assim?

- Aí que chato....- Falo, ele desce o último degrau. - Chata é você! Que fica testando minha paciência! - Revira os olhos.

Finalmente chegamos no Hall, da mansão, ele é decorado com móveis vitorianos, assim como o restante da casa, passamos por uma porta enorme.

Jeremmy vai em direção de alguns arbusto, do lado da mansão, passando por eles, tem uma estrada de terra, com lírios a contornando. É lindo.

- Jeremmy! Eles são lindos. - aponto para as flores.- Sim, meu pai as plantou para minha ma....- Ele para de falar. - O que?- Pergunto. - Nada, era uma coisa boba.

Consigo ver a uma certa distância um edifício enorme, parece quase com um teatro de ópera, tem trailers ao redor também.

Chegando, vejo várias pessoas fantasiadas, com maquiagens estranhas, são todos os funcionários do circo daquela vez, com algumas pessoas novas. Eles conversam entre si riem, comem pipoca e algodão doce.

Alguns olham para nós e sorriem. Jeremmy, vai até algumas pessoas que estão comendo. - Oh, então é verdade! Você trouxe realmente uma mulher. - Pergunta um homem, usando uma maquiagem de tigre. - Não lembro disso, ser da sua conta. - Responde Jeremmy. - Eu quero uma pipoca. - O homem sorri, entregando a pipoca, para Jeremmy.

O gato está na Jaula, Jeff? - Pergunta Jeremmy, me apertando contra si.

- Sim. - o homem olha para mim e sorri, eu olho para Jeremmy, sua cara está parecendo um Peral.

Ele sai caminhando, comigo em seus braços, em passos largos. - Não fique dando confiança para ele Eve! - Diz com firmeza.

- Mas, eu não fiz nada.- Respondo. - Você sorriu  de volta para ele! - Nossa, ele parece bravo.

Já afastados de todas as pessoas, entramos em um lugar cheio de jaulas, enormes e vazias. Nossa! caberiam umas 5 pessoas ali.

Olho para o chão, e vejo uma mancha de sangue, abaixo de nós. É como se uma pessoa tivesse sido arrastada, me seguro mais firme em Jeremmy, e se ele me enganou, e agora vai me matar?

Ele para, e olha para mim. - Tudo bem Eve? - Meu coração acelera de medo, ao escutar sua voz. - Si...Sim.- Respondo, ele arruma meu cabelo atrás de minha orelha, e continua a andar.

Jeremmy tropeça, e nós quase caímos no chão. - Mas que diabos está...- Olha para mim, e vê que estou em choque, ele ele ele ACABOU DE TROPEÇAR EM UMA PERNA HUMANA!!! PROVAVELMENTE ARRANCADA DE ALGUÉM!!!

- SOCORRO POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA! DEUS ME MATA LOGO, EU NÃO AGUENTO MAIS SOFRER!!! - Uma grito de desespero e dor, misturado com choro. Olho mais para frente a imagem que vejo me choca, um tigre listrado, dentro de uma jaula, desmembrando um homem, e o devorando.

Me agarro forte, em Jeremmy. - Você me trouxe aqui, para fazer ele me devorar! - tremo feito vara verde. - O que! não Eve, não era para você ter visto isto! - Jeremmy me vira, me fazendo ficar montada nele, ele abaixa minha cabeça, em seu ombro.

- Eve, não olhe para Isso. - O abraço forte.

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...Jeremmy...

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Isso é obra de Jeff! ele não falou de propósito. Pobre Eve, a coitadinha está tremendo sem parar, será que eu vou ter que mandar ele para uma das jaulas também? Não, melhor gato comer ele.

- Senhor, o que faz aqui? Jeff, disse que você estava se divertindo, e não apareceria tão cedo, para nos ajudar. - O que aquele idiota está insinuando?

- Aliás, porque este maldito tigre está comendo, a está hora? - Pergunto, apenas eu e meus irmãos, podemos alimentar o gato, com pessoas, quem foi que deu a permissão para ele afinal?

- Bom o senhor Maeson, mandou este. - Espera aí, ele demora uma semana para pegar cada um, como conseguiu me trazer quatro em dois dias? - Porque, ele está com pressa? - Pergunto para o funcionário.

- Bom ele disse a Jeff que queria, que você fosse para a cidade trabalhar logo. - O que! é quase como se ele estivesse, me chispando!

- Você veio alimentar o gatinho também? - Ele aponta para Eve. - Claro que não, que fique bem claro, que ela é dos meus irmãos! e se alguma coisa, eles vão sair arrancando a cabeça de todo mundo! - Ela treme, em meus braços.

Olho para o funcionário, ele olha para as coxas de Eve. - Espera então a história de Sullivan, é verdade? - Pergunta, abaixo a minha camiseta, que que Eve está vestida, para tampar mais suas coxas. - Acho que quem está querendo ir para jaula, é você! - Falo, irritado. - Desculpa, eu falei demais, não foi minha intenção. - Ele se afasta.

- Desculpa. - Peço, mexendo em seu cabelo loiro. - Tudo bem, desde que não me de, para o tigre comer. - Responde, se levantando de meu ombro, para me  olhar.

Seus olhos azuis, encontram meus olhos verdes, talvez meu coração tenha errado algumas batidas, neste momento, mas eu nunca vou admitir isso para ninguém.

- Quando você disse um gato, eu não achei que fosse um tigre! - Diz, passando o polegar em minha bochecha.

- Bom, eu devia ter contado do jeito certo, mas para mim e meus irmãos ele é um gato, pelo menos quando ele era filhote, ele parecia um. E tenho certeza que se eu contasse, que era uma tigre, você não iria querer vir! - Seu carinho é bom, vou deixar só desta vez, porque estou em débito, se ela chegar a falar sobre isso com Tyler e Maeson, estou ferrado.

- Prometo que ele é adorável, o problema é que agora ele está comendo, bom ele só come pessoas quando damos, sabe? Ele nunca atacou ninguém.... - Tento acalma-la, mas quem está nervoso sou eu.

- Ei! você quer ver os equilibristas, treinando? - Ela me olha assustada, claro que burro eu sou, com a cena que ela viu da primeira vez.

- Eles não vão jogar ninguém lá de cima, prometo. - Ela me olha com receio. - Ok - Diz, deitando sobre meu ombro novamente.

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...Eve...

...🐇🐇🐇🐇...

Ele realmente falou a verdade, desta vez, fomos para dentro, do edifício, lá aconteceram algumas apresentações legais, até de teatro, mas ninguém falou comigo, Jeremmy me fez comer a pipoca, ele jurou que não tinha veneno.

Alguém veio o chamar, ele teve que sair, uma moça simpática veio até mim, chamada Olivia, ela perguntou, se eu queria ajudar a fazer o algodão doce, e a pipoca, eu disse sim, quando Jeremmy voltou, ele ficou bravo, neste momento está brigando comigo, enquanto voltamos para casa.

- Você não pode sair com estranhos desse jeito! sabia? - Fala, mau humorado. - Eu achei que você tinha fugido! - Reviro os olhos. - Nossa! Que chato. - Falo, irritada com ele.

Olho para o céu, está quase noite, eu nem percebi, mas acabei ficando o dia inteiro lá, ajudando, ninguém me falou nada sobre o circo, ou me perguntou algo, porém todos foram legais comigo.

- Jeremmy. - Sinto meu estômago doer, de fome.  – O que?- Pergunta, sem paciência.

- Fome. - Ele me olha, e respira fundo. - Já estamos chegando, tabom? - Balanço a cabeça positivamente.

Estamos subindo novamente, um milhão de escadas, ainda bem que estou sendo carregada,  nem falei para ele que sujei meus pés, por medo de ter que subir as escadas sozinha.

Quando chegamos, achei que ele ia subir para o meu quarto, mas foi em direção do dele. - Por que, não está me deixando em meu quarto? - Pergunto. - Por que lá fica muito calor nesta época do ano, não quero entrar lá, e ver você frita. - Responde. - Onde eu vou dormir então? - Ele sorri.

- Comigo! Óbvio. - Chegamos, ele entra em seu quarto.

- Porque, eu não posso dormir em outro quarto? - Meu Deus! eu perdi as contas de quantas portas de quatro contei, quando estávamos voltando. - Porque em outro quarto, você pode fugir.- Da de ombros. - E para deixar bem claro,  quero te lembrar, que eu não gosto de você. - Diz olhando para mim, eu reviro os olhos.

Ele me coloca no chão, eu me sento em sua cama. - Jeremmy, eu sujei meus pés.... - ele olha em minha direção, bravo. - Ótimo! Agora vou ter que limpar! - Faz um gesto exagerado com as mãos, erguidas para cima.

Nesse momento, ele está ajoelhado em minha frente, limpando meus pés, com uma toalha úmida. - Eu vou descer buscar comida para você, não faça nada estúpido!

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...Jeremmy...

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Sério, as vezes eu sinto vontade de mata-la, arrumo os malditos biscoitos, em cima da bandeja, junto com o copo de leite.

Paro abruptamente, quando ouço passos, talvez seja alguém tentando me matar, como de costume. Merda geralmente isso acontece enquanto estou dormindo, e tem minhas espadas logo ao lado da cama, pego uma faca no faqueiro, pronto para arremessar na pessoa, andando atrás de uma das cortinas.

- Senhor Jeremmy! Eu vim trazer o relatório! - Diz, o informante assustado, espera, o informante? Mais já! - Tem certeza? - Pergunto. - Positivo senhor, eles falaram que eu já podia voltar para casa. Vamos lá, Tyler já falou com todos os patrocinadores, e disse que volta daqui dois dias, Maeson vai voltar com Tyler porque eles já estão perto um do outro, e George vai ficar mais um pouco, fazendo companhia ao senhor Cedric.

- Ok pode sair. - Ele vira de costas, saindo pela janela. Como diabos fizeram isso tão rápido? Eu nunca vi tanta determinação assim para voltar para casa, eles já chegaram a ficar 5 meses fora, outras vezes, e olha que eu mandei o Maeson longe desta vez. Bom foda-se! Pelo menos eu vou me livrar da coisa irritante mais rápido.

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Abrindo a porta, a vejo deitada, brincando com o meu baralho branco, isso é fofo, sorriu involuntariamente, mas meu sorriso logo some. Espera! O MEU BARALHO BRANCO! - EI!- Ela grita, quando o pego de suas mãos. - Porque, você mexe nas coisas que não deve? - Falo irritado. - Você não disse nada sobre o baralho! - Da de ombros.

- Apenas coma logo isto, durma. - Encho a mão de biscoitos, colocando em sua boca.

- Vou ir tomar banho, não mexa em nada! - Falo, indo para o banheiro irritado.

A água cai em meu corpo, sério eu vou explodir de ódio, aquela pirralha, ela só me perturba a mente, mas também é fofa, Jeremmy seu burro idiota, para, dou um tapa na minha própria cara.

Sai  do banheiro, trinta minutos depois, vejo ela brincando com a minha bengala.

- Qual a parte do não mexa em nada, que você não entendeu? - Cruzo os braços.- Eu não estava fazendo nada! - Responde, largando a bengala, no chão.

- Ah, que seja! - Deito do seu lado, na cama me cobrindo com o lençol, estou cansado demais para brigar. - Não tente fugir, e não tente me matar, apaga o abajur por favor. - Ela apaga, passa um minuto dois, três e quatro, ela continua muda, isso me incomoda.

A abraço por trás. - O que? - Pergunta.

- Nada, eu apenas sou acostumado a dormir abraçando meu travesseiro. - O que é uma grande mentira.

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