Capítulo Oito.

O pequeno Jinwoo senta em uma das cadeiras que estavam ali no auditório e logo ele escuta atentamente o Kang falando sobre sua profissão, após o presidente concluir, pergunta:

— Alguém tem dúvidas ou gostaria de perguntar algo?

O pequeno Jinwoo ergue a sua mão e Kang -Song-hoo olha-lhe com um sorriso no rosto.

— Senhor Kang, sei que sempre está inovando com os seuseus produtos na empresa Gisul, existe alguma possibilidade de continuar com o seu projeto antigo que não foi concluído? Sei que não posso enxergar como realmente as cores, objetos e lugares são, mas há uma chance de com sua criação eu ver por um holograma como tudo seria, o que poderia fazê-lo voltar a criar o holograma que permite pessoas com deficiência visual, ver tudo que há no mundo, mesmo que como um sonho onde tudo que está a sua volta parece real.

Kang estava perplexo com a inteligência e perspicácia do Jinwoo, ele havia abandonado o projeto do holograma para pessoas com deficiência visual conseguir a experiência de ver o mundo mesmo que por meio de Inteligência artificial.

— Esse projeto foi criado apenas como um interesse particular meu, não pretendo continuar com ele, mas temos novos produtos a cada mês nas lojas Gisul.

— Mas nenhum deles podem me fazer ao menos imaginar como são as coisas e que cores elas possuem, já que nasci com a deficiência visual— falou o pequeno Jinwoo com um semblante triste.

A professora chamou outro pai, e logo depois Kang saiu devastado da escola, assim que ele entrou no seu carro abaixou a cabeça e deixou que lágrimas percorreseem a sua face, ele sequer imaginava que algo que ainda era muito doloroso para ele, fosse ser exposto, através de um menino que possuía deficiência visual.

Ele seca suas lágrimas e dirige em direção a sua empresa, assim que chega, entra no seu escritório e pede que chame a Ha-ri.

Não demora muito e ela bate na porta dele, que logo diz:

— Entre!

— Senhor Kang-Song-hoo, peço que não me chame para o seu escritório para tomar o meu tempo, eu não estou aqui como uma mulher que irá satisfazer as suas necessidades, sou engenharia e não a sua subordinada.

—Não chamei a senhorita até aqui para satisfazer minhas vontades, Ha-ri, então sente-se e me escute antes de tomar decisões precipitadas do que eu vou dizer ou não a senhorita.

Ela senta envergonhada em uma das poltronas que ficava de frente para ele.

Por um momento ele a encara e em seguida diz, sussurrando:

— Para uma mulher que foi tão fácil, está se fazendo de difícil o suficiente ao ponto de me fazer duvidar de mim mesmo se não foi outra mulher quem esteve comigo anos atrás.

— Do que o senhor está falando? Eu preciso ler lábios? Ou irá falar para mim ao invés de sussurrar?

— Não quero que leia os meus lábios, há algo melhor a se fazer do que lê-los— ele falou e em seguida mordeu seus lábios pensando no beijo dela.

Continua...

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