Capítulo Seis.

Ha-ri observa Kang, tentando recordar onde o conheceu, mas decide ser sincera:

— Sinto muito, presidente Kang, mas não me lembro de tê-lo conhecido até hoje.

O presidente Kang a examina, questionando se ela finge desconhecê-lo, considerando sua recente contratação na empresa dele.

Ao abrir o elevador, Ha-ri cumprimenta-o respeitosamente, mas antes de sair, é surpreendida quando ele a puxa de volta.

— Hyun, avise à equipe da senhorita Ha-ri que esta semana ela trabalhará comigo — ordena Kang, intrigado.

O amigo do presidente olha surpreso, e ao receber um olhar frio, rapidamente deixa o elevador, cujas portas se fecham.

Ha-ri afasta-se do presidente, que se aproxima e provoca:

— Com medo de não conseguir resistir a mim?

— Presidente Kang, não se preocupe com isso. Você não faz o meu tipo — ela responde, desviando o olhar.

Kang, perplexo, relembra a noite quente dos dois, que parece ter sido esquecida por Ha-ri.

— Ha-ri, vou te mostrar que não é só você que pode criar jogos. Sou bom nisso. Quanto a não ser o seu tipo, não é apropriado mentir, especialmente para alguém tão inteligente. Sabemos que sou o seu tipo, a menos que tenha um gosto medíocre.

— Não faz o meu tipo. Sua inteligência é um ponto forte, mas sua falta de sensibilidade é medíocre. Vestir ternos caros e ter um corpo eclético não faz com que todas as mulheres caiam aos seus pés. Seu julgamento preconcebido não me atrai.

As portas do elevador se abrem, Kang sai, mas Ha-ri não o segue. Ele coloca o pé para evitar o fechamento das portas, perguntando:

— O que está esperando?

— Não vim de Tóquio para Seul para virar secretária do presidente. Tenha um bom dia, senhor Kang. Vou para o meu setor trabalhar — ela diz, pisando no pé dele antes de as portas se fecharem.

Kang, sentindo dor, observa Ha-ri com um sorriso enquanto as portas do elevador se fecham. Os dois se encaram antes de ele mancar em direção ao seu escritório.

Ha-ri entra na sala do seu departamento, o Hyun que estava lá para informar sobre a ausência dela, fica surpreso e logo ela diz:

—Obrigada senhor Hyun, mas não será necessário que eu fique afastada do meu departamento.

Naquele momento ela apresenta-se para a sua equipe, Hyun sai de lá sorrindo, pois sabe que assim que entrar na sala do Kang, o verá furioso.

Ha-ri estava na casa da sua amiga Yuna que apesar de ser do Japão, tinha uma filha que morava com a sua avó paterna.

Yuna amava a sua filha Min-Ji, apesar de sempre viajar a trabalho para o Japão, todos dias falava com sua filha, mas finalmente ela estava disposta a deixar seus negócios como segunda opção e se dedicar a ser uma mãe em primeiro lugar, conhecer a Ha-ri e o pequeno Jinwoo a fez perceber que estar perto da sua filha era tudo que ela precisava para ser feliz.

— Bom dia sogra! A Min-Ji já está pronta?—falou Yuna, com Jinwoo ao seu lado.

— Ela foi no quarto pegar a mochila dela, tenho certeza que ficará feliz em vê-la—falou a sua sogra, abraçando a Yuna.

— Mamãe!—falou Min-Ji correndo em direção a Yuna, ela abraçou a sua mãe e chorou emocionada.

Jinwoo, apesar de não estar vendo a cena, seu amigo robô descreveu para ele o fazendo sorrir, lembrando da sua mãe que é sempre carinhosa com ele.

— Filha esse é o Jinwoo, filho da minha amiga, ele irá estudar na mesma escola que você.

Jinwoon sorri e ergue a sua mão, em direção oposta a que Min-Ji estava, Chingu diz a direção que o pequeno deve direcionar o seu braço.

— Peço desculpas Min-Ji, sou cego e não sabia que estava do lado direito, já que sua mãe está na minha esquerda.

— Esse é o seu pai?— perguntou Min-Ji agora notando para Chingu, o robô que parecia um humano.

— Não conheço o meu pai, esse é o Chingu, meu melhor amigo que foi criado pela minha mãe para me ajudar com tudo que há no mundo que eu não posso ver.

— Olá senhorita Min-Ji, o Jinwoo estudará na mesma sala que a sua, precisamos da sua ajuda para conhecer uma pessoa.

— Chingu!— falou Jinwoo fazendo com que seu amigo robô ficasse em silêncio para não estragar o segredo, caso a Yuna soubesse, poderia talvez contar tudo a sua mãe e ele não queria que ela ficasse triste.

Eles foram para o carro em direção a escola, Min-Ji e Jinwoo estudam na mesma escola, pela manhã e pela tarde, afinal pequenos gênios tinham um quadro de atividades diárias para aprenderem.

Apesar de Min-Ji ser mais velha que Jinwoo os dois estudariam na mesma turma, devido ao alto QI de Jinwoo.

Após a apresentação na sala de aula, algumas crianças da turma ficaram admirando o Chingu que parecia humano, devido a deficiência visual do Jinwoo, a escola aprovou que ele tivesse ajuda do seu amigo robô.

As horas passaram rapidamente e já estava no turno da tarde quando Min-Ji falou:

.—Jinwoo, agora teremos apresentações no auditório, sobre as profissões dos nossos pais.

— O seu pai virá?

— O meu pai faleceu quando eu era ainda uma bebê, quem virá será meu tio, ele é muito inteligente, tem uma empresa chamada Kang Gisul aqui em Seul e também no Japão.

Continua...

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