Zachary

Zachary era um aluno brilhante e estava ansioso para terminar o High school. As suas notas eram as melhores. Como era popular, não tinha dificuldade em conviver com os colegas. Até os ajudava com aulas extras.

Um dia, enquanto estava na biblioteca com Jess, dando aulas de cálculo, ele perdeu a paciência com ela.

_ Jess, assim é impossível. Não vejo você se concentrar. Acho que não está interessada nas aulas.

_ Isso é verdade_ ela diz sorrindo maliciosamente _ o meu interesse é outro.

_ Então estou perdendo o meu tempo _ ele foi se levantar e ela o puxou atacando a boca dele com desejo _ afff.

Zachy a empurra e limpa a sua boca com raiva.

_ Não faça isso mais, ou serei obrigado a delatar esse comportamento vulgar ao diretor.

_ Você só pode ser gay. Não tem explicação.

_ Se eu sou gay ou não é problema meu.

_ Qualquer garoto daria tudo por um olhar meu. E está fazendo esse drama por um beijo.

_ Não se superestime menina. Eu não sou como os outros.

_ O que eu tenho de errado?

_ Além da sua presunção valorizada? Não sei. Eu apenas não quero ser usado como troféu.

_ Você deve ter sido magoado por uma garota.

_ Se você usasse essa imaginação fértil para estudar. Eu não devo satisfações para ninguém. Mas vou deixar claro que nunca fui magoado por garota nenhuma. O meu foco é outro. Quero um futuro melhor para mim e minha mãe. Então venho aqui para estudar.

_ Mas pode se divertir também.

_ Quem decide o tipo de diversão ideal para mim sou eu mesmo.

_ Está bem. Desculpe o meu mau comportamento. Prometo não agir assim mais. Podemos ser amigos?

_ Sim, podemos. Mas não tente se aproveitar.

_Tá bom.

A partir desse dia eles se tornaram bons amigos. Jess realmente tinha dificuldade com cálculos e Zachy a auxiliava.

Estava na cafeteria quando uma senhora elegante entrou. Pediu uma fatia de torta e chá.

Ela era gentil e gostava de conversar. Zachy deu toda a atenção e sorria com as histórias dela.

Quando ela foi se levantar, ficou pálida e se não fosse Zachy ampará-la, teria caído. Ele ficou apavorado ao ver a senhora desmaiada. Chamou a ambulância e o senhor João Bosco deixou que ele acompanhasse a senhora até o hospital.

Zachy ficou na sala de espera ansioso. Ao ver o médico, ficou mais aflito.

_ Você é parente da senhora Ruth?

_ Não. Ela estava na cafeteria onde trabalho e se sentiu mal. Ela está bem?

_ Graças a você sim. Ela teve um pequeno AVC. Mas está bem.

_ Não tem perigo de ter outro?

_Não. Você foi rápido e agora ela está bem. Já chamei o filho dela.

_ Que bom. Eu preciso voltar ao trabalho. Diga a senhora que desejo melhoras.

O médico assentiu com a cabeça.

Zachy foi para a cafeteria feliz. Em casa, a mãe o esperava com o jantar pronto. Eles comeram conversando sobre o dia.

_ Meu filho, acredita que com essa máquina eu consegui terminar a encomenda da fábrica e já peguei duas.

_Que bom mãe. Mas não quero que fique sobrecarregada.

_ Não se preocupe. Eu fiz pudim de leite.

_A senhora está querendo me engordar.

_ Bem que precisa. Está magro demais.

_ As garotas gostam _ ele brinca piscando _ arraso corações.

_ Eu sei disso. E espero que tenha juízo.

_ Eu tenho de sobra. Não quero saber de namorar agora mãe.

_ Querido, acho que você precisa se divertir mais.

_ Eu me divirto com a senhora e também na escola. Ah e ainda tem a cafeteria. Cada dia é algo novo.

Zachy foi dormir mais cedo. No dia seguinte teria que entregar o jornal. Ele fazia isso três vezes por semana.

Um dia, Zachy estava sozinho na cafeteria, quando um homem vestido com um terno elegante entrou.

_Boa tarde. Gostaria de falar com Zachary.

_ Sou eu.

_ Muito prazer. O meu nome é Carl Lenox. Você salvou a vida da minha mãe na semana passada.

_ Ah sim. A senhora Ruth está bem?

_ Está muito bem e pediu que viesse aqui para te convidar a tomar um chá com ela.

_ Eu me sinto lisonjeado. Mas trabalho todos os dias aqui.

_ Poderia vir no próximo domingo?

_ Está bem. Irei.

Quando Zachy chegou à mansão, sentiu faltar-lhe o ar. Era imponente e tinha o jardim mais lindo que já vira.

Ele foi recebido pela governanta que o levou até a sala.

_ Boa tarde. Que bom que aceitou o meu convite.

_ Boa tarde senhora. Muito obrigado por ter me convidado.

A governanta trouxe um carrinho com biscoitos, bolos, chá, creme.

Zachy se serviu timidamente. A senhora sorriu.

_ Espero que goste de tomar chá com uma velha.

_ É uma alegria ver que está bem. Me deu um susto aquele dia.

_ Quero agradecer a você por ter sido o meu anjo salvador.

_ Não precisa agradecer. Eu estava no lugar certo na hora certa.

_ Acredite meu filho. Já passei por isso em outros lugares e nunca encontrei uma pessoa tão gentil quanto você.

_ A senhora agora está bem mesmo?

_Sim. Não se preocupe. Eu gostaria muito que você aceitasse uma recompensa.

_Não senhora. Não posso cogitar essa ideia. Não fiz nada além da minha obrigação como pessoa ajudar o próximo.

_ Eu insisto.

_ Por favor, senhora Ruth. Eu ficaria magoado se insistir nisso. A minha mãe me ensinou que devemos retribuir o bem. Deus me dá tanto e retribuir é o meu dever.

_ Muito linda essa atitude. Bem, se não quer compensação financeira, saiba que tem em mim uma amiga. Qualquer coisa que precisar é só procurar a mim ou o meu filho Carl.

_ Está bem. Se a senhora não se importar, eu preciso ir agora. Vou à igreja com a minha mãe.

_ Não se atrase. Quero conhecer a sua mãe.

Eles se despediram e Zachy foi para casa. Na igreja, ele agradeceu a Deus a recuperação da senhora Ruth.

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