capítulo 11

~ William ~

A minha vida tem sido uma verdadeira loucura nos últimos dias, mas a maior certeza que tenho, é que ela é a maior vítima de toda essa história, e eu vou protegê-la do Marcos.

- não precisa se preocupar com isso, eu tenho algum dinheiro guardado e vou comprar um vestido para a minha mãe e para a Lara - eu a trouxe no shopping depois de muita insistência minha.

Quero comprar um presente para ela.

- por quê não quer aceitar os meus presentes?

- por que eu não quero que pense...

Eu a calei com um beijo, e pus a minha mão em sua cintura.

- porque se preocupa tanto com o que vou pensar de você? - acariciei o seu rosto com a minha boca ainda próxima a sua - eu gosto de presentear as pessoas que são importantes para mim, e é isso que vou fazer agora.

Entramos em uma loja muito sofisticada, e logo eu pedi para que a atendente trouxesse os melhores vestidos.

Ela está tímida, não falou muito coisa e apenas sorriu.

- temos uma variedade incrível! - ela trouxe os vestidos para que pudéssemos ver - qual desses vai querer provar?

- eu posso dar uma dica? - toquei a sua cintura e cheguei perto do seu ouvido - eu adoro a cor vermelha - sussurrei e sorri ao senti-la se arrepiar.

- e-eu vou experimentar os vermelhos - ela pegou dois vestidos vermelhos da mão da atendente e entrou no provador.

- ajude ela no que precisar, eu vou em uma loja aqui do lado e já volto - sai da loja e entrei em outra.

Quero dar um presente especial a ela, quero que sinta que os meus sentimentos são reais e verdadeiros, e que não estou brincando com ela da mesma forma que aquele infeliz fez.

Chega de brigas e desconfianças.

- boa tarde, eu gostaria de ver as melhores jóias que tem aqui - eu sempre compro algo nessa joelheira.

Presentes para a minha mãe, minha irmã e às vezes alguns para mim.

- é para alguém especial?

- sim, é para a minha esposa - ela trouxe as melhores jóias que tinham na loja, mas somente uma me chamou atenção.

É perfeita e delicada como ela.

Eu a comprei e voltei para a loja onde a havia deixado.

- onde estava? - ela se aproximou curiosa.

- estava pegando uma encomenda para a minha mãe - beijei o seu rosto e procurei alguma sacola em sua mão - não escolheu o vestido?

- escolhi, mas eu não sei se quero levá-lo - ela mordeu os lábios e sentou no sofá.

- se não gostou, podemos procurar em outra loja.

- não é isso - ela sussurrou como se estivesse me contando um segredo - você viu os preços dos vestidos? São dez vezes maiores do que o meu salário de enfermeira, podemos ir em um lugar mais barato.

Eu não aguentei o jeito em que ela falou e gargalhei.

Ela fechou a cara e ergueu as sobrancelhas de forma emburrada.

- sei que não está acostumada com esse tipo de coisa, mas é minha esposa, e eu quero que você se vista com as melhores peças e as melhores jóias.

- William...

- não tem discussão, vamos pegar o vestido - eu paguei o vestido que ela escolheu, e também acabei levando outro mesmo contra a sua vontade.

Também passamos em uma loja para que ela escolhesse um salto confortável, ela pegou o mais barato e simples que tinha, disse que combinava com o vestido e que estava bom.

Depois passamos em uma loja que estava ao gosto dela, e compramos algumas peças para a mãe e irmã dela.

Ela mesma pagou, disse que eu já havia gastado muito dinheiro e eu aceitei.

São esses pequenos gestos que estão me deixando ainda mais apaixonado.

Ela poderia ter se aproveitado da minha boa vontade e comprado tudo que quisesse para ela e a família, mas ela foi cautelosa, e a todo momento se mostrou preocupada com o valor que eu estava gastando.

Passamos na casa dela durante a volta, passeamos um pouquinho na praia, nos beijamos e ela me contou um pouco sobre a sua vida, sobre a sua infância, e no quanto ela batalhou para poder ser enfermeira.

É uma mulher admirável!

Eu também contei um pouco sobre a minha vida, sobre os meus gostos e no quanto estava admirado por ela.

- eu vou entregar os vestidos para a minha mãe - acabamos de chegar na casa da minha mãe, já é quase noite e a festa começa em poucos horas.

Ela se despediu de mim com um beijo e subiu as escadas com presa.

- eu estou tão feliz em te ver assim - minha mãe segurou a minha mão e passou a outra em meu rosto.

- assim como?

- vivo! Com esse olhar de apaixonado, com esse brilho nos olhos - ela me abraçou e eu retribui - eu te amo meu filho, e estou muito feliz em saber que finalmente se deixou entregar para o amor, essa moça é uma mulher muito boa e honesta, e eu desejo do fundo do meu coração que vocês sejam muito felizes.

- obrigado, mãe - deixei um beijo em sua cabeça e peguei o celular em meu bolso - viu o Marcos por aí?

- ele está lá em cima, chegou agora pouco e não falou onde estava - ela se mostrou preocupada e logo eu perguntei o que estava acontecendo - eu não sei, estou achando o seu irmão muito distante e misterioso nos últimos dias, sabe que ele nunca foi de se abrir ou conversar com a gente, mas está ficando cada vez pior, e eu tenho medo dela estar fazendo alguma coisa errada.

- não deve ser nada, talvez esteja apaixonado ou preocupado com o trabalho na empresa, eu marquei uma reunião para os próximos dias com todos os acionistas, pretendo mudar algumas coisas.

- aconteceu alguma coisa?

- não, mas com o meu acidente e a minha quase morte, eu percebi que tem algumas coisas na minha vida que precisam ser mudadas, eu tenho uma esposa agora, e não quero deixá-la desamparada se alguma coisa acontecer comigo.

Me despedi dela e subi as escadas apressado.

Se ele está aqui, provavelmente vai procurar a Annie, e eu não quero que ele se aproxime dela.

Assim que cheguei no corredor que nos leva para os quartos, eu pude vê-lo segurando o braço dela e a pressionando contra a parede.

- o que está acontecendo?

- William? - ele a soltou e ela correu para o meu lado demonstrando está bem assustada - não era nada, eu só estava a cumprimentando.

- segurando o braço dela e a prensando contra a parede? - me aproximei dele.

- acho que não está bem da cabeça, o acidente deve ter feito você ficar com uns parafusos a menos, eu só estava cumprimentando e pergunto se precisava de algo - ele debochou das minhas palavras e revirou os olhos - está com ciúmes?

- ela não precisa de nada que venha de você - fechei os olhos e respirei fundo tentando controlar as minhas palavras.

- deixa para lá, William - ela segurou meu braço e eu pude sentir tremer - vamos para o nosso quarto.

- eu espero vocês na festa, tenho certeza que vai ser muito agradável - ele deu duas batidas em meu ombro e saiu da nossa visão.

Eu queria bater nele, queria matá-lo aqui mesmo, mas preciso me controlar e usar a inteligência.

De nada vai adiantar se eu tentar confrontá-lo agora.

- você está bem? - eu tranquei a porta assim que entramos no quarto.

Eu não suporto a ideia de saber que um dia ela o amou.

- ele nunca vai nos deixar em paz! - ela jogou as sacolas em cima da cama - ele vai acabar com gente, William.

- não, eu tenho certeza que não vai cometer a burrice de tentar me matar outra vez, pelo menos não agora, pode levantar suspeitas e ele provavelmente desconfia de que você tenha me contado tudo - a abracei tentendo tranquiliza-la - o que ele te disse?

- ele pediu para que eu o encontrasse lá no jardim durante a festa, disse que tinha algo importante para dizer e eu falei que não iria, por isso ele segurou o meu braço daquela forma.

- eu juro por Deus que o mataria se pudesse! - joguei algumas coisas que estavam em cima do criado mudo no chão - eu não vou permitir que ele encoste em você, ouviu?

Ela assentiu e eu voltei a abraçá-la.

- você é minha, e eu não vou permitir que te roube de mim.

- eu jamais voltaria para ele - ela começou a passear as mãos sobre as minhas costas - o único homem que me interessa está bem aqui na minha frente.

Eu não resisti ao seu toque e ataquei os seus lábios sem pudor.

Apertei a sua cintura e dei impulso para que prendesse as pernas ao redor do meu quadril.

- Annie...

- eu quero que me faça sua, William.

- você tem certeza disso? - olhei dentro dos seus olhos sem acreditar no que estava ouvindo.

- eu posso estar comentando uma loucura que venha fazer eu me arrepender depois, mas sim, eu tenho certeza.

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Rosimeire Saraiva

Rosimeire Saraiva

Perdeu Marcos

2024-11-24

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