Sidney

Eu sou Sidney Abreu, sou especialista em marketing, tenho 30 anos, há 6 anos namoro a Dayana.

Conheci a minha namorada num período muito ruim para mim e para ela, juntamos as nossas tristezas e aqui estamos todos esses anos.

Digo que a conheci num período ruim, porque tudo parecia perdido, eu havia acabado de perder uma mulher que eu estava apaixonado. Ela se casou com outro e dilacerou o meu coração. Pior de tudo é que nunca tive capacidade de me declarar para ela.

A conheci na adolescência. Ela é mais velha que eu, sempre vi os caras a cobiçando e nunca imaginei que um dia teria uma chance com ela. Ela se casou, teve filhos e se divorciou. Um tempo depois eu a reencontrei numa festa de aniversário de uma amiga nossa, a Júlia. A festa era na casa da Line, e ficamos horas conversando, eu sempre tentando a impressionar, mas acho que naquele dia não consegui. Não rolou nada, mas bem que eu queria que tivéssemos pelo menos nos beijado. A Evangeline é uma mulher linda, batalhadora, simples, humilde e muito bem resolvida.

Depois de tentar muito, por muito tempo, o meu melhor para conquistar aquela mulher, pensei que não teria mesmo uma chance. Ela era irredutível e nunca demonstrou interesse.

Até que um certo dia os nossos amigos programaram um passeio para uma cachoeira, pensei comigo: vou vê -la de biquíni, aproveitar para tirar uma casquinha. Ela do nada disse que não iria, que estava cansada e que queria ficar em casa para aproveitar o feriado. Não gostei nada, mas disfarcei e também dei uma desculpa para não ir e já estava indo embora.

Quando eu menos esperava ela fez sinal me chamando no canto e disse: Espera eles saírem depois você volta.

Assim eu fiz.

Moleque, bobo e imaturo, não imaginava o que passava na cabeça dela.

Quando voltei, ela me esperava toda linda e cheirosa, se atirou nos meus braços e nos beijamos deliciosamente. Aqueles lábios maravilhosos eram meus. A beijei com tanta vontade que ela gemeu e já foi tirando a minha camisa. Ela era um furacão, me deixou louco. Fizemos amor no chão da sala. Ela era muito gostosa e não tinha nada que eu tentasse que ela me impedisse. Senti ali que ela era minha.

Depois que terminamos, ela saiu sem dizer nada. Pensei até que não tinha gostado, que eu tinha sido rápido demais e, no susto de quem não esperava nem um beijo, de repente ter ela todinha só minha, eu fiquei desacreditado do que havia acontecido. Não esperei ela voltar e fui embora.

Não conseguia pensar em outra coisa além de ter a Line nos meus braços. Mas tive receio de voltar.

Tive alguns imprevistos e não consegui voltar na casa dela por um tempo, mas o Sávio, irmão dela, meu amigo, me disse que ela estaria sozinha no fim de semana, as crianças iriam para a casa do pai. Não pensei duas vezes. Eu tinha que senti-la nos meus braços de novo. Sentir o gosto dos beijos e aquele corpo macio colado ao meu.

Fui vê-la, mais uma vez ela não me recusou. Ela é incrível. Quando me despedi para ir embora ela me disse uma coisa que me deixou chateado. Me perguntou se eu tinha ido lá só para transar.

Ela não sabia, nem precisava saber, mas eu queria muito mais que isso.

O tempo passou e eu sempre ia na casa dela vê-la, fazer amor e era tudo incrível. Com ela sempre foi maravilhoso. Ela e a minha irmã eram amigas desde a época em que estudavam, mas a minha irmã se casou e se mudou para outra cidade e as duas não eram mais tão próximas.

Certo dia, ela disse que precisava de estabilidade, que precisava saber o que existia entre nós. Se poderíamos dar um passo a mais ou se continuaríamos nos encontrando às escondidas.

Senti-me um pouco acuado. Não estava pronto para assumir um compromisso. Ela era tudo que eu queria, mas naquele momento eu não estava pronto. Precisava de um tempo para pensar sobre isso e por isso fiquei um bom tempo sem procurar, pois queria ter certeza de que eu estaria agindo certo em assumir um relacionamento sério com ela.

Tive tempo suficiente, ela nunca me procurou durante esse tempo e quando eu tinha certeza de que queria uma vida com ela, voltei a casa dela só para encontrar outro cara ocupando o lugar que era meu. Fiquei arrasado, mas eu não dei valor para a Line quando ela era minha e a perdi.

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