Brasil

Após as festas de final de ano com a família Bianchi em Aspen, Alice e Andrew arrumam as malas para passar uns dias no Brasil.

—Nem sei o que levar,de frio extremo,ao calor extremo!

—Seremos recebidos por quarenta graus à sombra,meu amor! - Alice ri - Minha mãe está ansiosa, arrumou toda a casa para receber você.

—Ah meu Deus! Avisou a ela que sou um homem de hábitos simples?

—Sim, já disse que você nem parece um milionário. Mas te aviso logo, a casa é muito simples,na cidade não há nada pra se fazer, mas eu acho que você vai gostar.

—Do seu lado, eu gosto de qualquer lugar! - Alice o enlaça o pescoço e o beija. - Eu te amo, Alice, eu pensei que após a partida da Helen eu nunca mais seria capaz de amar, aliás, se não fosse você, eu não amaria mais ninguém!

Os dois se abraçam forte, e Alice se lembra de como chegou na vida dele. Foi algo planejado, sem ela saber,mas seu amor por Andrew surgiu naturalmente antes da confissão de Helen.

"Será que ele acreditaria no meu amor se soubesse da verdade?"pensa

Na casa de Vicenzo, Maximiliano convesa com o irmão e o sobrinho antes de partir.

—Quero ampliar nossos pontos de atuação, vamos pegar a porção do estado fronteiriço ao Canadá.

—Então vou precisar de ajuda, o Calebe o Scott estão mais focados nas redes de boates e casas noturnas deles do que nos negócios da máfia. - diz Vicenzo

—Eu sei, por isso o Sam vai ficar um tempo por aqui com você.

—O Andy sabe disso, Max?

—Sabe,ele vai morar com o ele também. Mas a primeira que ele aprontar...

—Já sei tio,estarei expulso da Cosa Nostra.

—Eco! Fique de olho nele, Vince!

—Ah eu ficarei, pode ter certeza!

Com suas coisas na mansão do pai, ele observa a movimentação do casal e entra no quarto da irmã.

—Aonde eles irão?

—Brasil, não sabia? O papai vai pedir a mão da Alice pessoalmente para a mãe dela. - Maya revira os olhos

—Vamos com eles Maya?

—Deus me livre! Pelos modos de Alice já se percebe o tipo de lugar de onde ela veio.

—Eu vou pedir ao papai para ir!

Sam entra no escritório onde o pai estava acertando detalhes da empresa antes de viajar.

—Com licença!

—Entre,Samuel! Precisa de alguma coisa?

—Você e a Alice irão ao Brasil?

—Sim, depois de amanhã por quê?

—Posso ir junto?

—Sam,eu vou conhecer a família dela numa cidadezinha do interior,a Alice mesmo disso que não tem nada na cidade,você ficará entediado.

—Mas depois vocês não irão fazer turismo?

—Sim, vamos passar uns dias na capital, eu não conheço o Rio e vamos passear um pouco, pegar uma praia, já que Nova York está debaixo de neve.

—Eu também não conheço o Brasil, me deixa ir,por favor?

Andrew o olha,passa as mãos nas têmporas.

—Tudo bem, mas não me apronte nada! A família da Alice é composta por pessoas humildes, as respeite, por favor!

Dois dias depois,os três desembarcam no Rio de Janeiro.

—Que calor absurdo! - diz Andrew

Alice dá uma risada

—Eu avisei! Na minha cidade a temperatura é mais agradável, e já aviso não temos ar condicionado, só ventiladores.

—Como vocês passam o verão sem ar condicionado em casa?! - pergunta Sam atônito

—O aparelho é caro e o uso também encarece a conta de energia. A maioria da população não pode arcar com esse luxo.

—Luxo? Ar condicionado é item básico!

Alice o encara e ri

—Luxo aqui, é ter o que comer e um teto como abrigo. Bem vindo a vida real, Samuel!

Ele fica intrigado e reflete aquela frase.

Com o carro alugado por Andrew, eles sobem a serra e chegam até a cidade de Trajano de Moraes depois de quatro horas ,a casa da mãe de Alice ainda fica mais distante do centro da cidade.

—É tão silenciosa que dói os ouvidos! - diz Andrew

—É muito diferente da loucura de Nova York, né?

—Demais! Mas acho que vou gostar dessa calmaria...

—Chegamos, essa é a casa da minha mãe,onde nasci e cresci! - ela chega na porteira e se pendura feito criança - Dona Socorro! Eu cheguei!

—É engraçado ver a Alice falando em português! - diz Sam

—Também acho! - Andrew ri

A mãe vem correndo ajeitando os cabelos e de braços abertos ao encontro da filha.

—Minha Alice! - Elas se abraçam forte e choram - Está tão linda! Está parecendo essas atrizes estrangeiras, está com cara de rica!

— Ah mãe! Não exagera! - Alice a leva até Andrew - Deixa eu apresentar a senhora o meu noivo, Andrew!

Ele a estende a mão e fala o cumprimento em português, pois pediu a noiva para lhe ensinar algumas palavras.

—Prazer, seu moço! - ela se vira pra filha - Ele é bem bonitão, né? Por aqui um homem dessa idade tem uma barriga gigante, é careca, e possui só cinco dentes na boca!

Alice dá uma sonora gargalhada e pai e filho se olham.

— Do que vocês estão rindo,meu amor?

—A minha mãe te achou muito bonito!

—Ah, obrigado!

—Não há de quê! E quem é esse rapaz bonito toda vida? É filho dele? É muito parecido!

—É sim , esse é o Samuel, mas nós o chamamos de Sam.

Sam a estende a mão e beija de modo galanteador italiano.

—Eita! Que é cheio de gracinhas ! Vamos entrar, acabei de passar o café, tem aquele bolo de cenoura com calda de chocolate que você adora!

—Hum...e pão francês?

—Seu irmão acabou de ir buscar na padaria, vai chegar quentinho , a manteiga vai derreter!

Eles entram e se acomodam.

—Vocês irão dormir no meu antigo quarto ,os dois.

—Não vamos dormir juntos?!

—Vou respeitar a casa da minha mãe,é um mulher com valores mais tradicionais.

—Tudo bem,meu amor! Que bom saber que você tem esse cuidado com a sua mãe.

Eles se sentam para tomar o café da tarde, Alice traduzia a conversa entre a mãe com o noivo e o enteado,em seguida chega o seu irmão Saulo,e os cinco continuam a fazer a refeição.

—Meu Deus! Nunca comi um bolo de cenoura feito dessa forma! Isso é maravilhoso!- diz Sam

—É diferente dos que achamos na América, os bolos de lá são muito secos!

—E esse tipo de pão?! Já comi uns três! -diz Andrew

Alice ria dos dois como se estivessem em outro mundo, mas na verdade para os dois era de fato um outro mundo.

Sam preferiu dormir para descansar da viagem ,ele olhava para fotografias antigas de Alice espalhadas pelo quarto, viu alguns ursos de pelúcia e bonecas e peças de roupas que ele cheirou.

—Tudo aqui tem esse cheiro dela que eu nunca senti igual em nenhuma outra mulher! - de repente ele volta a si - O que está fazendo Samuel ?! Você tem um propósito, um propósito!

Na varanda, Alice senta ao lado de Andrew na rede, admirando o pôr do sol em meio à serra, a cigarra cantando e os grilos começando a fazer sua barulheira.

—Passou repelente? A essa hora os mosquitos nos carregam!

—Passei sim! - ele a abraça e beija - Esse lugar é incrível,Alice! Eu precisava dessa paz, dessa tranquilidade...- ele respira fundo - Eu precisava desacelerar!

Os dois acabam cochilando juntos , sendo acordados pela família de Alice que aparecem para vê-la e conhecer o seu noivo.

O jantar é servido no terreiro numa enorme mesa de madeira.

—O Sam ainda está dormindo,vai perder o jantar. - diz Andrew

—Pode deixar que eu o chamo.

Alice entra no quarto e o encontra de bermuda e sem camisa, com o ventilador em cima dele. Ela desliga o aparelho e ele acorda.

—Vamos Sam,o jantar está servido!

Ele se levanta, lava o rosto e a acompanha.

—Você está linda! Usando esse vestido fino e leve. Como se fosse possível ficar mais bonita do que já é!

—Ah...é...obrigada! -Responde sem graça

—Por nada,madrasta! - ela a beija na bochecha e Alice fecha a cara.

—Por favor ,Samuel, mantenha uma limite respeitável entre nós!

—O que eu fiz?! Só quero ser gentil, mostrar que mudei!

Eles chegam na varanda.

—Eu não acredito na sua mudança! Pra mim você está aprontando algo,só não descobri ainda o que é. Eu lhe trato bem pelo Andrew, para ter harmonia na família, mas não significa que eu confio eu você!Agora vamos? Minha família quer lhe conhecer.

Sam a acompanha um pouco decepcionado por aquelas palavras sentindo-se profundamente incomodado.

"Que merda! Cada palavra dela é feito um espinho na minha carne!" pensa

Após o jantar animado em família,todos se recolhem, Alice beija Andrew na porta do quarto e Sam observa.

—Desde Paris, essa é a primeira noite dormindo separados, que tortura! - ele diz enquanto a segura pela cintura e beija o pescoço.

—Em breve termos todas as noites,serão só três dias aqui. Amanhã vamos a cachoeira, tomar um gelado nesse calor.

Os dois se beijam apaixonadamente e se despedem, Sam olha o pai antes de dormir, parecia um jovem, o andar mais ágil, o sorriso no rosto e sente no fundo do coração que deve parar com seus planos.

—Boa noite, filho!

—Boa noite, pai!

Ele vira para lado com lágrimas caindo do olhos e adormece.

No dia seguinte, Alice acorda cedo e chama pelos dois.

—Eu estou com dor de cabeça, acho que é o fuso horário,quero descansar um pouco mais. Se incomoda de ir só o Sam com você?

—Podemos ir amanhã!

—Vamos Alice! Eu já estou até pronto!

Ela dá um beijo no noivo e sai com o enteado a pé.

—É longe?

—Uns dez minutos.

Sam vai conversando animadamente e perguntando tudo o que vê pelo caminho até chegar no local.

—Nossa, que lindo!

Ele tira a camisa e entra debaixo da queda d'água.

—Não vem,Alice ?

—Vou!

Ela tira a roupa e fica de biquíni, Sam hipotoniza e não consegue tirar os olhos dela. Alice nada e mergulha até que Sam vai ao seu encontro.

—Esse lugar é incrível, tem uma energia boa, uma paz...

—Eu amo morar em Nova York,sempre foi meu sonho,mas sinto falta daqui, onde nós podemos ver a vida passar com calma.

Ele contempla o rosto dela mais de perto e aqueles olhos encantadores.

—Você é muito linda! E estar ao seu lado faz um bem tão grande, agora entendo porque o meu pai te ama tanto. O problema é que agora, eu também te amo!

Alice fica desconcertada com a declaração dele, Sam se aproxima e a beija delicadamente e instintivamente ela corresponde ao beijo e os dois permanecem agarrados dentro da água. Ele desata o laço do sutiã dela e acaricia os seios, e ela pode sentir em seu ventre a ereção dele. Então, Sam a carrega até a margem e a deita, e continua a beijá-la por todo o corpo e em seu sexo a beija,lambe suavemente, fazendo Alice arfar de desejo.

—Tudo em você é tão delicado e saboroso! Sente o seu gosto em minha boca.

Com a língua ela sorve a própria umidade que estava nos lábios de Sam. Ele desce a continua a lhe dar prazer com a boca, ele tenta fechar as pernas e ele as afasta para continuar até ela chegar ao orgasmo. Ele sobe e a penetra lentamente de uma só vez, a fazendo agarrar suas costas e arranhar enquanto mexia os quadris junto com ele.

—Caralho, você é apertadinha, escorregadia, meu pau está todo babado...poderia ficar assim com você o dia todo!

Alice nada falava só se permita sentir, seus gemidos eram intensos assim como as sensações no seu corpo.

—Eu não aguento mais, vou gozar!

Ele chega ao orgasmo dentro dela e continua a beijá-la.

—Alice, fica comigo! Eu falo com o meu pai ,ele não vai se chatear se isso for me fazer feliz!

—Sam, isso aqui foi um erro! Eu não vou largar o seu pai.

—Vamos fugir juntos! Daqui vamos para a Itália, eu me caso com você, teremos filhos, e uma vida toda felizes ao lado um do outro.

Ao fundo se escuta vozes, era Andrew chamando por Sam.

—Sam! Vamos! Acorda ! Vamos aproveitar o dia.

Ele olha atordoado para os lados,vê o pai arrumado,olha por dentro do lençol e vê tudo sujo,percebendo que teve apenas um sonho,Alice não foi sua.

— Vai indo tomar café pai, eu já vou levantar.

Assim que Andrew sai, ele senta na cama,coloca as mãos no rosto e chora.

—Eu estou perdidamente a apaixonado por Alice! O feitiço virou contra o feiticeiro! O que eu faço agora?

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