Uma chance para o amor

Andrew acorda com Alice em seus braços e mal pode acreditar. Ela dorme serena ,nua ,envolta em lençóis. Ele a contempla, desliza os dedos nas costas dela, acaricia os cabelos, ela dá um gemido, e vira para o outro lado. As roupas no chão denunciam a noite de amor entre dois, e ele sorri.

Levanta-se, faz sua higiene e pede o café da manhã,está frio ,porém ensolarado. Pediu para servir a refeição na varanda, e vai chamar Alice. Ele deita ao lado dela, a beija o rosto e pescoço.

—Acorda dorminhoca! Você tem o sono pesado!

Ela abre os olhos e sorri pra ele.

—Bom dia!

—Bom dia! Vamos fazer o nosso desjejum, ainda temos um último compromisso antes de voltar para casa hoje a noite.

—Não podemos esticar mais uns dois dias aqui?

—E o que eu falo para a nossa comissão?

—Você é patrão, Andrew! Não deve satisfação a eles.

Ele a beija novamente e Alice o agarra de forma sensual.

—Não vamos contar com a sorte de transar sem camisinha de novo...

—Ai! Tá bom! - ela ri

Alice se levanta nua e ele a olha de queixo caído, aquela mulher linda, sensual, e delicada ,agora é sua , e ele foi o primeiro dela.

Os dois se sentam na varanda com a bela vista.

—Nossa ,que flores lindas!

—São pra você, mandei entregar aqui.

—Você é um homem perfeito, Andrew! Acho que estou sonhando e você não existe!

Ele dá uma risada.

—Estou à anos luz de ser perfeito,mas sou um romântico à moda antiga.

Eles comem enquanto discutem a agenda do dia, Alice consegue adiar o retorno por mais dois dias, eles aproveitarão esse tempo para se conhecerem melhor, a sós...

Após os compromissos do dia, a comissão de Andrew retorna para Nova York e ele dá a desculpa de compromissos pessoais com figuras políticas. Ele estava na sala lendo jornal, quando Alice retorna da rua.

—Aonde você estava?

—Por aí...

—Já está se sentindo uma parisiense! - ele ri

Ela joga um embrulho em cima dele, Andrew abre e vê várias camisinhas, dá uma gargalhada e a olha entrar no quarto com uma cara de safada. Imediatamente se levanta e corre atrás dela, fechando a porta atrás de si...

Na véspera do retorno,os dois jantam juntos em um restaurante elegante.

—Você vai voltar a morar na mansão assim que chegarmos.

—Eu não sei Andrew, será estranho, vamos nos relacionar na mesma casa onde você morou com a Helen a vida toda?

—Não vamos dormir no mesmo quarto que eu dormia com ela. E afinal, aquela também é a minha casa.

—Mas como será o nosso relacionamento?

—Nesse começo vamos manter nosso relacionamento em segredo. Não por mim, mas por você, quero poupá-la de comentários maldosos. E estando dentro da mesma casa, poderemos nos ver sempre.

—As pessoas sempre irão falar algo, se formos nos importar com isso...

—Você sabe que iremos enfrentar muitas barreiras para ficarmos juntos, meu amor!

— Meu amor?! - ela ri

—É, meu amor! Para eu estar aqui com você, para eu ter ido pra cama com você, é porque o que eu sinto é amor! Eu não me envolvo sem sentimentos.

—Vamos enfrentar tudo o que vier juntos!

Os dois embarcam de volta à Nova York, Noah os pega no aeroporto, e nota os olhares apaixonados entre os dois pelo retrovisor.

"Não é possível isso! Aconteceu alguma coisa entre os dois!" pensa

Na mansão,são recebidos por Carol, que ri por dentro ao notar a aura de romance e o rosto feliz do patrão.

—Noah,coloque as malas da Alice no antigo quarto dela assim como os demais pertences.

—Fez muitas compras?Você foi com uma mala pequena e voltou com quatro malas grandes. - Noah a questiona com sarcasmo e ela permanece em silêncio.

Ele sobe com as malas até o antigo quarto dela.

—Por que você vai voltar pra cá?

—Porque o Sam já foi embora e o Andrew me pediu.

—Andrew?!

—Senhor Andrew...

—Alice, o que aconteceu nessa viagem!?

—Eu não estou te entendendo, Noah! Por quê esse interrogatório?

—Tem razão, você não me deve satisfação de nada!

Ele deixa as malas na porta do quarto e ela o chama de volta.

—Noah! Volte aqui!

—O que aconteceu? - pergunta Carol

—O Noah agindo estranho, me questionando com raiva...

—Ele gosta de você,Alice!

—Eu também gosto dele,mas não faço esse tipo de cosias!

—Não é dessa forma que ele gosta de você, ele está apaixonado!

—Apaixonado?! Não! Ele tem um carinho de irmão comigo.

—Só sei foi no passado, agora o sentimento dele é de um homem para uma mulher !

—Droga...eu não queria isso!

—Você não tem culpa, aconteceu. Eu via como o tratava ,nunca deu a entender que desejava outra coisa.

Carol a empurra pra dentro do quarto e tranca a porta.

—Quero detalhes!

—Detalhes?

—Não se faça de boba!

—Não sei se posso te dar detalhes...- Alice ri sem graça

Carol leva as mãos à boca.

—Aconteceu o que eu estou pensando?

—Não sei o que você está pensando...

—Vocês transaram!

Alice a dá um tapinha.

—Fala baixo! Sim, nós transamos e foi tão...perfeito! Foram dias que nunca imaginei viver!

Ela se joga na cama sorrindo.

—O que vocês pretendem fazer agora?

—O Andrew acha melhor manter nosso namoro sigilo ,já que ele acabou de ficar viúvo e eu serei alvo de ataques.

—Isso vai acontecer de qualquer forma, seja agora ou daqui a um ano. Você é mais jovem, estrangeira, funcionária da falecida esposa...

Alice fecha o rosto e Carol tenta animá-la.

—Mas não fique assim, se o amor entre vocês for verdadeiro, irão superar tudo o que virá! Eu conheço bem o Andrew, ele não vai brincar com você, en breve você será a Senhora Bianchi, a dona dessa casa!

Alice gela e sente algo ruim por dentro.

Andrew foi para a empresa e deu o dia de folga para Alice, a noite , jantou com ela em casa, somente os dois,eles tentam disfarçar o clima de romance, mas todos os funcionários percebem e comentam na cozinha.

—Ele está sorrindo como antes da dona Helen ficar doente! - diz a copeira,Meg

—Alice está com outro ar, um jeito de mulher feita...aconteceu algo nessa viagem. - fala Sara, a arrumadeira

—É óbvio que aconteceu, olha lá, ele pega na mão dela e olha para os lados. - diz o segurança

—Ah...que sejam felizes! Eu adoro a Alice e o senhor Andrew merece ser feliz, ele já sofreu muito e ainda tem o Sam que não deixa ele ter paz.! - diz Celia

—Isso é uma pouca vergonha! Ele tem a idade pra ser pai dela!

—Eu não estou acreditando que estou ouvindo essa frase preconceituosa vindo de você, logo de você! Que passou por preconceito nas mãos da dona Maya!

Noah deixa a comida toda no prato e se tranca no quarto.

Durante a madrugada, Andrew bate na porta de Alice e ela abre o puxando para dentro aos beijos. Após fazerem amor, os dois vão até a cozinha em busca de algo para beber.

—Quer champanhe?- ele pergunta

—Existe algum motivo para celebrar?

—A nós dois! Ao amor que estamos contruindo!

Eles se beijam encostados na pia e são surpreendidos por Noah.

—Perdão! Eu vim beber água! Eu...já estou voltando..

—Noah!

—Sim,senhor Andrew!

—Por favor, não comente nada com ninguém,pelo bem da Alice.

—Nem precisava me pedir, eu não vi nada! Com licença !

Alice fica em silêncio e pensa no que ele deve estar pensando ou sentindo.

—Vamos, amor! Quero dormir sentindo o aroma dos seus cabelos!

Ele a pega no colo, e Alice leva a garrafa e as taças nas mãos.

Noah rola de um lado para o outro tentando dormir e não consegue. A cena de Alice beijando Andrew não sai da sua mente.

— As mulheres são assim, todas interesseiras! Maya me largou porque sou pobre e Alice nunca me viu de outra forma que não fosse com amizade. Mas pra ele se entregou! Um homem mais velho, que acabou de ficar viúvo e é multimilionário!

Ele chora.

— Eu deveria ter deixado o meu coração fechado! Fui abrir justamente para a pessoa errada!

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