Capítulo 7

Saul: — Gostaria de ter boas notícias, mas infelizmente esta reunião é para falarmos do cancelamento da nossa aliança de casamento, entre Maicon e Antonella.

Marco: Ouço tudo o que saul tem a falar e não tenho outra alternativa a não ser concordar com o fim da aliança. — Sinto muito por tudo isso Saul. Sinceramente não reconheço o meu próprio filho. Espero que esses acontecimentos não te façam mudar de ideia quanto a Emily e Maike.

Saul: — Jamais, assim como você, eu respeito as decisões dos meus filhos e procuro não me entrometer. E acredito que você que tem olhos em todos os lugares, sabe que nossos filhos deram um passo a mais na relação.

Marco: — Ótimo. Quanto aos dois, tudo continua igual. Mateo, cuide dos trâmites necessários…

***

Maicon: — O meu pai já chegou? Pergunto à secretária que diz que sim. Caminho até a porta, bato e ele autoriza a minha entrada. — Bom dia senhores. Falo estranhando a presença de Saul e Mateo.

Marco: — Sente-se Maicon, te chamei aqui para te comunicar do cancelamento do seu casamento com Antonella e nossa aliança com Saul continua, mas o casamento não acontecerá.

Maicon: — O… O que? Como assim? Falo vacilando nas palavras.

Saul: — Marco, acredito que queira conversar com o seu filho a sós. Se for ficar mais tempo por aqui, almoce em minha casa com Maike. Falo deixando claro que não quero a presença de Maicon.

Marco: — Iremos sim. Falo e despedimos, Maicon continua me encarando com uma expressão sombria. Saul e Mateo fazem um gesto de cabeça e saem.

— O que você tem na sua cabeça, Maicon? Deveria ter se mantido distante da Antonella e não vir esfregar na cara dela as tantas mulheres que vivem fodendo por aí, o que já é errado.

Maicon: — Você não respondeu a minha pergunta. Falo sentindo o monstro dentro de mim.

Marco: — É senhor, Maicon, senhor. Eu ainda sou o seu pai. Mesmo não sendo o don atual ainda sou a maior voz dessa porra, ou me respeita como o seu pai ou se curve como o seu soberano. Falo já alterado me levantando.

Maicon: — Me desculpe pai. Falo diminuindo a voz, nunca havia falado assim com ele.

Marco: Respondendo a sua pergunta. Você não se casará mais com Antonella Ricci. Esta união foi cancelada.

Maicon: — Mais é aliança não pode ser cancelada. Eu não aceito isso. Falo passando as mãos pelos cabelos, sentindo um desespero que nunca sentir antes.

Marco: — Você não tem nada que aceitar. Esse casamento não só poderia ser anulado como já foi, estou apenas lhe comunicando.

Maicon: Ouço tudo sentindo um aperto no peito e uma angústia que só aumenta. Eu não vou aceitar isso, irei à alta cúpula se for preciso.

Marco: — Se conforme Maicon, a auto cúpula aceitou o contrato que fizemos. — Ai, em cima da mesa está o contrato leia as cláusulas. Se comportou feito moleque agora arque com as consequências.

Maicon: Caminho até a mesa sem acreditar, pegando e lendo as cláusulas, vendo a última cláusula que diz. O casamento só deverá acontecer se ambos os filhos escolhidos estiverem de acordo. Sendo assim os indivíduos escolhidos, deverão expressar a sua vontade após a maior idade em um prazo de até três meses antes do casamento que…

Paro de ler. Perdido me sentindo um nada e as palavras do meu pai só me causam mais ira e desespero.

Marco: —Você teve o direito de escolher e escolheu. Mas agora foi rejeitado por seu egoísmo, soberba, infantilidade e falta de caráter. Agora sou eu quem vou escolher. Você se casará na mesma data e horário que já estava previsto o seu casamento com Antonella. Só que com a noiva que eu vou escolher. Falo e ele me olha transtornado permanecendo em silêncio, então volto a falar. — Não se preocupe, vou escolher uma moça obediente assim como você queria, uma que não irá exigir nada de você, que você não precise ser…. Como é mesmo que você fala? Há, lembrei. “Para que você não seja um cachorrinho adestrado de mulher”. Falo com desdém. — Que frase mais sem noção e eu que achava que você era o mais inteligente.

Maicon: — Eu não vou me casar com nenhuma outra mulher. A única mulher que quero na minha vida é Antonella, pai. Falo entre dentes, caminho até a grande janela de vidro, com a minha ficha caindo. Como eu fui um idiota, um burro completo. Merda, merda, que porra eu fiz? Grito socando o vidro até minhas mãos sangrarem. O vidro blindado não sede. Meu pai insiste em destruir por dentro.

Marco: — Você não tem escolha, meu filho. Falo e Maicon vira para mim, suas mãos sangram e lágrimas começam a escorrer pelos seus olhos. Você a ama, não é? Pergunto e ele faz que sim em um maneio de cabeça.

Você quis o mundo filho, humilhou e pisou na mulher que te amava e o pior que você ama. Agora perdeu. Passe agir como um don, como um homem e não como um moleque inconsequente. Quem sabe assim um dia você não se apaixone por sua futura esposa. Porque você vai casar, nem que eu mesmo tenha que te arrastar para o altar.

Maicon: — Por favor, pai me dê uma chance. Irei falar com Antonella, pedir desculpas não sei.

Marco: — Quanto a isso já não posso fazer mais nada. Antonella nem mesmo na Polônia está.

Maicon: — O que? Como não está?

Marco: — Saul me confidenciou que mandou a filha para outro país para passar uma temporada. Ela é a única pessoa que poderia mudar tudo isso. Mas você teria que se humilhar muito para tê-la de volta e você não faria isso, não é mesmo?

Maicon: — Por favor, pai me dê um tempo, eu só preciso de um tempo.

Marco: — Acha que é só assim? Acha que Saul vai dizer onde está a filha?

Maicon: Eu vou até o inferno mais acho Antonella, me humilho, viro um cachorro, um cão adestrado ou o que ela quiser. Falo enxugando as lágrimas.

Marco: — Três meses, você tem três meses. Em exatos 90 dias o seu casamento será anunciado, com Antonella ou não.

Maicon: — Obrigado, pai.

Marco: — O relógio já está contando as horas. Falo e meu filho sorri, saindo sem se despedir. — Porque ele escolheu o caminho mais difícil? Meu filho definitivamente não puxou a mim.

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Recadinho da autora...

Marco já falei que te amo hoje? Aí Maicon será que tu vai achar Antonella?

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