Cap. 5

Luiz não gostava de sair sozinho, mss naquele dia em particular, ele resolveu sair, a semana havia sido de muito trabalho. Ele queria se divertir e deixar as tensões do dia a dia para trás, e talvez até flertar um pouco.  No entanto, ele não esperava era encontrar Elis na boate, e ao vê-la, Luiz não deixou de notar como ela estava bonita e sensual, e a presença dela capturou a sua atenção instantaneamente.

Elis trouxe com ela uma sensação diferente que tomou conta de Luiz, uma faísca de desejo se acendeu dentro dele. Ele observava Elis de longe, absorvendo cada movimento gracioso, cada sorriso encantador que ela compartilhava com as amigas ao redor.

Enquanto Luiz a observava, uma ideia começou a se formar na sua mente. Ele cogitava a possibilidade de se aproximar, de encontrar uma desculpa para iniciar uma nova conversa ou talvez até mesmo convidá-la para dançar e tomar um drink.

_ Eu devo ou não ir até ela? Luiz ponderou por um momento, pesando os prós e os contras da sua decisão. Por fim, ele decidiu seguir seu instinto e se permitir desfrutar da companhia de Elis, mesmo que fosse apenas por um momento fugaz na pista de dança. Decidido, Luiz iria até ela quando terminassea bebida que estava tomando.

_ Elis, estamos indo ao banheiro. Você vem? Perguntou uma das amigas que estava com ela na boate.

_ Podem ir, eu vou ficar dançando. Falou Elis, e as amigas se afastaram indo em direção ao banheiro. Elis seguiu na pista de dança, deixando-se levar pelo ritmo da música, enquanto continuava a olhar na direção onde estava Luiz. De repente avistou Felipe, seu ex-namorado, vindo na sua direção. Elis sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando teve certeza que Felipe estava se aproximando. Seu coração acelerou, e uma onda de desconforto a invadiu, apagando seu sorriso instantaneamente. Observando-o se aproximando cada vez mais, Elis se sentiu desamparada, especialmente porque suas amigas não estavam por perto naquele momento.

Felipe se aproximava de Elis com a intenção de perturbá-la. Ele nunca aceitou o término do namoro entre eles. Sua presença era como um peso opressor, ameaçando arruinar a noite de Elis.

_Oi, Elis! Quanto tempo, hein? Que coincidência te encontrar aqui! A voz de Felipe tinha um tom de falsa surpresa.

Elis tentou manter a compostura, embora por dentro estivesse se sentindo cada vez mais desconfortável com a situação. Felipe sorriu de maneira sarcástica, como se estivesse se divertindo com a situação. _ Você parece ótima, Elis.

_Oi, Felipe. Na verdade, não houve coincidência, você sabe que eu sempre venho nessa boate com as minhas amigas. Elis se esforçou para não demonstrar o desconforto que a presença dele causava. Por mais que tentasse manter a calma, era evidente que Felipe não pretendia deixá-la em paz, e traria  à tona lembranças que ela preferia deixar no passado.

_ É verdade, você está sempre aqui com aquelas vagabundas. Elis fechou a cara, detestava escutá-lo falar daquela forma das amigas. Elis pretendia rebater aquela fala, mas o olhar de Felipe brilhava de um jeito estranho. _ Sabe,  eu sinto falta dos velhos tempos, dos momentos que passávamos juntos...Você está linda! Já que você está aqui, vamos dançar? Disse tentando segurá-la pela cintura, mas Elis se esquivou.

_ Eu não quero, Felipe, estou aqui para me divertir com as minhas amigas. Não estou interessada em dançar com você. Elis recuou alguns passos, buscando colocar algum espaço entre eles.

_Ah, vamos lá, só uma música. Você não vai se arrepender. Insistia Felipe se aproximando mais de Elis.

_ Eu disse que não estou interessada. Por favor, me deixe em paz. Elis tentou sair de onde estavam, mas Felipe bloqueou seu caminho, impedindo a sua passagem.

_Por que você está se fazendo de difícil, Elis? A gente sempre se divertiu juntos, você dizia que me amava. Eu só quero te fazer feliz.

_ Você não entende, Felipe. Eu não quero mais nada com você. Por favor, respeite isso.

_ Mas por que você está agindo assim? Nós podemos conversar, tentar resolver as coisas. Insistia Felipe apesar da tentativa de Elis de afastá-lo.

_Não, Felipe. Chega de conversa. Eu não quero mais nada com você. Por favor, me deixe em paz. A voz de Elis soava firme, mas por dentro ela se sentia vulnerável e angustiada.

_Você está me machucando, Elis. Você não pode simplesmente me ignorar assim.

_Você já me machucou o suficiente, me traindo, tentando me controlar, me ofendendo, ofendendo as minhas amigas e me diminuído sempre que possível. Por favor, vá embora antes que eu chame os seguranças.

_ Você acha mesmo que em um lugar tão cheio como esse boate alguém vai te ajudar? A voz de Felipe soava ameaçadora. _Eu faço o que eu quiser com você Elis. Disse segurando o braço dela com força.

Elis sentiu seu corpo tenso e uma onda de pavor a envolveu quando ele segurou seu braço com força, deixando claro que não tinha a menor intenção de deixá-la em paz.

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