Luiz deu passagem para Enrico entrar, sabia que o amigo queria algo ao vir ao seu encontro logo no início da manhã.
_O que faz aqui tão cedo? Perguntou Luiz curioso, e Enrico respirou fundo antes de responder.
_Preciso da sua ajuda…
_ Da minha ajuda? Luiz analisava a expressão séria no rosto de Enrico.
_ Sim, você é o meu melhor amigo, por isso vim te procurar.
_ Sente-se. Se eu puder te ajudar… Luiz já imaginava que Enrico estava ali por causa de Gabi, já que o amigo havia admitido que a amava, e que não estava disposto a perdê-la.
Ao se sentar, Enrico não pôde deixar de notar a marca no ombro de Luiz. Ele franziu a testa, intrigado com o formato da marca que parecia de ser boca.
_Luiz, o que aconteceu com seu ombro? Parece você levou uma mordida. Enrico apontou discretamente para a marca em Luiz. _ Você está acompanhado?
_ Não… eu estou sozinho. Luiz passou a mão sobre a marca no ombro lembrando o que havia acontecido, que Elis havia mordido levemente a sua pele tentando conter o seu gemido alto no ápice do prazer. _Ah, não é nada, não se preocupe. Respondeu e os seus lábios se curvaram em um leve sorriso ao lembrar da noite ao lado de Elis. Ao olhar para o amigo, Luiz viu os arranhões visíveis no braço de Enrico. _ E o que aconteceu com os seus braços?
_E esses arranhões no meu braço… Ah, isso... também não é nada. Apenas um pequeno incidente. Nada importante. Enrico não contaria para Luiz da queda que sofreu ao tentar alcançar a janela do quarto de Gabi.
_ Sei… Os dois se olharam desconfiados, mas não questionariam mais o que aconteceu. _ Mas em que posso ajudá-lo? Enrico suspirou passando a mão pelo cabelo.
_É sobre Gabi. Preciso conversar com ela, e não posso perder mais tempo.
_ Então vá e converse com ela, não precisa de mim para isso, sabe o que sente por ela, basta dizer.
_ Sim, mas eu quero fazer algo para mostrar o quanto ela é especial, e me desculpar pelo que disse aquele dia, sei que magoei ela.
_ Quem mandou dizer que a sua vida não mudou ao lado dela.
_ Por isso preciso da sua ajuda. Luiz inclinou a cabeça, curioso para ouvir o que Enrico tinha em mente.
_Claro, Enrico, estou aqui para o que precisar. Enrico sorriu, revelando seu plano.
_Eu quero encontrar o máximo de rosas vermelhas que pudermos. Quero encher o a casa da Gabi com elas, o restante é comigo.
Luiz assentiu, compreendendo o que Enrico pretendia fazer. E estar com Enrico faria ele esquecer Elis por um momento.
_Entendi, mas tem que ser rosas vermelhas?
_ Sim, essa é cor preferida da Gabi… ela estava de vermelho quando nos conhecemos. Luiz ameaçou dar um tapa na cabeça de Enrico.
_ Mas você é idiota mesmo, está apaixonado desde o primeiro dia que a conheceu, e ficou fugindo do que sente.
_ Você tem razão, eu sou um idiota.
_ Está bem, eu vou te ajudar, preciso apenas tomar um banho e me trocar. Vamos encontrar as rosas vermelhas mais bonitas da cidade. Vamos fazer isso acontecer. Disse Luiz indo em direção ao quarto.
Gabi e Elis saíram para dar uma volta de bicicleta. Gabi sabia que a irmã gostava de pedalar, e elas aproveitaram o passeio para se distraírem um pouco.
Enquanto pedalavam, o vento suave batia em seus rostos trazendo um pouco de calma que ambas precisavam. Gabi e Elis mantinham um ritmo constante, compartilhando poucas palavras, apenas se olhavam.
As irmas sabiam que podiam contar uma com a outra para apoio e compreensão durante esses momentos difíceis. E assim, juntas, elas seguiram pedalando, lado a lado, encontrando força na companhia uma da outra.
Ao retornarem para casa, ficaram surpresas ao avistarem uma enorme quantidade de rosas vermelhas, delicadamente dispostas em frente a porta da casa. Surpresas e curiosas, elas trocaram olhares, buscando compreender o significado por trás daquela surpresa encantadora.
_ Vermelho é a sua cor preferida, parece que é para você. Falou Elis e Gabi viu o carro de Enrico estacionado na rua. Naquele momento, um turbilhão de emoções tomou conta dela. _ Gabi, você está bem? Elis perguntou preocupada com o turbilhão de emoções que via nos olhos da irmã.
_ Enrico… sussurrou Gabi, sentindo o coração bater descompassado enquanto sentia uma mistura de ansiedade e expectativa. Ela deixou a bicicleta cair no chão, apressando os passos em direção à porta, seu olhar fixo no meio das flores vermelhas que pareciam conduzi-la a um encontro tão esperado.
Enrico e Luiz estavam na sala conversando com Helena e Guilherme, os pais de Gabi e Elis.
Quando finalmente Enrico ouviu o som da porta se abrindo e ele viu Gabi parada no meio das rosas, um sorriso de alívio se espalhou pelo rosto de Enrico. Ele se levantou rapidamente, seus olhos encontrando os de Gabi, e um calor reconfortante se espalhou por seu peito. Era um sentimento bom, saber que ela estava bem, ali, na sua frente.
Gabi retribuiu o sorriso de Enrico parecendo feliz em vê-lo.
_ Luiz! Elis, por outro lado, tomou um susto ao avistar Luiz na sala. Seus olhos se arregalaram momentaneamente, uma expressão de surpresa passando por seu rosto antes que ela conseguisse disfarçar, e ela não sabia o que fazer ou para onde olhar.
Observando a reação de Elis, Luiz não pôde deixar de sorrir com leveza. A timidez e a surpresa que ela demonstrou apenas a tornavam mais cativante aos olhos dele, e ele compreendia, em parte, o motivo de sua reação naquela manhã. A cada encontro, ele sentia-se mais atraído pelo jeito único de Elis, e sua presença ali na sala só aumentava o interesse que tinha por ela.
Elis sentiu-se envergonhada por ter sido pega de surpresa, mas ao mesmo tempo, uma sensação de calor percorreu seu corpo ao notar o sorriso de Luiz. Ela não conseguia negar a atração que sentia por ele, mesmo que tentasse manter uma fachada de neutralidade e esconder a confusão que sentia por dentro.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Helena Barbosa
É muito difícil passar por um relacionamento abusivo .
2024-05-08
4
Heloiza Carvalho
muitoooooo bom👏💞
2024-05-16
0
Fatima Gonçalves
tadinha dela
2024-05-06
0