Amanheci, como se dentro de mim houvesse nascido novas esperanças em relação ao James. Para mim, ele estaria se entregando pouco a pouco depois de aparecer na festa acompanhado dos meus pais. Foi um passo a mais que ele deu para nós.
Chamei a Victória e disse que voltaria para casa naquele domingo. Ela não me conteve, afinal, estive por uma semana e foi muito bom!
Às dez horas, avisaram que James estava na portaria para entregar meu carro. Me despedi de todos agradecendo a hospitalidade. Foram os dias mais alegres que tive nos últimos meses.
Beijei a Vic e fui ao encontro do homem da minha vida.
— Oi James, não precisava vir pela manhã, aposto que mal
descansou, se bem te conheço.
—Oi Lya, até que dormir assim que cheguei no apt.
A festa estava muito divertida. Comida boa, bebida de qualidade e mulheres belíssimas desfilando debaixo do meu nariz.
—Tem razão. Concordo com tudo. Mas com tantas beldades você voltou sozinho pro apt.?
— A beldade que eu queria, só estaria disponível nesta manhã. Vamos?
— Vamos James. Te deixo lá e sigo pro sítio
— Nada disso! Vai me deixar sozinho nesse domingo? Ao menos almoçamos juntos. Vou preparar um pescado que você gosta. Pode ser? Além do mais, seus pais foram para igreja e não voltarão pela manhã. Eles comentaram ontem entre sí.
— Já que é assim, tudo bem. Vou me certificar e dizer que só voltarei a tarde da mansão.
Eu sabia que estava prestes a cair na boca do lobo. Mas eu queria ser sua caça naquele dia.
Chegamos a kitnet, ele logo buscou uma música para quebrar o gelo do silêncio que houve no caminho. Ouvimos Cristina Perry, parecia que ele estudava meu gosto musical. Algo estranho o James ter essas atitudes. Uma hora era distante e frio, já em outras ocasiões super amável.
Ele tirou a camisa e ficou apenas de bermuda. Me serviu um vinho seco como eu gosto. Ficamos na cozinha falando coisas triviais enquanto ele preparava o pescado para marinar. Fomos para a sala sentar nas almofadas e curti o som. Ele me olhava vez ou outra como se fosse a primeira vez. Será mesmo que queria reparar seus erros? Perguntei a ele porque aceitou ir a festa.
— Lya,tenho estado sozinho. As vezes sou introspectivo, tenho meus motivos que nunca te revelei. Não sei se você gostaria de participar do meu mundo ou se quer apenas curtir também. Então, não sei se devo falar...
Antes mesmo dele terminar, eu o interrompi...
— James, sou jovem mas não insensível. Seu passado me importa e se deseja desabafar eu estou aqui para te escutar.-ele sempre dava uma pausa antes de responder
—Sabe, eu sou um cara que tenho grana , mas procede da minha família. Minha mãe sempre me protegeu mesmo quando estive aprontando na adolescência. Já o meu pai , sempre mais seguro e não baixava a guarda.
Desde a minha infância eles viajavam com seus projetos e como não queriam interromper meus estudos, deixavam-me com babás e as vezes com parentes.
Meus pais Lya, já ficaram até 3 meses fora quando eu estava com sete anos. Essa é uma idade que percebemos tudo ao nosso redor e começamos a guardar tudo também dentro de nós.
Eu sofri abusos dos cinco aos nove anos. Calado com medo de não acreditarem por serem pessoas idôneas e as babás quando já temiam que eu contasse pediam demissão, eu nada dizia porque elas eram mulheres e quem iria acreditar nisso? Crianças são criativas. Mas, o pior de tudo era os abusos psicológicos ameaçadores dos primos adolescentes e de um tio meu. Eles me usaram como quiseram e sempre lembro das suas palavras: "Não conta nada ou arranco seu pinto e digo que você mesmo cortou porque é um maluco." Já o meu tio fez algumas vezes durante uns dois anos. Ele dizia apenas para eu abaixar a roupa e me virar. Eu sofri muito! Quando ele terminava só dava um tapinha no meu bumbum e dizia: menino bom. Fala nada não ok!-James limpava as lágrimas, eu tinha um nó na garganta. Ele completa-Eu já tinha medo dos primos, então me calei quando meus pais pararam de viajar constantemente e eu já criava meios para não ficar mais sozinho na casa deles.
Parei de olhar na cara de meu tio aos 13 anos quando ele um dia me acariciou bem atrás. Eu olhei pela última vez bem dentro dos olhos dele e disse: Eu mato você se fizer de novo! Nunca mais ele se aproximou de mim. O primos pararam de me importunar porque para eles era apenas uma oportunidade fácil, não era algo que eles dependiam de fato, com o tempo tudo foi esquecido por eles. Mas para mim, não!
Então Lya, as vezes, sou rude, indiferente com você por tudo isso. Mas prometo mudar se você me ajudar.
— James, estou perplexa! Como suportou tudo isso calado? Talvez hoje entenda porque meus pais sempre se negaram na infância de me deixar com parentes e estranhos. A única pessoa que cuidou de mim quando a mamãe passou a trabalhar na rua foi a Ruth.
Eu só não compreendo porque é agressivo comigo nas palavras e me ameaça com minhas fotos? Eu gosto de você,e se depois não ficarmos mais juntos jamais vou falar nada pra alguém ou te encher o saco para me aceitar.
Não gosto quando me ofende com palavras grosseiras. Você precisa buscar ajuda psicológica para superar o passado. Nem todo mundo é mau nessa vida.
—Eu sei. Vou fazer o que me disse. Obrigada por escutar
Eu precisava falar pra você desse passado.
Por isso não tenho vontade hoje em dia de estar com meus pais. Quando mais precisei eles puseram o dinheiro na frente. Sabe amor, nem tudo nesta vida é somente grana. É bom ter dinheiro, mas ter paz é melhor ainda. Acho que sou compulsivo sexual devido as projeções que guardei na mente.
Mas não quero falar disso.
—Chega! Vamos ouvir o quê agora?
—Ham... Deixa eu pensar... Ah, vamos escutar Panamericano? Adoro!
—Ok Lya, precisamos de movimento. Sem você minha vida seria vazia. Não more apenas nos meus defeitos.
Por mais que eu quisesse disfarçar, me sentia mal com tudo o que havia escutado. Não é fácil para uma criança sofrer calado. Isso repercute na idade adulta e ninguém vai perdoar seus erros.
Mesmo eu, que o desejava tanto!
—Lya, senti sua falta minha potranquinha. Seus cabelos com cheirinho de lavanda...e essa boca vermelhinha...hum! Não sabe como doeu minhas mãos de tanto exercitar, hehehe.
—Sem vergonha. Sou mesmo sua potranca? Então vem, me beija!
O James veio se arrastando pelo chão e me jogou nas almofadas. Ajeitou meu cabelo tirando do rosto. Passou a ponta do nariz no meu com um gesto tão meigo... Roçou sua boca de leve na minha, a barba estava por fazer e me excitava quando arranhava a pele. Nos beijamos por minutos infinitos. Suas mãos me acariciavam percorrendo entre as pernas num sobe e desce...Eu estava louca! O acariciei nas costas enquanto lambia seu pescoço, ele gemia: Assim Lya, continua...
Começamos a nos despir e juntos fomos correndo pro quarto. As cortinas no tom azul marinho estavam fechadas bloqueando a luz. Ele me jogou no tatame e lambeu meu umbigo acariciando-me entre as pernas. Muito cruel rsrs sequer tirou minha calcinha ... Uma deliciosa tortura aquilo tudo.
Eu não aguentava mais...dei a volta e o deixei por baixo me sugando sentada no seu rosto..
Não deu pra segurar o gemido...mas segurei o orgasmo. Quando já estava quase lá...parti pra melhor parte...o engoli com fome! Ele gritou! Ahh mulher louca! Mais...mais... então...sentei e cavalguei como uma verdadeira potranca.
Tivemos juntos o mais duradouro gozo que havíamos tido antes. Era muito prazer reprimido. Eu o queria, ele também.
Ficamos nesse clima por algum tempo. Carícias, beijos e muito tesão envolvido.
Adormecemos por uma hora. Eu nem estava preocupada com às horas e nem com o mundo lá fora.
Ele levantou e me puxou pra banheira. Não perdeu tempo em me posicionar na beirada e fez o que mais sabia rsrs.
Eu fui ao êxtase! Ele se masturbou ao mesmo tempo. Ficamos abraçados curtindo aquele momento juntos. A água estava morninha, relaxante. Não queria mais sair dali.
Terminamos o banho e fomos pôr o pescado no forno. Peguei a salada grega o vinho e coloquei meu cantor preferido e sua banda pra tocar. Amo Jared Leto, acho que vou ficar velha escutando esse som.
Comemos rindo e muito!
Final da tarde me despedi do James. Pela manhã nos veríamos em casa. O beijei com sede, ele riu.
Entrei no elevador e acariciei um seio olhando-o enquanto a porta do elevador se fechava.
Eu estava plena!
“Não predisponho de alternativas sublimes; mas o meu contexto revela uma imagem. Uma espécie de ganância supra-sumo , que altemaliza tudo ao meu redor. E, nessa ciranda sonho possuído, me compatibilizo dentro em você”. (citação criado pelo autora).
Fui para casa!
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Fatima Vieira
ele realmente precisa de ajuda
2024-04-23
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