Se arrependimento matasse!!

Vim pelo caminho pensando:

É muito desagradável quando um homem te compara com

outros relacionamentos, não importando se foram duradouros ou não. Ainda mais depois de um ato louco como aquele. Por um momento me senti uma vadia suja.

Eu estava me apaixonando, será? Que droga!

E se ele achar que sou fácil? Mas, se me fizer de difícil e ele procurar outras... não sei como agir... preciso de um tempo longe dos olhos dele.

[...]

Dia seguinte.

Era manhã de sábado. Decidi sair para visitar uma amiga do colégio para falarmos sobre a faculdade. Minha cabeça dava voltas e por mais que evitasse pensar nele, me pegava na mesma. Estava preocupada por ter permitido fazer amor sem preservativos, já que nunca havia tomado anticonceptivo antes. Ele sequer tocou no assunto, parecia que eu era a única responsável em proteger- me.

Merda de vida! E agora... Será que vou engravidar?

Meus pais ficariam decepcionados.

Não avisei ao James que passaria o dia fora. Desde ontem não nos falamos mais.

Percebi ele que estava online no MSN até de madrugada. Só que não era comigo.

Chegando na casa da Victória.

Ela me recebeu com um forte abraço.

—Oi amiga, que feliz poder te rever depois de meses .

Entra, por favor!

— Também estou contente Vic

Desde o final da aulas nos falamos só pelo MSN e raramente.

—Lya, amigas mesmo estando separadas sempre poderão contar uma com às outras.

Mas, me diz como estão as coisas e por qual razão a Srta resolveu optar por fazer Teologia?

—Tenho planos para o futuro, quando chegar aos trinta.

Quero ir para o Oriente. Preciso entender o que nos move e tudo o que ainda está por ser descoberto nesse mundo de meu Deus. Teologia x Arqueologia parecem antagonistas, mas não são. Duas excelentes fontes para a qualificação que desejo.

— Entendo. É uma pena! Eu optei por moda, você sabe o quanto amo o universo fashionista- ela ri.

— É verdade Lya, que seu pai não aprova muito a idéia?

— Era de se esperar Vic, papai sonha em me ver como advogada, futura magistrada ou algum cargo na polícia dentro da academia.

Eu não me vejo fazendo nada parecido.

Mas, não vim aqui só pra falar da faculdade. Preciso te contar umas coisas:

Então, fui narrando tudo para Vic enquanto percebi seu rosto mudar de expressão a cada coisa que saía da minha boca, até que terminei.

—Ai, Lya, vai matar seus pais de desgosto quando souberem.

Você me desculpe, mas loucura tem limites! Dê graças a Deus se não engravidar!

— Mas Vic eu pensei...que ... você me apoiaria.

Estou apaixonada, se é a palavra certa pra definir meus sentimentos.

– Apoiar essa insanidade amiga? Se vocês tivessem ao menos curtido o dia sem maiores consequências... aí eu estaria te apoiando; mas, esse cara foi longe demais!

— Longe demais só porque me fez feliz Vic? Você sabe que nunca tive um namorado de verdade .

— Desculpe se te decepcionei.

Sempre fui e serei mais que sua amiga. Só não posso ver você entrando numa fria.

— Mas, o que te leva a pensar que ele não serve pra mim?

É porque faz esse tipo de serviço simples pro meu pai?

—Não. Você me conhece e não sou uma pessoa preconceituosa. Admiro aos que ganham a vida honestamente. Mas, esse cara sai da cidade dele, praticamente um economista filho de pai rico pra trabalhar braçal?

Fala sério! Tem coisa aí!

— Ok amiga, já vi que não devia ter dito nada. Tudo o que eu argumentar voltará negativo.

Vamos mudar de assunto.

—Lya, não tome mal o que disse. Me preocupo com você. Já fui enganada por um cafajeste aqui na rede e descobri que nem homem ele era. Já pensou ser enganada por uma pessoa por seis meses?

Eu me apaixonei por ele, vi suas fotos com a desculpa que detestava câmeras. Quase perdi o ano letivo por causa dele e descubro através de terceiros que tudo não passou de uma brincadeira que foi crescendo e não sabia como parar. Eu estava gostando de um ser inexistente. Na verdade eu conversava com uma mulher que tinha duplo perfil.

Me diga agora Lya, o que eu fiz com todo aquele sentimento?

—Eu lembro bem Vic desse caso.

Sei que teve depressão e só melhorou quando mergulhou de vez nós estudos saindo da rede social.

Também sei que não confia mais em ninguém. Mas, cada caso é seu caso. O James não é virtual. Eu transei com um cara de verdade que mora no meu celeiro.

—Entendo minha amiga. Ele é de verdade, mas suas intenções não se sabe ainda.

Não quero dar uma de corvo, mas quero o seu bem e não falarei nada só pra te agradar. Amigos de verdade questionam, ok?!

Fiquei um pouco pensativa sobre tudo o que a Vic me alertou.

Estava triste por parecer arrependida e ao mesmo tempo desejando que alguém dissesse: Vai fundo menina, a vida é pra ser vivida!

Nem tudo sai como desejamos.

Decidi que dormiria por lá. Jantamos e liguei pro meus pais avisando.

Não tinha instalado MSN no celular, mas vi algumas dezenas de SMS quando liguei.

A medida que lia as mensagens, me espantei!

Eram quatorze. Todas questionando: Aonde teria ido, por que não voltou ainda? Isso são horas? Podia ter avisado. Celular desligado,sei... Ontem já não foi suficiente?

Confesso que tive ânsia de vomitar. Havia na caixa algumas mensagens de voz ... 27 chamadas porque eu não atendi??

Logo lembrei da conversa com Vic e nada comentei.

Mandei um SMS de volta falando onde estava e amanhã nos falaríamos.

Me senti enojada. Chorei no banheiro arrependida.

Acredito que a Vic percebeu pela maneira distante que passei o resto da noite sem me concentrar em mais nenhuma conversa. O que era pra ser um dia bom, tornou-se frio.

Não preguei os olhos á noite.

Nunca desejei tanto ouvir o galo cantar pra sair correndo de lá e dizer o que tava engasgado na garganta pro James.

Quando amanheceu, deixei um bilhete na mesinha de cabeceira da Vic e fui pra casa.

Era cedo, mas fui dirigindo devagar pra estudar bem o que

falaria para ele.

Meus pais sairiam cedo pra missa na igreja e só retornavam às 15h30 pm, por causa de um batizado do neto de seus amigos.

Tudo estava propício, até a Ruth estava de folga.

Eu corri logo pro celeiro. Era folga dele e com certeza estaria lá, dormindo.

A porta estava encostada, mas não havia ninguém. Fui até sua cama e para minha surpresa vi minha calcinha em cima do travesseiro dele.

Fiquei envaidecida mas não entendi muito bem .

Fui agarrada por trás, sendo imobilizada.

— Me diz aonde estava até agora!

—James, está machucando meus braços, me solta!

— Só vou soltar se me disser a verdade.

— Fala sério, você é meu marido, irmão ou pai?

Lembre-se! Aqui está em minha casa.

— Ok! Patroinha, entendi.

Vou soltar mas quando estava gemendo comigo não havia hierarquia nenhuma.

— Deixe de ser baixo.

Não falei nessa intenção!

Ele sentou-se na cama com as mãos na cabeça . Estava de box, apenas. Parecia transtornado.

Eu respirei fundo e falei tudo o que vinha na boca.

— James, não te devo satisfação do meu ir e vir.

Me deitei sim ,com você . Gemi sim ,com você. Mas, isso não lhe dá direito algum sobre minha pessoa.

Não gostei da quantidade de sms e chamadas .

Que foi aquilo? Me explica todas aquelas palavras ofensivas que me enviou!

— Me perdoe gatinha.

Exagerei só pra chamar sua atenção!

Queria ver sua reação . Imagino que estava na casa de algum parente, Certo?

—Errado!

Estive fora com uma amiga.

Eu tenho uma vida social James.

Eu saio para tomar algo e dançar com amigas.

Eu visito parentes e vou à igreja.

Como percebe, não sou ante social.

Espero que não cometa mais esse equívoco.

—Lya, não me trate assim. Eu quero você! Eu estou me apaixonando perdidamente! Isso nunca me havia passado antes. Jamais mandei sequer um sms pra nenhuma garota .

Tô arrependido. De verdade!

—Sei. E o msn a noite toda, foi comigo?

— Ah, eu estava falando com um velho amigo, o fuso horário dele é bastante atrasado em relação ao nosso, depois eu peguei no sono; devo ter ficado online, foi isso.

-Ok, James. Estamos conversados.

Vou descansar que não preguei os olhos essa noite.

—Lya, sua amiga é lésbica?

—O quê? Devo está escutando errado James.-eu ri.

— Não!

Vou escutou exatamente isso.

— Minha amiga não é lésbica e o fato de passar a noite acordada foi pensando nas suas atitudes.

— Então prove!

Faça amor comigo agora!

—Não entendi?!

Quer que abra minhas pernas pra você, depois de toda essa palhaçada?

— Não vejo palhaçada alguma. Se não transou com mais ninguém, eu vou saber. Para isso tenho lingua.

—Seu nojento.

Me virei rapidamente pra sair do celeiro quando ele correu e fechou a porta .

Aproximou-se com olhos firmes e a boca trêmula.

Procurei ficar calma, pois não sabia sua intenção naquele instante.

Ele parou bem em frente e disse:

— Acho que te amo!

Estou louco por você inteirinha...

Tudo em você me provoca reações inesperadas.

Perdoe-me por favor!

Nesse momento o James pegou uma das minhas mãos e colocou dentro de sua box simulando o que queria que eu fizesse.

E eu fiz!

Baixei sua cueca e me perdi alí, por minutos infinitos...

Ele não segurou muito o orgasmo ejaculando em meus seios.

Em seguida... Levantou minha saia ,de pé mesmo, abaixou minha calcinha e dedilhou-me

como se buscasse algo, enfim, pôs uma perna minha em seu ombro e me sugou como um bezerro numa teta.

Logo estávamos deitados nos fenos num bailado frenético prazeroso.

Quando terminamos, me vesti e corri pra casa sem dizer uma só palavra ao James.

Tomei uma ducha demorada e quando estava me enxugando virei de lado no espelho e pude notar minhas costas ainda cheias de hematomas que escondia com roupa fechada para que ninguém visse.

Para o James era normal aquilo tudo, ao menos era o que parecia. Sequer mencionou os hematomas nas minhas costas. Também achei estranho a maneira que transamos hoje. Ele realmente estava buscando vestígios de sêmen de outro homem. Não posso crer nisso! Que vadia seria, não é mesmo?

Não sei se acredito quando ele pede perdão, ou se é uma maneira de emendar seus erros .

Mais um vez fomos inconsequentes. Poderia engravidar mesmo não estando em período fértil? Não entendo nada disso, sei pouco.

Vou pedir que use preservativo ou não farei mais nada com ele!

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