Capítulo 11

Vitor: — E aí? Como foi o primeiro dia de trabalho?

Sarah: — Foi bem cansativo... -Mudei para uma expressão triste.

Vitor: — Ué, por que ficou triste? Fizeram algo com você?

Sarah: — Não, é que as crianças são muito desanimadas e não me deram atenção.

Sarah: — Era como se eu não estivesse falando nada! Isso foi me desanimando.

Sarah: — Eles mal me respondiam.

Sarah: — Dei o meu melhor, tentei brincar, diverti- los e fiz de tudo, mas em nada resultou.

Vitor: — Que pena... Eu sinto muito!

Vitor: — Com o tempo você conquista eles.

Sarah: — Não, não teremos tempo.

Sarah: — Eu desisti do emprego.

Sarah: — Vou me formar neste sábado agora. Então esperarei o tempo certo para procurar um emprego.

Vitor: — Ãh?! Você já vai se formar?!

Sarah: — Sim!

Vitor: — Desculpa a pergunta, Sarah, mas quantos anos você tem?

Sarah: — Estou com vinte e três.

Vitor: — E já vai formar?

Sarah: — Sim, uai.

Vitor: — Caramba!

Vitor: — Fico feliz por você.

Sarah: — Obrigada!

Vitor: — Nada. -Falou com um meio- sorriso.

Vitor: — Agora fiquei com uma dúvida. Se me permite...?

Sarah: — Pode falar.

Vitor: — Como vai ficar a sua formatura e o seu pai?

Sarah: — Eu estive pensando nisso.

Sarah: — Tenho que convidar ele.

Vitor: — Entendi.

Sarah: — Amanhã cedo vou na casa dele. Imagino que ele já tenha chegado de viagem.

Vitor: — Tem certeza que quer ir lá?

Sarah: — Por mim tudo bem.

Sarah: — Faço de tudo para não permitir que essas coisas me afetem.

Sarah: — Tento não ligar e permanecer confiante e de cabeça erguida.

Vitor: — Entendo. Só que você não pode prender os seus sentimentos, Sarah.

Vitor: — Você não pode passar por cima do que sente e tentar reprimir isso.

Sarah: — Eu faço isso quando estou em público. Não posso mostrar minha "face" de fraqueza para Gregório.

Sarah: — Se eu mostrar, ele pisa em mim e se aproveita disso.

Vitor: — Você tem razão.

Poucos minutos depois, ele estaciona em frente o prédio do meu apartamento.

Sarah: — Ué! Onde eu coloquei minha bolsa?

[Procurando]

Sarah: — Ah!

 Vi que estava no banco de trás, então me inclinei para pegar. Vitor fez o mesmo e acabamos nos esbarrando. Meu olhar se encontrou com o dele e, sem querer, permanecemos ali naquela situação olho a olho. A minha vontade era de encostar minha boca na dele "sem querer" também e sair do carro.

 Minhas emoções estavam para fora. Fiquei parecendo uma criança boba.

Sarah: — Ãm... Éh..

[Riso sem graça]

Vitor: — Shh.

Ele colocou o dedo indicador na minha boca e se aproximou mais ainda.

Vitor: — Eu posso?

Sarah: — Não se pede para beijar.

 Ele dá um sorriso sedutor, segura em meu queixo e me beija. Pensa num beijo gostoso! Uma boca do sabor maravilhoso! Nossas línguas se encontraram e a coisa foi se intensificando. Por incrível que pareça, o meu corpo pedia por algo à mais. Fiquei envergonhada, pois não sabia que ele estava mexendo tanto comigo assim.

Nos afastamos, porque as coisas estavam muito quentes e isso não podia acontecer. Claro que esse foi o de menos! O principal motivo foi a falta de ar.

Vitor: — Você tem uma boca muito gostosa.

Vitor susurrou próximo do meu pescoço e deu um beijo logo em seguida.

Sarah: — Me desculpa... E.. Eu não queria causar uma situação dessas. -Falei envergonhada.

Vitor: — Relaxa! Foi ótimo e eu não me arrependo.

Vitor: — Confesso que você estava mexendo comigo.

Ele pegou na minha mão e colocou- a sobre o seu membro que se encontrava rígido. Dei uma leve apertada, o que fez ele respirar ofegante.

Sarah: — Tenho que ir. Não podemos fazer isso agora, Vitor.

Vitor: — Agora? [Risos perversos]

Sarah: — Você entendeu. -Falei sem graça/envergonhada.

Vitor: — Tudo bem, linda.

Vitor: — Vá!

Ele me deu um selinho demorado, nos despedimos e fui para meu apartamento.

Sarah: — Meu Deus!

Sarah 💭: — O que você fez, Sarah?

Sarah: — Nossa! Que boca gostosa!

Sarah: — Eu nem acredito que isso aconteceu mesmo.

Sarah: — Surreal o jeito que ele mexeu comigo!

Fiquei pensando no nosso beijo até a hora de eu dormir. Realmente parecendo uma criança. Tinha muito tempo que eu não sentia isso ou que eu pelo menos beijei alguém.

No dia seguinte...

Acordei com a luz do sol invadindo o apartamento. Lembrei do acontecido de ontem e dei um sorriso. Agora já se tornou algo normal na minha cabeça. Levantei, tomei um banho e passei uma mensagem para Gregório.

Mensagem on 📲

Sarah 📲: — Pai! Bom dia.

Sarah 📲: — Você já chegou de viagem?

Sarah 📲: — Se tiver chegado, me passa uma mensagem que eu vou até a mansão para conversarmos.

Mensagem off 📴

Coloquei o celular sobre o peito, mas logo acordei pra vida e fui fazer meu café da manhã. Optei por algo mais simples.

 Tomei café da manhã e fui ver se Gregório tinha respondido. Ele disse que havia chegado nessa madrugada que passou, então conferi se Vitor já estava lá embaixo e fui até a recepção.

 Quando o vi, dei um sorriso "pra frente" (se é que me entende) e fui até ele. O mesmo retribuiu com um olhar penetrante. Me olhou de cima a baixo.

Sarah: — Bom dia! -Sorri.

Vitor: — Bom dia, Sah!

Vitor: — Dormiu bem?

Sarah: — Sim, e você?

Vitor: — Faltou uma coisinha para me aliviar, mas sim.

Sarah: — Ah, sim! Entendo.

[Risos]

Vitor: — Para onde vamos?

Sarah: — Mansão do Gregório.

Vitor: — Tá bem. As damas primeiro.

[Abre passagem]

Fomos até a mansão conversando. O olhar dele sempre se encontrava com o meu. Alguns sorrisos disfarçados eram pegos no ar.

Sarah: — Pode me esperar aqui. Vou ter uma conversa longa com ele. Eu acho.

Vitor: — Tudo bem. Você ficou linda nessa roupa.

Sarah: — Obrigada! Imaginei que você tinha gostado mesmo.

[Risos]

Fui caminhando até a entrada da gigantesca mansão. Não precisei tocar a campainha, apenas entrei.

Margô: — Bom dia, filha!

Sarah: — Não creio! Margô!!

Fui até ela e a abracei fortemente.

Sarah: — Meu Deus! Quanto tempo!

Margô: — Quem é vivo sempre aparece, minha filha.

Margô: — Senti a sua falta.

Sarah: — Nossa! E eu então?!

Sarah: — Você veio com o Gregório?

Margô: — Foi, sim.

Sarah: — Vim conversar com ele.

Margô: — Pra variar, está no escritório.

Sarah: — Ah! Vou lá então. Depois a gente conversa melhor.

Margô é uma senhora muito especial para mim. Quando minha mãe morreu, quem ficou comigo e cuidou de mim como uma segunda mãe, foi ela. Ela fez isso melhor do que ninguém! Desde então, guardei um amor e carinho imenso por Margô.

A abracei e fui até o escritório.

Sarah: — Licença.

Gregório: — Olha! Minha filha sumida resolveu aparecer!

Ele levantou da cadeira, arrumou seu terno e veio me abraçar.

Sarah: — Oi, pai.

Gregório: — Oi, minha filha! Sente- se, por favor.

Sarah 💭: — Como consegue agir assim? Meu Deus!

Gregório: — E então? O que aconteceu?

Sarah: — A minha formatura vai acontecer no sábado.

Gregório: — Já?!

Sarah: — Sim. Vim te convidar para comparecer à solenidade.

Gregório: — Eu com certeza irei!

Gregório: — Pode contar com minha presença!

Sarah: — Eu imaginei!

Fiquei um pouco sem graça e pensativa.

Gregório: — O que foi, filha?

Sarah: — Pai.. Ãm... Sobre aquilo.. Eu queria saber se podemos conversar como duas pessoas normais.

Gregório: — Aquilo o que?

Sarah: — Sobre eu me casar com o James.

Gregório respirou fundo.

Gregório: — Não temos o que conversar. O contrato já foi feito, Sarah.

Sarah: — Por favor... Se você realmente me ama, faz isso por mim.

Sarah: — Agora eu vou abrir a minha própria empresa e administrar ela. Isso pode te ajudar de alguma forma!

Sarah: — Vamos nos unir e ganhar os benefícios juntos!

Gregório: — Eu não gosto de fazer isso contigo, Sarah.

Gregório: — Me sinto mal, pois, sei que você se sente pressionada e não gosta disso.

Gregório: — Só que eu preciso disso.

Gregório: — Você não entende.

Sarah: — Eu entendo, pai.

Sarah: — Mas você se lembra de quando a Amélia morreu?

Sarah: — Você se lembra o motivo dela ser feito aquilo?

Sarah: — Me desculpa... Eu não quero tocar nesses assuntos ou muito menos falar isso, mas se você observar, muita mulher que esteve "nas suas mãos" tiraram a própria vida por sua causa.

Sarah: — E eu sei que a morte da Amélia te afetou muito. Eu só não entendo o motivo de você continuar com isso depois de tudo que aconteceu.

Sarah: — Você sabe que isso foi horrível pra todas nós.

Gregório: — Não quero falar sobre isso, Sarah.

Sarah: — Mas é necessário, Gregório.

Sarah: — A morte dela te afeta até hoje. Sei que sente falta dela e também sente culpa.

Sarah: — O sentimento de culpa é algo que não sai de você.

Sarah: — E você insiste em fazer a mesma coisa a cada geração que passa.

Sarah: — Tenta entender o meu lado, Gregório.

Sarah: — Tenta pensar um pouco no amor de pai que você nunca me deu.

Sarah: — É muito ruim eu pensar que existo na sua vida, só pra te ajudar a ganhar mais dinheiro.

Sarah: — Porque você me usa pra isso.

Sarah: — Por favor, pensa como eu me sinto com isso.

Gregório ficou pensativo e seu semblante mudou. Achei incrível poder conversar abertamente com ele sobre um assunto assim. Confesso que fiquei com medo dele estourar e fazer algo comigo.

Percebi que ele ficou sentido, então mudei de assunto e conversei sobre o Teodoro etc.

Continua...

Me siga no Instagram: Autora.limaa

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Comments

Amélia Rabelo

Amélia Rabelo

tomara que ele desista e deixe ela ser feliz bem longe dele

2024-04-01

1

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