Capítulo 10

No dia seguinte...

07:00 AM 🌅

Levantei, tomei um banho e segui caminho até a mansão dos Colen.

~

Teodoro disse que eu poderia ir depois das sete, pois as crianças estariam dormindo até mais tarde, mas eu não quis folgar no meu primeiro dia de trabalho, claro. Pensei que seria melhor adiantar o passo para que eu pudesse conhecer os outros funcionários (se tiver) e até mesmo a mansão. Assim eu fiz.

Vitor: — Qualquer coisa estarei aqui!

Vitor: — Você já sabe a hora que vai ser liberada?

Sarah: — Ele me disse que depois das 20:00.

Vitor: — Tá bom.

Sarah: — Antes de eu ir, quero te entregar esse dinheiro. -Peguei na bolsa e dei a ele. — Vá e abasteça o carro, por favor.

Vitor: — Tá certo. Boa sorte, Sarah!

Sarah: — Obrigada. Até mais!

Vitor: — Até!

A mansão era gigantesca! Fiquei admirada com seu tamanho e beleza. Toquei a campainha e logo fui recebida por uma mulher bonita e, aparentemente, jovem.

Mulher: — Bom dia! Pois não? -Disse me olhando de cima a baixo.

Sarah: — Bom dia! Eu sou a nova babá das crianças.

Mulher: — Ah... Não sabia que Teodoro tinha contratado uma babá para as crianças.

Mulher: — Ele não me avisou nada. Estranho!

Sarah: — Pois é. -Dei um riso sem graça.

Mulher: — Ah! Que falta de educação a minha! Perdão.

Mulher: — Eu me chamo Suzana! É um prazer conhecer você! -Ela sorriu.

Sarah: — Igualmente, Suzana! Me chamo Sarah. -Cumprimentei com um aperto de mão.

Suzana: — Entre, por favor!

Sarah: — Obrigada! Licença.

Suzana: — Então, Sarah! Sou a mulher do Teodoro!

Suzana: — Espero que você dê certo com as crianças! Eles são um amor!

Sarah: — Ah! Eu imagino.

Suzana sorriu, assentiu com a cabeça e fechou o semblante logo em seguida.

Suzana: — Vou chamar meu marido!

Teodoro: — Já disse que não sou seu marido, Suzana! Somos apenas um rolo!

Teodoro assustou- nos, nos pegando de surpresa! Ele descia as escadas com uma expressão séria enquanto arrumava os botões de seu terno.

Teodoro: — Deixei isto claro desde o início!

Suzana: — Amor! Você está aí... [Risos falsos]

Suzana: — Eu estava me apresentando para nossa nova funcionária!

Teodoro: — Eu já falei que não temos nada, Suzana! Essa casa é apenas minha.

Suzana: — Ah, amor... Não seja grosseiro comigo na frente da moça! -Falou com dengo.

Ela foi para cima de Teodoro o abraçando e tentando beijar sua boca.

Teodoro: — SUZANA, POR FAVOR!

Ela se assustou e afastou- se.

Teodoro: — Sugiro que vá para casa. Preciso conversar com a moça agora.

Teodoro: — O dia também já amanheceu. Como combinado, você já pode ir.

Suzana saiu emburrada da casa.

Teodoro: — Desculpa. Não queria te apresentar com uma cena dessas.

Teodoro: — Essa mulher é impossível!

Sarah: — Não, senhor! Tudo bem.

Sarah: — Passou! Vamos ao que interessa! -Dei um sorriso.

Teodoro: — Para o meu escritório, por favor.

Fomos até o escritório. Lá ele me explicou sobre a alimentação das crianças e alguns pontos sobre eles.

Teodoro: — Tudo entendido?

Sarah: — Sim!

Teodoro: — Ótimo! Agora eu preciso ir.

Teodoro: — Sinta- se à vontade!

Sarah: — Está bem. Obrigada!

Ele assentiu, saiu da mansão e me deixou ali parada no nada. Observei os detalhes da mansão e fui atrás para conhecer os cômodos etc. Cheguei na cozinha e uma moça ouvia música enquanto preparava o café da manhã.

Sarah: — [Pigarreia] Licença! Bom dia.

Sandi: — Ah, oi! Bom dia.

Sandi: — Quem é a senhora?

Sarah: — Me chamo Sarah! Sou a nova babá das crianças.

Sandi: — Ah, sim! Pode me chamar de Sandi. Sou a cozinheira dos Colen.

Sandi: — É um prazer te conhecer!

Sarah: — Igualmente.

Sandi: — Venha! Junte- se a mim.

Sarah: — Se bem que eu gostaria, dona... Porém, preciso acordar as crianças.

Sarah: — Pensei que elas dormiriam até tarde, mas o patrão pediu que eu as acordasse às 09:30.

Sarah: — Então, eu preciso ir.

Sandi: — Ah, sim. Vá, menina, vá!

Retirei-me da cozinha e fui até o quarto de Guilherme, o caçula. Seu quarto era grande, espaçoso e fresco (E olha que é de uma criança). Acordei ele e me apresentei. De começo, Guilherme achou estranho e se sentiu um pouco invadido, mas logo intimidou-se um pouco.

Sarah: — Olha, eu vou acordar sua irmãzinha Agnes e preciso que você tome banho!

Sarah: — Eu posso confiar?

Guilherme: — Hum, hum! -Disse coçando os olhinhos.

Mudei minha expressão, pois ele negou a minha resposta.

Sarah: — Por que não?

Guilherme: — Eu ainda num sei tomar banho sozinho, tia! -Disse com os olhos baixos.

Sarah: — Ohh! Tudo bem. Isso não é um problema!

Sarah: — Vamos comigo! A titia vai te ensinar.

Ajudei ele a tirar seu pijama, fomos até o banheiro e fui o instruindo como fazia da forma certa. Guilherme me parecia ser um menino muito animado. Quando terminamos seu banho, separei uma roupa, deixei em cima da cama e fui até o quarto de Agnes.

Sarah 💭: Own!! Ele é tão fofo!

Sarah: — Licença, pequena!

Notei que ela já estava acordada a ler um livro. Ela é uma linda menina! Quando entrei no quarto, olhou- me com uma expressão de desconforto ou indiferente.

Sarah: — Eu me chamo Sarah. Sou a nova babá, sua e do seu irmão.

Agnes: — Oi.

Agnes: — Sou Agnes.

Sarah: — Você é uma menina muito linda, Agnes! Achei bom chegar aqui e te ver pronta!

Agnes: — Obrigada. -Deu um sorriso com os lábios.

Sarah: — Vamos descer para o café?

Agnes: — Hum, rum!

Ela pulou da cama, colocou seu livro em cima da escrivaninha e veio comigo.

Sarah: — Primeiro vamos ver se seu irmão está pronto... Vem!

Chegamos no quarto, Gui já estava deitado novamente. Porém, pronto.

Sarah: — Vamos, Gui?

Ele me olhou, deu um sorriso e fomos até a mesa de café que já estava posta.

Sarah: — Alimentem- se bem. Quero ver vocês dois bem fortinhos!

Sarah: — Querem que eu sirva?

Ambos balançaram a cabeça em forma de sim. Então nos servi. Tentei conversar um pouco, mas vi que eles não correspondiam, o que estava me deixando chateada e desanimando- me.

Passei o dia tentando animá- los, tentei brincar, fazer atividades ou tentar chamar a atenção dos dois, mas nada adiantou…

...Q. D. T...

20:22 PM

Mansão dos Colen

Eu tinha acabado de colocar as crianças para dormir, quando Teodoro entrou no quarto de Guilherme.

Teodoro: — Boa noite!

Sarah: — Shh! Não faça muito barulho, senhor.

Sarah: — Gui já está dormindo!

Teodoro: — Já? Que milagre!

Teodoro: — Eles não costumam dormir cedo assim.

Sarah: — Vamos para fora! -Falei entre sussurros.

Ao fechar a porta do quarto, eu e Teodoro descemos até a sala de estar.

Teodoro: — Por favor, vamos até o meu escritório.

Sarah: — Ah! Está bem.

Fomos até o escritório. Ele abriu a porta para mim e eu entrei.

Teodoro: — Sente- se.

Teodoro: — E aí? Como acha que se saiu?

Sarah: — Olha, Sr... Confesso que tentei ao máximo.

Sarah: — Dei o meu melhor, mas não fiquei contente com o resultado. Sinceramente.

Teodoro: — Como assim? -Olhou confuso.

Sarah: — Inventei brincadeiras, usei minhas energias, piadas, livros, gincanas etc.

Sarah: — Só que, infelizmente, não adiantou nada.

Sarah: — Me desculpa, mas os seus filhos são muito indispostos, senhor. Eu realmente tentei de tudo, mas eles nem se quer ligaram.

Teodoro: — E...?

Sarah: — Não ficarei com este emprego. -Falei decidida.

Sarah: — O senhor pode me achar uma fraca, mas eu acho que essa área não é pra mim.

Teodoro: — Não, claro que não! Eu entendo.

Teodoro: — Justamente para isso que serve o teste.

Teodoro: — Eu te entendo perfeitamente!

Assenti com a cabeça enquanto sorria generosamente.

Teodoro: — Bem, então é isso, dona Sarah!

Teodoro: — Obrigado!

Sarah: — Eu quem agradeço pela oportunidade que o senhor me deu.

Teodoro me deu um sorriso. Saí de lá um pouco contrariada, mas não tenho muito o que fazer. Chegando no carro, vi que Vitor estava dormindo.

Sarah: — Vitor!

Sarah: — Ei, Vitor! Acorda.

[Cutuquei seus ombros]

Vitor: — Hum?!

[Acorda assustado]

Vitor arruma sua postura e sua roupa.

Sarah: — Calma! Sou eu.

Sarah: — Já posso ir pra casa.

Vitor: — Nossa! Me desculpa!

Vitor: — Acabei pegando no sono.

Sarah: — Não liga pra isso. Relaxa!

Sarah: — Eu não me importo. Você é humano assim como eu.

Vitor: — Desculpa mesmo, senhora.

Sarah:— [Respira fundo] Olha, Vitor. Quando estiver trabalhando comigo/para mim, você não precisa se preocupar.

Sarah: — Te considero um colega/amigo e acho que isso é um nível de intimidade básica que temos entre nós.

Sarah: — Você não tem que se preocupar com "palavreados", postura ou formalidade quando estivermos a sós. Pode ser você mesmo.

Sarah: — Eu não vou me importar.

Vitor: — Certo. Podemos ir?

Sarah: — Sim.

Vitor é sempre muito sério e curto com suas palavras. Ele sempre me corta de uma forma muito seca e direta, o que começou a me incomodar. Confesso que andei o observando um pouco mais e isso também me incomoda, pois, isso não se faz.

Andei me questionando sobre ele; Sobre nós. Não sei o que é isso.

Continua...

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