Capitulo 10 - Máscaras Demoram mas Caem

- Seu idiota\, imprestável!! Atende a merda do celular - Ariele xingava enquanto intercalava seu olhar para o celular e para a janela que dava na rua\, tendo se antecipado e trancado todas as janelas e portas.

- Ele não vai te ajudar\, se o conheço bem\, ultimamente ele está tendo uns surtos de alma bondoso e para curar deve estar sozinho em algum fim de mundo ou com a mamãe\, sugiro que me deixe entrar para que terminamos isso logo\, se me irritar demais não vai ser só você a sofrer as consequência - Ariele sabia muito bem a quem ele estava se referindo\, tratou de sair correndo e trancar a porta do quarto da avó\, não sem antes conferir-lhe se estava. Enquanto Castor do lado de fora brincava com uma faca fingindo limpar as unhas a viu sumir de vista.

Tornou-se a ligar novamente e deixar muitas mensagens. E sem respostas voltou para a porta da entrada e não viu mas Castor, suas mãos começaram a tremer involuntariamente, já que não o viu, inalou o ar calmamente e mentalmente se tranquilizou dizendo que ele deveria ter desistido e ido para casa ou sei lá pra onde, a mente dela precisa se enganar com algo para tranquiliza-la.

Sentiu seu celular vibrar o que fez com que se assustasse, atendeu 'imediatamente enquanto se mantinha em alerta olhando para fora a todo momento, mesmo que sua mente pedisse algo o corpo não reagia da mesma forma.

“Ligação on”

- Desde de quando você tem meu número? - Polux assim que ela atendeu foi logo questionado desde que viu seu celular com diversas mensagens e ligações perdidas.

- Para quando surgisse uma emergência\, pra que mais seria? - Ariele declarou de forma bruta já que estava pasma com aquilo tudo e não tinha descrição de sentimento aparente desde que sentia vários ao mesmo tempo.

- Não sei… me diga você? - Polux deu de ombros já que no momento presente não sabia do que estava se passando.

- Seu pai lunático chegou aqui e bateu na Selena e deixou o cão de guarda dele aqui me amedrontando - Ariele falou saindo da janela já que não o via e sentando no sofá tentando acalmar seu coração que batia acelerado.

- ELE O QUÊ? - Perguntou automaticamente no tom maior que usaria normalmente o que fez Ariele ficar surpresa.

- Você quer que eu repita ou disse isso de forma involuntária porque está tão indignado quanto eu?.

- Você ouviu ele dizer algo para onde iria? - Ele resolveu ignorar a pergunta dela\, já que para ele era desnecessário responder.

- Não! Mais você pode perguntar a seu irmão\, acho que ele foi embora\, estava aqui na porta até estante\, ou deve estar rondando minha casa\, já nem sei mais - Falou dando um trezentos e sessenta na casa.

- Estou a caminho\, te aconselho que continue dentro de casa.

- Isso é novo? - Ariele mudou de assunto com a diferença do tom de Polux e as palavras que usou desde que o garoto era sempre neutro\, e houve uma clara mudança duas vezes no mesmo dia.

- O que?.

- Você está demonstrando preocupação por isso está me aconselhando - Um sorriso brincou nos lábios de Ariele.

- Você está vendo ele? - Polux tratou imediatamente mudar de assunto\, para o foco principal.

- Não ele ameaçou minha avó então eu subi para ver como ela estava e quando desci não o vi mais - respondeu mais relaxada por saber que ele estava a caminho e demonstrou nem que fosse um mínimo de preocupação.

- Ele não é muito inteligente mas assiste muitos filmes\, é de lá que ele tira boa parte das ideias que tem - Polux conversou tendo alguns pensamentos nada positivos com aquela tribulação.

- E o que isso tem haver? - A menina que já se levantava para pegar um copo d’água\, pausou no meio do caminho.

- Ele fez com que você perdesse ele de vista e provavelmente procurou outros lugares que pudesse entrar e se você não estiver vendo ele\, é provável que achou ou estar perto - Polux respondeu rudimentar voltando a seu modo neutro\, calmo e frio.

- Você não está ajudando o meu nervosismo - Ariele voltou a se mexer procurando algo como um bastão para ter pelo menos a primeira linha de defesa.

- A culpa é sua - Foi direto.

- Minha! por que? - Ela respondeu sem dar mais tanta importância para onde ele deveria estar. Já que não via há um bom tempo.

- Está tudo trancado?.

- Sim!.

- Você conferiu?.

- Sim!.

- Então não tem o que temer\, estou a caminho - finalizou a ligação.

“Ligação Off”

(...)

- O que aconteceu filho? - Mabel perguntou a seu filho se levantando da maca enquanto o visor dos sinais vitais começava a apitar descontroladamente. Já que ele entrou no quarto apressado pegando suas coisas.

- Por favor mãe\, fique calma ok\, eu vou me ausentar um pouco\, se concentre apenas na sua própria recuperação - Ele arrumou suas coisas na mochila que tinha levado com ele.

- Filho me conte o que houve? - Claramente ela estava se alterando e isso não era bom para sua recuperação.

- Eu prometo contar quando voltar\, então fique calma\, mando notícias - Antes de sair caminhou até sua mãe e deixou um beijo na testa da mesma acompanhado de um sorriso traquilizador.

Polux saiu do hospital tendo consciência de antes informar a enfermeira para ficar de olho na mãe já que ela estava tendo oscilação nos sinais, entrou no carro e saiu disparado. Pensou seriamente se o que ele fez foi errado em desligar a ligação, com a garota do outro lado da linha em pânico, com um peso na consciência tornou a ligar por precaução.

“Ligação on”

- Ariele?.

- Sim.

- Onde você está agora?.

- Não reconhece mais a voz de seu irmão Polux\, mesmo que eu tenha afinado um pouco\, Magoou - Castor alfinetou\, Polux pisou o pé no acelerador não se importando mais com os sinais de trânsito.

- O que você está fazendo Castor? Não seja estúpido como nosso pai - Polux sabia que não poderia ser uma boa hora pra dar sermão\, mais era necessária para que o mantivesse na linha o maior tempo possível.

- Acha mesmo que é hora de lição de moral com comparação? - Polux soltou a respiração que não sabia que segurava.

- O que nosso pai quer\, já o tem\, essa daí não vale de nada.

- Não é isso que papai acha ele foi bem preciso\, “a quero inteira”.

“Ligação Off”

Para onde ele levou Selena? - Castor deixou o celular cair no chão e esmagou com a bota - Seu maldito - Polux esbravejou para o vento, já que seu irmão não ouviu essa curtas palavras.

(...)

- Você me deu uma trabalheira e ainda me fez discutir com meu irmão\, papai disse que te quer inteira\, mas poderíamos ter tido algum contratempo que me fizesse cometer atos que não deveria mais aconteceram\, ahn! - Castor resmungava com as mãos na cintura enquanto curvava o tronco e falava com Ariele que nem se deu ao trabalho de responder já que estava desacordada.

(...)

Selena despertou sentindo dores no lóbulo frontal de sua cabeça, sua barriga queimava de fome a fazendo se encolher em posição fetal, o local estava escuro o ambiente era iluminado pela lua, alguns flashes que passavam pela grandes janelas quebradas, fez uma força absurda para levantar já que estava de bruços, sem sucesso, tentou virar seu corpo para cima se apoiando de lado olhou ao redor sua visão embaçada e viu Soren em uma pilastra murmurando. Até que virou pra ela.

- Minha convidada de honra está acordada - Soren batia palmas que daria para surda um\, já que o lugar não tinha nada e fazia eco.

- Onde estamos? - Selena perguntou atordoada\, fazendo força para se sentar sem sucesso.

- Há! este lugar você não conhece? Me trazem péssimas lembranças\, mas acredite você vivia aqui\, era bem mais bonito e cuidado naquela época agora está caindo aos cacos - Ele falava enquanto tocava nas pilastras\, na estrutura e olhava ao redor com os olhos sinistros.

- Do que está falando? Está alucinado de verdade agora - Selena pensou no mais óbvio\, ele estava enlouquecendo\, nunca achou que ele fosse uma pessoa certa da cabeça mesmo\, só estaria comprovado agora e sua tormenta iria ter um fim.

- Estou falando de suas origens\, sua vadiazinha - Já que Selena não demonstrou conhecimento de nada deduziu que Mabel não tinha falado nada\, como Luci pediu\, o que facilitaria muito sua vida - Sua maldita história começa aqui\, foi aqui que a minha vida começou a desmoronar\, por sua causa\, então nada mais justo que eu te trouxesse aqui para terminar\, certo! Assim tudo pode voltar a ser como era antes de você - Alisou os cabelos grisalhos para trás\, afastando o suor que se formava em sua testa.

- Você está maluco?! Precisa de ajuda rápido\, eu tenho é pena de seus filhos que vão ter que se despedir tão cedo do pai por que está ficando mentalmente debilitado - Soren correu em direção a menina que estava jogada no chão dando uma bicuda sem direção aparente\, que acertou em sua boca\, fazendo um dos seus dentes saltarem da boca.

- Maluco eu estava quando te acolhi na minha casa debaixo do meu teto\, naquela época eu estava maluco\, agora estou sã e como estou\, você não faz ideia da situação em que me encontro - Ele apontava pra si mesmo enquanto ela gemia de dor no chão.

- Olha podemos conversar como seres humanos\, pessoas civilizadas que sei que somos - estava tentando amenizar sua situação para não apanhar mais já estava bem deplorável pra si mesma.

- Sim. Eu sou um ser humano civilizado\, você não\, você é um monstro é como eles eu deveria ter te matado quando era um recém nascido fraco não teria me dado trabalho nenhum\, não melhor quando era um embrião se formando ainda\, tudo teria sido muito mais fácil\, mas eu não sabia - Soren começou a murmurar.

- Sobre o que está murmurando? - Selena já não estava tão interessada na conversa ou seu corpo estava tão fraco que não estava mais conseguindo lutar para ficar acordada.

- Aqui mesmo fui encarregado de uma missão\, limpar a terra de seres como você mas eu a amava e pensava que era meu\, mais não era e foi tarde demais quando eu descobrir\, eu acreditei que poderia conviver com isso mais não\, foi me consumindo por dentro até hoje\, você não entende eu me sinto liberto\, hoje eu me sinto como uma borboleta saindo do seu casulo pessoal\, só de sentir que eu tenho poder para fazer isso com minhas próprias mão e ninguém vai impedir -

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