Capitulo 05 - Uma Aliança Sincera vem de Onde Menos se Espera

(...)

- Já pode parar de fingir - Polux olhou de canto de olho para onde Selena se encontrava\, já que não tinha mais visão de seu pai e irmão que acabara de sair.

- Como descobriu? - Selena perguntou abrindo os olhos.

- Não foi difícil\, quando você estava despertando seu corpo contraiu e você não é muito boa em ficar de olhos fechados sem tremer\, meu irmão é o único que não faz uso do cérebro por isso ele não desconfiou e meu pai não estava prestando muita atenção - Explicou caminhando para um dos fenos e se sentando.

Selena se pôs sentada com muita dificuldade, cuspiu no chão para afastar o gosto de sangue que preenchia sua boca sua barriga estava dolorida nem queria ver o estrago, provavelmente seria pior no dia seguinte, como forma de amenizar a dor deitou de barriga para cima novamente para esticar o corpo e relaxar, não se aguentando mesmo sentada.

- Está doendo muito? - Polux tinha certeza sobre si que não se importava com sua irmã\, contudo ultimamente estava sentindo sentimentos estranhos em relação a mesma. Mas era frio demais para admitir ainda mais para ela.

- Desde quando se importa? - Selena estava com uma interrogação na face era perceptível\, era a primeira vez que seu irmão dava índices de importância e expressava em palavras.

- Não me importo só estou praticando um sentimento novo\, empatia\, já ouviu falar? - Claro que Polux não iria deixar exposto que estava começando a se importar nem ele mesmo sabia o por que disso.

- Você é um ser humano inacreditável - Selena não acreditava que aquele ser humano que estava na sua frente é o mesmo de vinte um anos atrás.

- Você está me vendo e mesmo assim me considera inacreditável\, abalei seu frágil mundinho certeza - Polux caminhou em direção a Selena que se encontrava deitada se ajoelhou estendeu a mão - Estar pronta para voltar?.

- Não volto para aquele lugar até que Mabel esteja de volta - Se referia a casa na fazenda\, onde Castor e Soren deveriam estar.

- E quem disse que era pra lá?! -  Polux franziu o cenho.

- Onde sugere que eu vá contigo\, indivíduo  de ações duvidosas - Selena tendia a permanecer com as sobrancelhas arqueadas.

- Se me lembro bem você tem uma faísca vermelha que chama de amiga que pode ir para casa dela e passar a noite ou pode ir para aquele acampamento que você passa quase o dia todo - Polux devolveu as sobrancelhas arqueadas.

- Estar me vigiando agora? E dando apelido a minha amiga - Selena fez cara feia enquanto pronunciava a segunda parte.

- Não eu tenho coisas mais interessantes pra fazer do que ficar de babá - Ele estava vigiando sim só não queria que fosse descoberto.

- Então como sabe que eu vou para lá? - Selena aceitou as mãos de seu irmão para se levantar com muita dificuldade colocando todo seu peso em cima dele.

- Sabendo\, tenho meus contatos e fora que se não soubesse e tivesse apenas jogado verde você teria caído facilmente - Era um fato Polux carência de empatia\, mas era extremamente inteligente e observador.

- Ariele por gentileza.

Selena se levantou do chão com o auxílio duvidoso de Polux que a levaria para a casa de Ariele, como o único jeito de irem para lá era andando que foi da mesma forma que chegaram ali, Polux sugeriu que Selena fosse nas suas costas já que a menina não se aguentava em pé mesmo, essa aceitou mesmo contestando muito.

- Aliás isso foi muito estranho - Polux estava com uma pulga atrás da orelha\, tentando decifrar como sua irmã reagiu tão rápido.

- A que se refere? - Perguntou Selena enquanto bocejava em cima de Polux e se aconchegando em sua costas.

- Tenho certeza que Castor estava usando muita força e mesmo assim você despertou muito rápido no máximo seria esperado amanhã\, sua condição física também não está mais tão precária quanto antes\, o que anda fazendo Selena?.

- Tenho dado meu jeito\, não que seja da sua conta - Selena estava dando suas respostas de forma defensiva.

Houve um silêncio suspeito da parte de Polux e uma curiosidade agonizante de Selena para saber o que ele iria responder.

- Se quiser pode deitar no meu ombro\, vai demorar para chegarmos.

Já que não tinha forças para continuar acessa mesmo, sentia uma fome absurda e seu corpo ainda doía. Selena não argumentou mas nada apenas deitou e adormeceu.

(...)

- Ao que devo o desprazer de sua visita indesejada - Uma mulher no auge dos seus trinta anos mencionou depois de um ser inconveniente que particularmente ela detestava se encontrava sentado em uma de suas poltronas\, enquanto que a mesma organiza seus livros preciosos ou melhor dizendo seus grimórios.

- Quero seus serviços - replicou o homem que se encontrava de pernas cruzadas e mãos juntas acima dos joelhos.

- Não\, você não quer\, você precisa - A mulher com toda sua sabedoria\, obviamente sabia com antecedência o que todos iam procurar\, ela apenas esperava que as pessoas pedissem.

- É a mesma coisa - O homem foi direto\, detestava esse jeito exímio da mulher.

- Não!! Há uma diferença gritante entre querer algo e precisar de algo. Precisar significa que algo ou alguém está lhe fazendo falta e deve estar em primeiro plano. Querer pode significar um desejo momentâneo - A senhora concluiu sua última fileira de grimórios e pediu que o homem acompanhasse a mesma até o porão da cabana que até então se encontrava na sala.

- Você não vai perguntar o que preciso? Eu pensei que você ia me dar aula lá em cima - O homem ainda saiu fazendo sarcasmo de sua própria fala.

- Eu sei do que você precisa e estamos indo atrás neste exato momento e sim você está precisando de uma aulas mesmo\, mas como sabe não faço nada de graça\, parece que depois que adquirem a imortalidade acham que a sabedoria não é mais necessária\, que irritante.

Depois de algumas longas voltas em formato espiral de dava nas escadas para o porão, o homem ficou surpreso com as marcas que se encontravam no chão e nas paredes, não entendia nada, mas pela precisão que aquilo foi feito. Ele teve certeza naquele momento que ela já estava esperando por ele. No centro do porão se encontrava um pentagrama cravado no cimento como um fóssil no chão.

- Deve ser terrível viver toda uma vida previsível - O homem divagou em tom alto já que a mulher soube que ele iria para lá.

- Estou acostumada - Foi aquela vida que se encaixou para a senhora então por que correr dela.

- O contrato que ele vai te oferecer já deve estar pronto\, você só vai tomar a decisão se vai aceitar ou não\, antes de tudo procure saber pelo que está trocando\, coisa que duvido muito até porque quem vem de tão longe para se negar o contrato né\, mas mesmo assim use de sabedoria! - A mulher explicou com um sorriso sínico no rosto recitando algumas palavras em latim enquanto se prostra de joelhos.

- “Azaz'el\, invocamus te\, hunc tamquam sanguinem suscipiens invitatio et optatum contractum efficis”

(Azaz'el te invocamos receba esse sangue como chamado e faça ser realizado o contrato desejado) - Depois dito estas palavras a mulher fez um corte em sua mão e a direcionou as marcas que estavam no chão seu sangue escorria de forma descontrolada como se as marcas no chão estivesse sugando com fome, até que completasse todo o pentagrama assim completando o feitiço.

Do chão emanava uma forte luz em tons avermelhados e laranja, labaredas indolores saíram junto, e de lá saiu um demônio que humanos sem conhecimento adequado julgariam como um ser celeste, a primeira parte vista foram suas asas que pareciam asas de pássaro quando está para alçar voo de cor branca e nas bordas das penas um tom meio que acastanhado acreditando se, que tivessem sido queimadas, seus cabelos eram de cor preta e tão longos que lhe cobria a face vinham abaixo de seus ombros, era possível ver apenas alguns relances de sua boca essa que tinha uma cicatriz que vinha abaixo do seu nariz passava pelo lábio superior o inferior e chegando no seu queixo do lado esquerdo, seu corpo era coberto por uma mistura de armadura de platina é alguns farrapos de pano da cor vermelha e preta, a sua cintura carregava uma katana de dois metros aproximadamente de comprimento suas mãos portava um par de chifre não identificado.

- Me chamo “Azaz'el”\, mas por uma facilidade de pronúncia pode me chamar de Azazel. Por que me acordas filho de cainitas? Perguntou com um tom cálido e manso.

- É conveniente a morte de meus inimigos jurados e preciso da sua força para cumprir o meu desejo\, já adianto que não importa o preço - A mulher iria alertar algo\, mas\, foi calada imediatamente pelo demônio que não deixou ela proferir nada\, tirou-lhe a voz momentaneamente.

- Assim seja o que tu desejas - Azazel firmou o contrato\, cortando a palma da mão como se não fosse nada e e puxou com certa brutalidade até mesmo para o homem e a cortou do mesmo modo e as uniu como contrato de sangue de um jeito moderno por assim dizer\, depois de firmado\, sumiu da mesma forma que apareceu.

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Comments

Arivonete Estevam

Arivonete Estevam

A história se mostra promissora. Quero muito mais

2024-02-17

2

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