Capitulo 08 - Até as Pessoas Próximas são Desconhecidas

CAIO

(...)

Soren decidiu sair aquela manhã também para ver como estavam as coisas no celeiro, já que deixou a garota desacordada e seu filho inconsequente tomando conta. Chamou seu primogênito para que lhe acompanhasse. Já que a mulher ainda não tinha se recuperado, poderia dar procedência do que começou no dia anterior.

- Onde ela está? Deveria estar aqui\, onde está seu irmão Castor? - Soren se encontrava no celeiro onde deixou os dois e mandou que ficassem\, mas ao que parecia seu filho já está engrossando o lombo e não obedecia mais as suas ordens.

- Eu não sei meu pai\, não o vi desde ontem já que sair com o senhor - Castor falou já preocupado com a reação de seu pai\, visto que Polux não estaria lá a raiva de seu pai seria despejada nele.

- Aquele estrupício está querendo se virar contra mim\, farei ele lembrar o por que deve obediência - Soren se encontrava agitado com os nervos à flor da pele o que estava sendo costumeiro aquela semana\, pegou um pé de cabra de dentro de um dos armários.

- O que você vai fazer pai? - Castor perguntou já assustado\, era a primeira vez que seu pai demonstrava esse lado na sua frente e para com o irmão.

- Mostrar para aquele merdinha quem é que manda\, e você vai vir comigo ou vai seguir o mesmo caminho que seu irmão Castor? - Soren virou para o garoto com o pé de cabra na mão com uma expressão que Castor não conseguia diferenciar entre fúria e repulsa aparente.

- Abra caminho meu pai vou estar logo atrás - Castor não sabia de onde tinha tirado tanta coragem mas estava claro que só falou\, para que aquela raiva não fosse redirecionada. Na mesma hora seu celular recebeu uma nova notificação.

- Isso não é hora para brincar Castor - Seu pai sem saber do que a tecnologia era capaz soltou essa sem raciocinar direito.

- Pai acho que Selena está no parque - Castor viu que poderia tirar seu irmão da mira de seu pai desta vez e Polux poderia ficar lhe devendo uma. Olhou as notificações e achou sua irmãzinha nas redes da amiga\, visto que as duas tinham tirado algumas fotos mas Selena não sabia que Ariele iria postar.

- Ela está sozinha? - Soren perguntou pensativo\, com um olhar vago.

- Não está com aquela menina ruiva que anda com ela pra cima e pra baixo - Castor prontamente respondeu.

- Então é provável que aquela cadelinha esteja se abrigando lá\, bom\, já temos o que fazer esta noite - Soren saiu com uma intenção de matar do celeiro com Castor logo atrás impassível. O que não batia certo era o tempo que ela levou para se recuperar e já estava bem tão cedo aparente.

Soren não estava mais preocupado com nada ele já iria com a intenção de cometer um homicidio, não tinha mais nada a perder assim ele pensava, a primeira coisa que estava pensando em fazer era ficar de tocaia até o momento em que as duas fossem aparecer, seu filho por outro lado estava cismado com as decisões abruptas de seu pai, nunca tinha levantado a voz pro pai, não foi a primeira vez que Polux rebateu alguma coisa pro pai mas sempre fez isso de forma calma e sempre encarava pelas beiradas nunca encarou batendo de frente e Castor tinha plena certeza que não conseguia fazer o mesmo que o seu irmão.

(...)

Selena e Ariele estavam no parque no centro da cidade passando o tempo até que desse a hora para que as duas voltassem para casa. Ariele estava sentada nos bancos que tinha no parque mexendo em seu celular dizendo ela que estava organizando algo em sua galeria enquanto que Selena estava mais agitada que nunca brincando com as crianças tinham em torno de seus seis e sete anos, que estavam soltas de pega-pega sentia que tinha muita energia para gastar. De vez em quando Ariele tirava as vistas do celular para prestar atenção na brincadeira e via que Selena toda hora olhava para o céu, como se estivesse procurando algo, Ariele percebeu isso, já vinha acontecendo situações parecidas Selena do nada no meio de suas conversas em ambiente abertos ficava olhando para o céu e a chamou.

- Está procurando algo Sel? - Ariele perguntou enquanto encarava Selena.

- Só a lua\, está lindo hoje né! - Selena respondeu ofegante por estar correndo com as crianças\, parando ao lado de Ariele que estava sentada em um dos bancos.

- Sim\, está linda\, mas\, eu prefiro as estrelas - Ariele deu uma breve vagada em sua mente enquanto olhava para o céu.

- Porque? - Selena perguntou curiosa mesmo que se conhecessem a bastante tempo\, sempre tinham novidades vindo das duas partes.

- Vamos supor que as estrelas caiam do céu\, já que tem tantas\, que cada um poderia ter uma. Enquanto que a lua em seu estado único é grande e provavelmente apenas uma pessoa muito rica a comportaria para si apenas. Então prefiro as estrelas\, até porque elas têm seu brilho único mesmo sendo centenas de milhares - Ariele respondeu explicativa ao seu modo de acordo com o que passava na sua mente.

- Você estava longe - Selena deu uma gargalhada gostosa imaginando como seria o que Ariele falou.

- E nem precisei sair desse banco - Ariele acompanhou a risada da amiga.

- Mas\, se vamos levar por este ponto eu prefiro que fiquemos com as pétalas de flores\, já que temos tantas.

- Mas as pétalas de flores não brilham como as estrelas.

- Não\, não brilha\, então olhe por outra perspectiva.

- Que seria?

- Quando olhares para o céu\, lembra-te que as estrelas existem para dar brilho às pétalas que caem… .

- Está ai! Uma boa perspectiva e bem estilo filosófica -

- Muito boa\, foi do último livro que lê -

- Está ficando muito frio é melhor irmos andando - Selena se despediu de seus novos amigos e saiu ladeado com Ariele.

- Tem certeza que não tem problema eu ficar na sua casa? - Selena perguntou receosa já que a casa de Ariele era bem mais apertada que a dela já que sua avó gostava de guardar muitas coisas e não tinha um depósito próprio.

- Absoluta! Fora que quando você está por lá eu recebo muita ajuda - Ariele queria era mão de obra ela já tinha se decidido que ia dar fim em muita coisa que tinha guardado em casa sem necessidade.

- Entendo\, você gosta de mim na sua casa pra me usar como empregada - Selena olhou de canto de olho para a amiga.

- Olha! Não vou mentir pra você\, sim - Ariele confirmou e as duas saíram caminhando e sorridente com as conversas e as brincadeiras entre si.

(...)

Luci estava assentado na sala de reuniões onde era debatido determinados assuntos de extrema importância, e com ele mesmo estava pensando em tudo que estava se passando vulgo a guerra iminente e no seu melhor amigo e mais fiel companheiro, que podia ter deixado pra ele riquezas, poder um exército que poderia vim a calhar agora mas não ele tinha deixado um bebê aos seus cuidados. Bebê esse que ele tinha escondido a sete chaves, caso contrário teriam caçado e matado antes de sair das fraldas.

- Você tinha que morrer meu amigo? - Luci falou em voz alta\, o que era frequente quando estava sozinho debatia consigo mesmo\, quem visse de fora dizia que era louco.

- Está falando sozinho Luci\, as coisas estão tão difíceis que está pedindo ajuda do além - Um garoto com a aparência mais jovem apareceu entrando na sala com um sorriso de orelha a orelha\, mesmo não tendo uma certa intimidade com Luci\, estava se acostumando já que falava assim com todo mundo.

- Se me respondessem eu não estaria falando sozinho Caio - Luci respondeu dando um sorriso divertido pro garoto\, que automaticamente se sentiu acolhido\, e terminou de entrar na sala.

- Ainda seria algo estranho - Caio afirmou - Luci os anciões estão tomando decisões sem sua autorização - Caio não era fofoqueiro só achava aquilo que estavam fazendo muito errado e não conseguia mentir.

- Eu sei - Luci respondeu com uma das mãos apoiadas no queixo olhando para Caio.

- E o que você vai fazer? - Caio perguntou se aproximando e sentando perto de Luci na poltrona que estava à frente - Estão tramando pelas suas costas\, você sabe e não vai fazer nada.

- Nada\, não há nada que eu possa fazer - Luci respirou fundo e continuou - Tudo que pude fazer já fiz Caio\, agora só posso aguardar e esperar o que vai se suceder daqui para frente.

- Como assim você é o Alfa o líder e está me dizendo que não vai fazer nada.

- Não é que eu não queira\, eu apenas não posso fazer\, está fora da minha alçada\, a única coisa que poderia fazer era pedir ajuda aos nossos aliados mais próximos\, mesmo assim acredito fervorosamente que nós viraram as costas já que faço contanto há duas semanas e nada de me responderem\, sinto dizer que tudo isso já não esta mais nas minha mãos - Luci já tinha se conformando com toda aquela situação e não cabia mais a ele.

- Luci.. - Caio já se encontrava decepcionado com as palavras de Luci\, era o homem que ele admirava e se espelhava em ser. Se encontrava neste estado de desistência deplorável.

- A única ajuda que posso fornecer ainda é permanecer neste posto de liderança e segurar as pontas sem deixar que tentem tomar o meu lugar\, pelo menos os que querem apenas benefício próprio.

- Tem algo que você queira contar Luci? - Caio já desconfiava que deveria ter algo a mais ali\, Tinha muito tempo que conhecia Luci ou ele escondia algo para proteção do mesmo ou para não causar arrependimentos mais tarde.

- Agora não\, Caio.

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