6° Dia

Fomos acordados pelo barulho do cachorro latindo. Quando nos demos conta, também ouvimos o rangido do portão. Ao espiar de longe, avistamos um grupo assustador de zumbis tentando entrar pelo portão, como o portão é de metal fazia um barulho ainda mais ensurdecedor. Havia tantos zumbis que o portão parecia prestes a ceder sob a pressão. A situação era caótica, e a incerteza pairava no ar.

Ficamos sem saber o que fazer.

— E agora? Se a gente abrir o portão para sair eles entram- John

— Mais é claro né seu idiota, e outra, é o seu cachorro que tá fazendo barulho, vamos jogar ele lá na rua- Mike

— Vamos, vamo- Finn

— Não!!!- John

— Ou o cachorro, ou a gente, até parece que eu vou morrer por causa de cachorro

Agarramos o cachorro e o lançamos do andar superior. Os zumbis abandonaram o portão, perseguindo freneticamente o animal que escapou ileso por um verdadeiro milagre. No entanto, movido pela inconveniência, John abriu o portão e foi atrás do cachorro.

Não podíamos permitir que ele morresse, então fui em sua busca, acompanhada por Finn e Mike. Ele corria velozmente, sendo difícil alcançá-lo. Peguei uma pedra do chão e acertei sua cabeça, torcendo para que não tivesse sido fatal. Ele caiu no chão, e os meninos o arrastavam enquanto eu lidava com alguns zumbis, criando um caminho seguro para o resgate.

Para a nossa felicidade os zumbis que estavam indo atrás do cachorro começaram a vir atrás de nós, e eram MUITOS.

Sem muitas opções, nos trancamos na garagem de uma oficina mecânica. Mesmo tentando fechar a porta de enrolar com toda a nossa força, os zumbis estavam tentando passar por baixo, e não conseguíamos fechar completamente. Foi quando me vi forçada a fazer uma das coisas mais nojentas de toda a minha vida. Tive que cortar braços, pescoços, mãos, mas a coragem de cortar uma cabeça ainda me faltava. A situação era extrema, e as escolhas tornavam-se cada vez mais difíceis.

— Noah corta logo, tá chegando mais, a gente tem que fechar isso agora!- Finn

- Não dá pra vocês...

- Não! vai logo!!!

Fechei meus olhos e com meu facão cortei a cabeça do zumbi fora. Senti meu rosto encher de sangue. Os meninos conseguiram fechar. Quando limpei meus olhos e os abri, vi a cabeça do zumbi toda estraçalhada, estourada e a maior sujeira de resto de cérebro.Não aguentei, virei o rosto e vomitei. Mike me ajudou segurando meu cabelo

— Poxa Noah você vai ter que aprender a ter estômago.- Mike

— É- disse me limpando.

É por isso que eu corto o pescoço dos zumbis e não a cabeça.

— Parece que vamos ficar aqui um bom tempo... Esses zumbis não vão sair daqui tão cedo.

Estava o maior barulho dos zumbis batendo na garagem como é que pode o John tá desmaiado ainda? Será que eu matei ele?

Cheguei perto dele e encostei nele para ver se ele tava respirando.

— BUUU!!!

Como um reflexo foi automático o tapa que eu dei na cara dele.

— Você é louco? Você tava acordado esse tempo todo?

Ele cai na gargalhada, vê se pode.

— Não, você não fez isso!- Diz Finn correndo para dar uma surra no John

— Foi mal- disse correndo do Finn

— Não acredito que esse comédia fez isso- Mike

— Corre não agora vem aqui seu vagabundo- Finn

— Chega!!!!!!!

Todos param.

— Se vocês não calarem a boca eles não vão sair daqui nunca! Bora calar a boca? O que vocês acham?

Se passaram algumas horas e parecia seguro sairmos. Levantamos a porta de enrolar bem devagarzinho e bem pouquinho para passarmos por baixo.

No momento em que me arrastava por baixo da porta de enrolar, buscando desesperadamente escapar da oficina, o ambiente mergulhou numa tensão palpável. Eu era a primeira a passar, mas, num instante de horror, um zumbi surgiu do nada, bloqueando o meu caminho

- Aaaaaaaaa!!!!!!!!- Gritei cortando o pescoço do zumbi.

Só tinha ele. Espero que me grito na tenha atraído mais. Os outros foram saindo aos poucos.

- Achei que você não tinha medo de zumbi- John

- Eu levei um susto!!!

- Vamos logo que eu tô com fome- Mike

Ao retornarmos para casa, um silêncio tenso pairava entre nós, todos alertas. Contudo, por alguma razão, parece que só atraio pessoas peculiarmente inconvenientes. O outro sujeito, que acabei de perceber ser meio idiota, começou a cantar. Perguntei a mim mesma se ele tinha decidido se entregar à morte, enquanto sua "música" desprovida de sentido invadia o ambiente.

— Da pra calar a boca finn?

— Não, não da não- e da um sorrisinho pra mim

Ele com certeza tá tirando uma com a minha cara.

— Mano é sério, agora não é hora- John

— Que isso, a rua tá vazia.

Pareceu até combinado, mais apareceu um zumbi dentro do carro onde Finn estava passando

— Que susto!!!— Finn

Devia ter pegado ele.

— Aí ó, bem feito foi querer zoar- John

Chegando e casa...

— E aí novidades?

— A água acabou— Luke

Ótimo, era só o que faltava

1 hora depois:

— Posso entrar?- Courtney

— Claro

— Desculpa pelo meu irmão

— Imagina, já estou acostumando....Até que estou me divertindo

— Que bom, mas mesmo assim, se quiser dar uns puxão de orelha nele pode dar, aliás, não é pra ficar brincando em pleno Apocalipse.— Courtney

- Oxi não precisa nem pedir... mas e os outros são mais de boa?

— Então, Mike conheci faz pouco tempo, as vezes ele fala umas coisas meio inconvenientes, Luke, também conheci durante o Apocalipse, mas até agora ele parece ser o mais normal, e Finn tem uns picos de energia, sempre cantando, dançado, zoando... Olha, na escola os professores sofriam com ele porque pensa num menino que não para quieto, vivia cabulando aula e não sentava o rabo na cadeira.- Courtney

—Ah vocês estudaram juntos?

— Sim, mais eu o conheço desde pequeno, eu e meu irmão sempre conhecemos ele.- Courtney

— Tendi, mais me conta aí, onde vocês estudavam?

— A gente estudava naquele colégio que é perto daquela loja famosa de coxinha.

— Eu sei qual é, eu estudava numa escola perto da sua também, tava no 1 ano

— Que legal, temos todos a mesma idade exceto Luke que tem 24- Courtney

— Sério? Mais bem que parece mesmo é o mas maduro e sabe dirigir, bem que eu desconfiei que ele era de maior.

— Meninas, rápido descem aqui!- John

Era uma notícia urgente que estava a passar na televisão, a única coisa que passou na TV desde o começo de tudo isso

𝙲𝚊𝚛𝚘𝚜 𝚌𝚘𝚖𝚙𝚊𝚝𝚛𝚒𝚘𝚝𝚊𝚜, 𝚗𝚎𝚜𝚝𝚎 𝚜𝚎𝚡𝚝𝚘 𝚍𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝙰𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎, 𝚜𝚎𝚒 𝚚𝚞𝚎 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘𝚜 𝚍𝚎 𝚟𝚘𝚌ê𝚜 𝚎𝚜𝚝ã𝚘 𝚜𝚎𝚍𝚎𝚗𝚝𝚘𝚜 𝚙𝚘𝚛 𝚒𝚗𝚏𝚘𝚛𝚖𝚊çõ𝚎𝚜, 𝚎 é 𝚌𝚘𝚖 𝚙𝚎𝚜𝚊𝚛 𝚚𝚞𝚎 𝚗𝚘𝚜 𝚛𝚎𝚞𝚗𝚒𝚖𝚘𝚜 𝚜𝚘𝚋 𝚌𝚒𝚛𝚌𝚞𝚗𝚜𝚝â𝚗𝚌𝚒𝚊𝚜 𝚝ã𝚘 𝚜𝚘𝚖𝚋𝚛𝚒𝚊𝚜.

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- 𝚂𝚊𝚗𝚐𝚛𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 𝚗𝚊𝚜𝚊𝚕, 𝚚𝚞𝚎 𝚙𝚘𝚍𝚎 𝚘𝚌𝚘𝚛𝚛𝚎𝚛 𝚜𝚎𝚖 𝚖𝚘𝚝𝚒𝚟𝚘𝚜 𝚊𝚙𝚊𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎

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𝚁𝚎𝚜𝚜𝚊𝚕𝚝𝚘 𝚊 𝚒𝚖𝚙𝚘𝚛𝚝â𝚗𝚌𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝚖𝚊𝚗𝚝𝚎𝚛 𝚍𝚒𝚜𝚝â𝚗𝚌𝚒𝚊 𝚍𝚘𝚜 𝚒𝚗𝚏𝚎𝚌𝚝𝚊𝚍𝚘𝚜, 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘 𝚎𝚖 𝚜𝚒𝚝𝚞𝚊çõ𝚎𝚜 𝚊𝚙𝚊𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚒𝚗𝚘𝚏𝚎𝚗𝚜𝚒𝚟𝚊𝚜. 𝙰𝚕é𝚖 𝚍𝚒𝚜𝚜𝚘, 𝚒𝚗𝚜𝚝𝚘 𝚊 𝚝𝚘𝚍𝚘𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎 𝚛𝚎𝚏𝚞𝚐𝚒𝚎𝚖 𝚎𝚖 𝚕𝚘𝚌𝚊𝚒𝚜 𝚜𝚎𝚐𝚞𝚛𝚘𝚜.

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𝚀𝚞𝚎 𝙳𝚎𝚞𝚜 𝚊𝚋𝚎𝚗ç𝚘𝚎 𝚎 𝚘𝚜 𝚙𝚛𝚘𝚝𝚎𝚓𝚊

— Pois é gente, o negócio é serio- Courtney

Sem comentários, jantamos e fomos dormir.

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