Capítulo 7

Senti uma mão de homem gelada pegando no meu braço forte me apertando, virei no susto e não pude acreditar no que eu estava vendo, era o Thiago, ele me falou em um tom a.g.r.e.s.s.i.v.o mais não gritou, só foi contido pra ninguém ouvir

- Não faz nada, fica quieta . Se você gritar ou tentar chamar atenção, eu acabo com você aqui .

Sem reação balancei a cabeça que sim, ele falou

- Me dá um abraço, tem gente olhando!

Ele me abraçou, respondi paralisada m.o.r.r.e.n.d.o de medo

- O que você quer? O que está acontecendo?

Ele respondeu parado muito perto de mim

- Me dá o seu celular, anda logo.

Peguei a bolsa tremendo muito, ele tomou a bolsa da minha mão e a chave do carro, me mandou entrar atrás, comecei chorar, sentei no meio das cadeirinhas, ele assumiu o volante, foi saindo com o carro e logo jogou meu celular pela janela, a Liz estava começando querer chorar, estranhando tudo assustada, prendi ela e ele me olhando pelo espelho retrovisor disse

- Você não vai conseguir ir a lugar nenhum com eles, se você tentar fazer qualquer coisa, vai se arrepender Angélica.

Continuei chorando nervosa sem entender nada, perguntei porque ele estava fazendo aquilo, ele sorriu e respondeu

- Cala a boca sua filha da p.u.t.a. não quero ouvir sua voz . Faz ela parar de chorar ou eu faço!

Comecei tentar acalmar a Liz e me controlar, ele entrou na rodovia, estava correndo bastante, logo saímos da minha cidade, passamos por outra cidade vizinha, ele entrou em uma estrada de terra e me perguntou

- Você tá com documentos aí?

Respondi que sim sem entender, ele falou

- Certidão de nascimento da menina?

Falei que sim, dos dois e completei

- Porque você tá fazendo isso? O que você quer Thiago? É dinheiro? Posso conseguir . Só não m.a.c.h.u.c.a os meus filhos pelo amor de Deus.

Ele estacionou no meio do nada, abriu as portas, mexeu no porta luvas como se estivesse procurando algo, ele desceu, ficou parado ao lado de fora do carro me olhando todo o tempo sério frio, chegou um carro atrás, eu pude ouvir, mais não olhei pra trás com medo, ouvi que alguém desceu e se aproximou, o Thiago falou

- E ae cara te falei que ia ser moleza, chega ai, olha só!

Um homem respondeu

- Tudo certo então ?

O Thiago falou

- Tudo certo!

Eu achei que a voz era conhecida, mais eu estava tão m.a.u que não consegui pensar em nada na hora, o homem se aproximou e pude ver quem era, o meu choque foi maior ainda, achei que ia entrar em crise ali mesmo e m.o.r.r.e.r com um infarto um AVC algo assim, era simplesmente o Henrique, eu olhei pra ele surpresa e assustada, na hora a ficha caiu e eu soube que ele não estava lá pra me ajudar, ele me disse

- Quanto tempo não é? Achou que ia me enganar pra sempre Naja?

Falei

- O que tá acontecendo?

Ele respondeu se aproximando da Liz olhando pegando na mãozinha dela

- Vim buscar o que é meu, você sabe que podia ter evitado tudo isso, não sabe?

Já respondi alterada que não tinha nada ali pra ele, que ele iria se arrepender para o resto da vida dele, se chegasse perto dela, as duas crianças começaram chorar com os gritos, ele pegou ela no colo, tentei impedir mais não pude, então falei que iria deixar ele participar da vida dela, se era esse o interesse dele, ele respondeu que era tarde demais pra eu bancar a boa samaritana, sai do carro desesperada, o Thiago me segurou a força, eu g.r.i.t.ava chorava, pedindo pro Henrique devolver ela pra mim, ele foi para o carro, tentei me soltar do Thiago, ele me prendeu contra o meu carro, segurou meu rosto e disse me a.m.e.a.ç.a.n.d.o

- Você tem duas escolhas, ou colabora com a gente e deixa ela ir com o pai, ou eu acabo com você aqui e deixo o menino aqui pra m.o.r.r.e.r sozinho e aí qual vai ser?

Eu pedia pra Deus me ajudar, comecei orar, chorando muito, a ficha não estava caindo, o Henrique voltou com uns papéis e uma caneta e me mandou assinar, eu m.a.u pude ler pensei em rasgar, ele logo me deu uma advertência, que se eu tentasse falsificar minha assinatura ou estragar os papéis, ele iria saber e eu nunca mais ia ver ela de qualquer forma, assinei aos prantos e implorei pra ele não fazer aquilo, falei