Capítulo 10

Na mesa dele tem um notebook, alguns pastas e uma agenda tudo extremamente organizado, eu coloco o meu pendrive para copiar os arquivos, enquanto vasculho as gavetas, as pastas e a agenda, mas não encontro nada demais, até chegar na primeira gaveta de cima, que está trancado com senha, eu pego o aparelho e coloco para codificar, em poucos minutos está aberta na gaveta eu encontro uma arma e um caderno parecido com o que encontrei na casa Yolanda.

Eu abro o caderno, mas as anotações são diferentes  os nomes são chineses, alguns americanos, europeus… Seria sobre a Tríade? Eu coloco dentro da minha roupa. O pen drive finaliza a transferência de dados e eu o guardo no meu bolso, agora eu só tenho que esperar.

Algumas horas depois…

Herrera entra na sala acompanhado da moça que me recebeu anteriormente, ele sério mas sua expressão é tranquila, que muda no instante em que ele me encontra sentada em sua cadeira e com os pés na mesa, seu rosto perde a expressão.

– Srta. Barletta. – Ele fala e eu noto o nervosismo em sua voz, até que foi fácil desestabilizá-lo.

– Buongiorno, Herrera. – Eu respondo sorrindo cinicamente.

– A que devo a honra? – Ele pergunta e a secretária intercala o olhar entre nós sem entender a situação. Eu a encaro. – Pode sair Isis. – Ele fala sério e a secretária sai apressada sem dizer uma palavra sequer.

Ele vem até a mesa me encarando por estar em seu lugar, mas ele não me diz para sair, ele não tem bolas para isso. Ele se senta na cadeira em frente a mesa ainda me encarando, ele deve imaginar o porque eu estou aqui, mas ainda não diz nada, apenas ficamos no jogo de encarar, mas eu me enjoo rápido.

– Então você se juntou com a sua nora para vender as nossas drogas mais baratas para os associados da Tríade.  – Ele fica branco como um fantasma, e eu continuo sorrindo, foi um chute foi bem certeiro.

– Eu não sei o que a Yolanda te disse mas eu não tenho nada haver com o que aquela mulher estava fazendo. – E ele mesmo se entrega, mas ainda continua na defensiva, esperando qual vai ser meu próximo passo.

– Então, ela tinha algo a me dizer. – Eu apoio os cotovelos na mesa unindo minhas mãos e apoiei meu queixo nelas. – Interessante. 

– Imagino que ela tenha dito algumas besteiras tentando colocar a culpa em mim. – Ele fala mas toda sua confiança inicial está diluindo. – Eu disse ao meu filho que aquela mulher destruiria nossas vidas, mas ele nunca me escutou.

Ele fala fingindo um pesar e eu sorrio isso só pode ser falsidade, ele se levanta se aproximando da mesa pega o telefone que está bem na minha frente, me encarando ele disca para chamar a secretária, ele está aparentando calma, mas suas mãos estão tremendo, ele está mais nervoso do que quer demonstrar, o que dá na mesma para mim, quanto mais nervoso e irritado melhor, as pessoas se desestabilizam e tendem a falar mais quando estão nervosas ou sob situações de estresse, eu corto a ligação antes mesmo que comece a chamar e pego o telefone da mão dele colocando no gancho.

– Sabe que a última coisa que me interessa são seus problemas familiares. – Eu suspiro. – Ainda mais os problemas da sua família que está envolvida com as pessoas que estão contra nós. – Eu falo o encarando fixamente. – Sente-se! – Ele obedece o que eu digo.

Eu fico ainda mais desconfiada, ele não fala nada útil, mas ainda assim ele não fala nada com nada, está me enrolando? Ganhando tempo? Eu preciso acabar com isso logo, antes que eu entre em perigo. Me levanto, dou a volta na mesa e me sento na frente dele colocando meu pé com o coturno preto entre as pernas dele na cadeira.

– Eu só queria que… – Ele começa a falar mas eu coloco meu dedo indicador na boca dele para que ele fique em silêncio, vamos terminar com isso rápido.

– Não quero suas desculpas, Sr. Herrera. – Eu tiro meu dedo, o encarando fixamente. – Me escuta bem, eu sei que estão vendendo drogas para associados de menor porte. – Eu semicerrei meus olhos o encarando ainda. – Eles não dariam muitos lucros, porém pelo tempo que estão negociando e pela quantidade de associados, pode ter aumentado as margens, mas você sabia que iríamos descobrir mais cedo ou mais tarde. – Eu chego meu pé mais próximo as bolas dele. – Sabe mais uma coisa que eu também sei, que aquela linda e gostosa secretária que eu encontrei mais cedo, que provavelmente tem uns vinte anos, é a sua mais nova amante, a que você arrumou quando se cansou de comer a sua nora. – Dessa vez ele me olha surpreso, parece que o Ian fez bem a lição de casa, eu sorrio. – E que a sua linda esposa que te acompanha a mais de trinta anos nesse ramo de merda, além de ser extremamente ciumenta, controladora e louca para te ferrar, por ter um affair com o personal dela, não sabe dos seus casos e nem das suas noitadas em boates de luxos. – Eu coloco a ponta da bota sobre suas partes íntimas pressionando a ponto dele sentir dor.

– Srta… Eu falo sério, eu realmente… – Eu pressiono ainda mais e ele geme de dor. Filho da pu… 

– Nem pense em mentir agora, olhe para o meu pé no chão. – Eu bato a bota no chão e sai uma pequena faca da ponta do coturno. – Tem a mesma coisa na outra bota, então é melhor você começar a falar a verdade se ainda quiser usar essa coisa murcha e pequena que você chama de pau. – Ele engole a seco, eu vejo seu pomo de adão se mover. 

– Eu juro que não estou mentindo. – Ele fala com rápido demais devido ao nervosismo, eu achei que ele falaria algo útil, então eu suspiro novamente.

– Você deve realmente achar que eu estou brincando quando eu digo que vou cortar suas bolas no meio. – Eu afasto um pouco o pé e bato a bota na cadeira, a faca sai e corta a calça, a cueca e deve ter pego nas bolas, pois fica um pouco de sangue na ponta da faca. – Pretende continuar mentindo?

– E… E… Eu… na… não… se…sei… – Ele começa a gaguejar e isso me irrita.

Com raiva, eu me levanto e vou para trás dele, eu pego em sua gravata até que ela esteja toda para trás e a puxando eu começo a enforcá-lo.

– Vamos começar denovo. – Eu aperto bem sobre seu pomo de adão, até que ele começa a engasgar. – A quanto tempo estão trabalhando com a Tríade? – Eu aperto ainda mais, até que seu rosto fica bem vermelho, então eu solto um pouco e ele começa a tossir, até que ele recupera o fôlego.

– Não trabalhamos com eles, mas com os associados menores da famiglia. – Ele fala e segura a gravata para que eu não o enforque novamente. – Nós percebemos uma maneira de aumentar nosso lucro através deles, já que eles pagam mais caro e ainda podemos ameaçá-los mais facilmente. 

– Esses associados são agentes duplos. – Eu concluo. 

Eu volto a me sentar na frente dele, enquanto penso um pouco sobre a situação, atual então me vem muita coisa à cabeça. Algo nessa história toda ainda não está encaixando para mim, parece que falta algo nesse quebra cabeça, parece tudo fácil demais, mas as coisas não devem ter sido simples assim, ainda mais com a tríade envolvida.

– Agora faz sentido. – Eu falo. – A Yolanda subiu rápido nesses últimos meses, helicópteros, carro novo, casa banhada a ouro, mas você continua na mesma merda e suas contas não tem movimentação. – Eu o encaro fixamente. – Eu poderia sugerir que você estaria guardando todo o dinheiro na sua casa, mas também não é isso. – Sorrio. – Porque não é você quem realmente está usando seu dinheiro aqui, enquanto a Yolanda era sua laranja, gastando e mostrando que ela quem estava no comando da operação, enquanto você estava passando seu lucro para tríade, fazendo com que eles triplicassem de tamanho em menos de um ano. – Eu não sei muito sobre a tríade, mas isso é o mais óbvio.

– Eu não sei do que está falando… – Ele se faz de sonso e eu o encaro com os olhos semicerrados.

– Seu filho não foi morto, seu filho é refém deles. – Ele me encara, mas não diz nada. Ele olha para a estante de livros que está atrás de mim. 

Se tivesse uma câmera atrás de mim esse tempo todo, ele já sabia que eu estava aqui, com isso ele entrou sabendo da minha presença, pelo tempo que eu estou aqui as pessoas por trás da câmera, já o teria avisado e ele não entraria desprevenido a menos que quisesse que eu soubesse o sobre isso ou que estivesse armando uma cilada para mim..

– Só me mata de uma vez. – Ele fala e isso confirma que a minha linha de raciocínio, eu provavelmente estou no caminho certo.

– A Yolanda entregou seu filho para eles? – Eu falo e ele me olha, seu olhar aumenta ainda mais as minhas suspeitas.

Eu cruzo meu braços para frente, eu preciso conversar direito com ele, já que ele entrou aqui com a intenção de me contar, pelo meu relógio eu mando uma mensagem para que o Ian rastreie a câmera e a desative. Todas as câmeras do prédio foram desativadas quando entramos, então essa não está no mesmo sistema ou ele não estaria tão temeroso. Como essas coisas não são rápidas, eu olho para o Herrera indicando que precisamos ganhar tempo. Ele entende rápido.

– Eu realmente não sei de nada… – Ele começa a falar e eu suspiro, vamos por esse caminho.

Oi meus amores, eu tirei esses dias de fim de ano para passar com a minha família, obrigado pela compreensão de todos. Agora estou voltando com o livro da Sophia e alguns Spin-off que eu falarei mais em breve.

E queria desejar a todos um feliz natal (atrasado) e um ano cheio de felicidade, amor, conquistas e tudo o que tiver de melhor.

Um beijo e boa leitura.

 

Estou no Instagram como @alehs_books. Instale o aplicativo para seguir lá eu aviso sobre quando o capítulo vai ser postado e também rola um spoiler às vezes.

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Comments

Soraya De Fátima Souza

Soraya De Fátima Souza

eta .ulher porreta

2024-08-04

0

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

A Sophia é top demais. Ela vai conseguir desvendar esse mistério.

2024-04-20

1

Andreia Cristina

Andreia Cristina

desejo pra vc também um ano novo cheio de bençãos conquistas saúde paz e muito amor cm muitas realizações 🙏❤️🙏

2024-01-02

1

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