Capítulo 5

Continuação do Capítulo Anterior…

Nós descemos com cautela, não sabemos o que nos aguarda depois que a porta se abrir e realmente não tem nada, nem câmeras, nem seguranças. 

Ao abrir a porta nos deparamos com uma  estrutura bem parecida com um cofre de banco gigante, separado por alas, onde eles guardam alguns quadros caros e raros que provavelmente são roubados, tem dinheiro e algumas barras de ouro. 

Quando eu percebo que não há riscos, nos separamos para cobrir uma maior área ver se encontramos algo que possa nos interessar, mas aparentemente é apenas um cofre.

Mas no fundo eu encontro um armário que está em um canto isolado, olhando de relance poderia dizer que está abandonado, mas está com marcas de mãos e sem pó nos puxadores, ou seja é usado com frequência, olhando seu interior aparentemente não tem nada demais além de várias caixas empilhadas, mas olhando um pouco melhor, eu percebo que uma das caixas está diferente e parece ter sido retirada de lá recentemente, quando eu abro encontro uma caixa menor fechada com o mesmo esquema da porta senha e reconhecimento facial, porque teria algo assim aqui.

– Harry me passa o dispositivo de senhas. – Eu falo no ponto e ele vem até onde eu estou e me entrega e coloco o aparelho na caixa que encontrei.

– Mano aqui tem obras desaparecidas a séculos, como eles conseguiram todas essas coisas. – O Harry falou olhando para a caixa com curiosidade.

– Roubando ou fazendo trocas. – O Sekani se pronuncia aproximando de onde nós estávamos. 

– Ainda que nossos associados tenham dinheiro, algumas dessas obras são difíceis de encontrar, poderiam ser trocadas por muita coisa, as mais valiosas provavelmente foram roubadas, elas não seriam trocadas por drogas. – Eu falo e a caixa finalmente abre.

Nós três olhamos para dentro da caixa tem apenas um caderno com a capa preta e o brasão da minha família na capa, o mesmo símbolo que meu pai e nós temos tatuado. 

Porque ela teria esse tipo de coisa aqui? Que caderno é esse? Fora que estava muito bem guardado para ser um caderno normal, eu abro e dou uma lida por cima, tem alguns nomes, telefones e valores. Eu fecho e guardo o caderno no bolso interno da minha jaqueta, se for o que eu estou pensando, quanto menos pessoas souberem sobre isso melhor. Nós andamos mais um pouco, e não encontramos mais nada de importante, com isso nós voltamos para o primeiro andar.

–Ela está chegando. – O Dimi avisa no ponto, e eu não via a hora de isso acontecer.

– Certo. – Eu falo no ponto.

Vamos em direção a sala, os meninos se posicionam e eu me sento no sofá onde vou esperar por ela.  Eu esperei por cerca de vinte minutos antes que a Yolanda realmente entrasse na casa, ela desceu no heliporto que tem na propriedade e vem com os próprios seguranç6as, ela entra na sala que é o primeiro ponto visto quando você abre a porta e está dando ordens para seus soldados. 

No primeiro movimento dos seguranças dela dentro da casa, o Harry e o Sekani os rendem e cortam seus pescoços matando os quatro e eu acendo as luzes.

– Boa noite Yolanda. – Eu falo com meu tom frio e cortante, a cara de surpresa dela não tem preço.

– So..Sophia… Que surpresa! – Ela entra e se aproxima de onde eu estou. – Se eu soubesse que você viria, eu teria preparado algo. – Ela diz ironicamente. 

– Com certeza teria. – Eu sorrio. – E nada me agradaria, então estou te fazendo um favor. – Ela sorri, mas o medo é nítido em suas feições.

– Tem algo que eu posso fazer por vocês? – Ela fala e percebe os seguranças se aproximando do sofá em que estou, isso faz com que ela fique mais confiante, porém mal sabe ela que os seguranças vivos são os nossos.

– Sente-se, eu tenho algumas perguntas para você. – Eu falo mas ela não se senta, ela se aproxima mais de onde estou e tira uma arma das costas e aponta para onde eu estou, me fazendo suspirar.

– Não temos nada para conversar. – Ela fala e eu sorrio, eu gostaria de brincar mais com ela.  

Eu me levanto, me aproximo ainda mais deixando quase nenhuma distância entre eu a arma, em seguida pego no cano da arma e coloco na minha cabeça, ela me encara surpresa.

– Então atira. – Eu falo com um sorriso de lado. – Se você tiver coragem. 

– Está duvidando de mim, confesso que você tem muita coragem. – Ela engatilha a arma mas não atira. – Eu já matei por menos. – Ela debocha e eu sorrio.

– É uma pena você  ser tão covarde, se você atirasse, eu te daria uma chance, mas não foi dessa vez. – Eu puxo a arma para baixo torcendo o pulso dela, e logo a arma está em minhas mãos.

Ela se assusta pelo movimento rápido e inesperado mas antes que ela tenha opção de reagir eu atiro no bico do sapato de salto dela, não acertou o pé, mas com o susto ela cai, isso foi tão fácil que perdeu a graça, eu a segurei pelos cabelos fazendo ela me encarar e atirei novamente acertando o piso ao lado de seu joelho esquerdo, rasgando a calça e a machucando no caminho.

– Você não pode hesitar, quando sua arma está engatilhada na cabeça de alguém, se vai matar, apenas faça! – E bato com a arma no rosto dela que imediatamente começa a sangrar. E ainda segurando ela pelos cabelos a arrastei até o sofá e fiz ela se sentar. – Agora vamos conversar.

– Eu não sei nada que possa ser importante para vocês. – Ela fala e eu atiro no bico do outro pé.

– Eu não estou aqui de brincadeira Yolanda. – Eu atiro no encosto do sofá e a bala passa de raspão no braço dela, rasgando a blusa e a machucando já que o sangue começa a jorrar.

– EU JURO POR DEUS QUE NÃO SEI NADA! – Ela fala totalmente em pânico e eu suspiro e atiro do outro lado que também começa a sangrar e claro ela começa a chorar.

– Eu não acredito em você. – Eu abro o tambor da arma, tem apenas uma bala e eu sorrio a encarando. – Mas vamos descobrir se você está falando a verdade. – Ela está sentada no sofá sangrando. – A chance de você viver a cada pergunta é de um em seis, como você mesmo viu só sobrou uma bala.  

– POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO COMIGO. – Ela implora e aquilo me enoja. Eu rodo o tambor e ela não tira os olhos da minha mão e da arma.

– Onde está o seu marido? – Eu pergunto e miro na cabeça dela.

– Morto. – Eu engatilhei e ela começa a chorar novamente. – O pai dele o matou. – Ela gagueja e eu aperto o gatilho. 

– Droga, mais uma pergunta. – Eu mirei novamente. – Quem está por trás do esquema de desvio de drogas? – Ela arregalou os olhos.

– Sou eu, foi ideia minha e do meu esposo, para ganhar mais dinheiro e sair da sombra do pai dele. – Ela fala soluçando entre lágrimas, e eu aperto o gatilho novamente.

–Você só tem mais três chances, então eu vou te perguntar novamente. – Eu engatilho e coloco a arma na cabeça dela novamente. – Quem está por trás do desvio de drogas?

– Eu… eu não sei eu juro, mas o pai do meu falecido marido sabe. – Eu atiro uma, engatilho e duas, engatilho e três. – A tríade, foi o que eu ouvi meu sogro falar na última reunião. – Eu engatilhei a arma pela última vez e ela se mijou toda eu atiro e começo a rir. Quando ela percebe que ainda está viva, ela me encara e eu deixo a bala cair da minha mão.

Eu retirei a última bala, antes de começar ela estava com tanto medo e distraída que mesmo olhando para a arma ela sequer percebeu. 

– Você… filha da puta. – Ela esbraveja.

– Para quem mijou na roupa, até que você criou coragem rápido. – Eu falo e coloco a arma na mesinha, em seguida eu pego minha adaga e coloco no pescoço dela. – É preciso coragem para sobreviver no nosso, eu te avisei. 

Eu passo a adaga pelo pescoço dela lentamente cortando profundamente pela força que eu estou aplicando, ela tenta segurar minha mão, porém mesmo que ela tente dificilmente ela conseguiria me parar. Se ela souber algo sobre a tríade vai ser ruim, eles são complicados de lidar.

Quando ela leva a mão ao próprio pescoço, é tarde demais, eu garanti o corte em suas cordas vocais, em algumas horas todo o sangue dela vai ter se esvaído do corpo.

– Vigiem até que ela morra e limpem essa bagunça. – Eu falo para os soldados à minha frente. – Vamos para o hotel. – eu falo no ponto.

Eu, Harry e Sekani vamos em direção ao carro, eu não queria ter que ficar aqui, mas se a tríade tiver envolvida, eu preciso cavar isso a fundo, eu vou ter que pegar a merda desse velho e fazer ele falar, ou todos nós estaremos correndo perigo.

Foto da Sophia como me pediram, a do Harry eu posto no próximo cap.

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