CAPÍTULO 10

Leonardo

Para variar já estava um saco meus amigos me atentando, até que mandei eles se fuderem. Posso mais nem levar uma pessoa para dormir em minha casa que eles já ficam pensando merda. Em falar nisso, preciso do número daquele lunaticozinho se caso acontecer alguma coisa. As roupas vou levar para ele no apartamento assim que acabar as aulas. Já deixei elas lavadas apenas secando na área.

É de admirar que ele seja a primeira pessoa na qual lavei as roupas a mão. Nem para os meus amigos eu já fiz isso alguma vez, eles não podem nem sonhar que lavei as roupas a mão de alguém.

Assim que o vi indo para a sala com os amigos, não exitei em acenar um cumprimento de longe com a mão. Ainda bens que não me ignorou, pelo contrário eu ficaria puto da vida e nunca mais iria achar eu fazendo isso.

O que esse cara fez comigo naquela noite para eu não conseguir parar de pensar nele?

Só então escuto Patrício gritar o meu nome, fazendo eu sair dos meus pensamentos.

— LEONARDO!!!

— O que é porra? Respondo estressado, não gosto que gritem meu nome perto de mim.

— Estava te chamando a horas, parece que você está até apaixonado por alguma garota para ficar tão perdido no meio do tempo assim, ne quem tanto pensava?

— Vá se foder, ninguém do seu interesse.

— Chupou essa Patrício? Não se deve mecher com quem está de mal humor pela manhã.

— Se foder também Benjamim, um dia eu ainda descubro quem é essa garota que está mechendo com a cabeça dele.

— Quer morrer Patrício? Terei o prazer de já te mandar direto ao túmulo sem pensar uma vez.

Digo dando uma olhar indicando pena de morte que sempre faz ele voltar atrás do que fala.

— Gente eu vou indo, o clima ficou meio tenso por aqui.

Só então ele sai da nossa presença indo para o curso dele. Segui com Benjamim para nossa querida sala, deitei minha cabeça na mesa e estava foda-se pro professor. Só queria tirar um cochilo antes de começar a aula.

O professor ao entrar na sala já foi logo dizendo o meu nome.

— Leonardo não é hora de dormir. Não sei o que você estava fazendo ontem a noite mas, é para prestar atenção na aula.

— Me dá um minuto professor, não vou atrapalhar.

— Vai sim, me incomodará dar aula e um dos meus alunos não estiver prestando atenção no que eu falar.

— Posso então sair um momento?

— Você quem sabe, não será eu o prejudicado se não pegar a explicação.

— Então pronto.

Saio da sala olhando meio torto para ele que deve pensar no quanto sou parecido com minha mãe. Em pensar nisso, o Nick é de qual área? Se for da medicina posso ter sorte se ele querer, me ajudando no repasse do que o professor disse. Já que nas três turmas é estudado a mesma coisa só que em horários diferentes.

Primeiro decidi ir no banheiro, lavar o rosto é a melhor forma de tentar acabar com o sono. Quando vou entrando, acabo encontrando o Nick que acaba assustando ao olhar e me ver derrepente na pia.

Ficamos nos olhos por um tempo até eu desviar o olhar ao sentir algo estranho. Por um instante senti vontade de te-lo nos meus braços e beija-lo também já que naquela noite eu não o beijei sequer uma vez. Então não sei qual deve ser o sabor dos seus lábios. Corro para a pia e jogo água no meu rosto pensando no quando o sono pode te fazer ter as ideias fora do normal.

Nick

Quando eu já estava quase acabando de lavar meu rosto, o metido aparece no banheiro e bateu o olhar em mim por um tempo. Comecei a ficar um pouco desconfortável pela forma que me olhava, parecia que eu era até um prato de carne se não fosse impressão minha.

Desviou o olhar e começou a jogar água no rosto sem parar, não entendi mas, se ele continuar assim vai ficar com o olho ardendo.

— Tá tudo bem?

Nem me aproximo já que no máximo ele poderia me empurrar a qualquer momento e me xingar.

— Ahw?

Disse enquanto tornava olhar para mim.

— É que você do nada começou a jogar água sem parar no rosto. Poderia acabar ficando com o olho ardendo.

— Isso? E porque tou morrendo de sono. Afinal você também tá né? Assim que cheguei estava aí lavando o rosto também.

— Você tá certo, não consegui dormir o restante das horas antes de amanhecer por completo o dia.

— Quer ir ao terraço? Podemos ficar lá um tempinho.

— Tem certeza que quer ir com alguém como eu? Você não tem que estar na aula assim como eu?

— Vou deixar bem claro uma coisa: Não sei o que pensa de mim ou o que já ouviu falar sobre minha pessoa mas, em primeiro lugar eu não te odeio e segundo, muitas coisas sobre mim não são verdades. Vou te dar duas escolhas, sim ou não? Não vou ficar desapontando em qual opção for de sua escolha.A coisa que eu odeio é obrigar as pessoas a fazer o que não quer, ainda mais por minha causa.

— Espera aí não precisa de tudo isso. Apenas fiquei surpreso com sua ideia, minha resposta é sim, vamos.

Algo me diz que eu devo conhecer melhor esse homem antes de ficar tirando ideias imaginárias minha nas quais o povo diz.

Fui com ele mantendo uma certa distância até que já estávamos quase chegando no terraço.

— Você está com medo de mim por acaso?

Leonardo diz se virando para mim logo atrás.

— Não por quê? Digo confuso.

— Então porque está a essa distância de mim como se eu fosse te morder?

— Ha isso? É porque fiquei sabendo que você não gosta que os homens fiquem muito perto de você, até seus amigos você mantém uma certa distância.

— Realmente quer me fazer rir não é? Quem diabos falou isso a você?

— Ouvi das pessoas, inclusive a Nina que ouviu do Benjamim.

— Eu mato aquele cara. É verdade que sim, com meus amigos é porque eles são peças furadas então não me dou ao luxo. Já você é diferente, não é qualquer um que deixo ficar próximo a mim.

— O que você acabou de dizer agora? Repete.

Só então percebi que ele ficou corado, e negou tornar me falar só mandando que eu ignorasse isso mandando eu fazer o que quisesse.

Isso é típico em relação ao estilo dele, não querer demonstrar suas emoções. Que fofo.

Mas ne que merda estou pensando? Ele é apenas o metido só isso, não muda nada.

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