CAPÍTULO 7

Leonardo

Finalmente fiquei sabendo o nome daquele cara quando ele me confirmou assim que perguntei. Nick é um nome até bacana e mais curtinho para escrever.

Enquanto o jogo começava não contive em ficar o olhando sem saber o que ele tinha com o cara do lado que falava algumas coisas em seu ouvido. De repente tive mais pensamentos com ele, eu só queria parar de pensar nesse cara porque não é possível que eu também possa pegar homens. Ao ler o desafio proposto, meu coração foi a mil com essa história de beijar logo ele e me fazer relembrar o erro que cometi.

Meu corpo apenas reagiu por si só com instinto de hétero só falando um bando de merda para ele na frente de todos, recusando o desafio sendo que outra parte me obrigava a aceitar.

Depois que percebi a merda que eu fiz igual ao Benjamim mais cedo, vi ele me olhar confuso com os olhos tristes de partir o coração de qualquer um.

Não era para as coisas ter se distorcido dessa forma, parece que eu fui o mais humilhador do que Benjamim.

Quando pensei em voltar atrás do que eu falei, revertendo na brincadeira que só foi uma zueira e puxa-lo pela cintura em cumprir o desafio, já era tarde. Para piorar a situação, Aline ainda disse " Boa, eu sabia que você não pegava homens, principalmente um otário daqueles ". Olhei com desprezo a ela e puxei o meu braço com força depois de ter dito " Não quero te ver nunca mais " Sai dali para ver se encontrava o Nick em todos os locais da mansão, mas não o encontrei. Só então vi os amigos dele vindo de lá de fora e a Nina com o Benjamim, me aproximei e perguntei se viram aonde o Nick foi.

— Cara você pegou bem pesado com ele, mas do que eu. Se algumas partes do que você falou era verdade na vida dele, o cara deve estar bem deprimido e humilhado agora. Disse Benjamim enquanto a Nina e os outros me olhavam com raiva.

— E cadê ele porra? Preciso vê-lo. Já digo irritado.

Uma das amigas dele meio alta se aproxima de mim e começa a falar da merda que eu fiz.

— Olha você pode ser os top 3 queridinho e bilionário que ninguém fica com ódio de você, mas direi que tu é um cuzão viu cara? Nunca esperei que meu amigo levaria uma humilhação dessa na frente de todos, justo por você que nem sabe se ele já dormiu ou não com alguém. Se um dia você passar por isso, sabe o que vou fazer? Rir da sua cara igual aqueles bando de masoquistas fizeram com o seu comentário que não precisava ser dito e apenas ter negado o maldito desafio sem ofender ninguém. E que porra de hétero você é, Matthew me contou que viu na boate você saindo para o motel justo com nosso melhor amigo chapado. Acho melhor você reparar logo o erro que fez antes que a gente conte para ele que foi você o cretino daquela noite.

Tudo o que ela disse entrou como uma facada no meu peito. Nada do que ela disse era mentira, o que tenho que fazer é encontrar ele agora e pedir perdão.

— Sim eu errei — Comecei a me confessar — Só disse aquilo porque minha mente obrigou a falar para então eu esquecer aquela noite que foi um erro e que sou apenas hétero. Estou vendo que foi o contrário, porque me senti mal quando ele ficou com aquele olhar de quem estava bem magoado.

Eles ainda continuavam a me olhar irritados.

— Começou a chover, será perigoso ele andar de moto sozinho nessa chuva. O que vamos fazer, estou preocupado com o que se passa na cabeça de Nick, principalmente que ele sofre de ansiedade.

Diz um dos amigos dele que parecia ser o mais velho do grupo.

— Eu vou atrás dele imediatamente, foi eu que causei tudo isso e é meu dever garantir o bem estar dele.

Depois que disse, já havia corrido para o carro mandando que o Benjamim falasse para os demais que eu já havia ido embora. O que resta agora é eu rezar para encontra-lo.

Nick

Por que tinha que acontecer aquilo comigo? Que merda eu fiz na vida passada para merecer isso?

Fico com a cabeça por cima dos joelhos enquanto as lágrimas continuam a descer. Como esperado, sem ninguém por perto assim como eu queria agora.

Doeu tanto a forma que ele me disse aquilo, mais do que quando eu me machucava quando caia na bicicleta indo para a casa da minha tia buscar pãezinhos que a vovó me mandava para a gente comer.

A chuva passou a cair mais forte, eu não me importava e nem sentia o tanto que ela estava fria. Depois de um tempo, pensei em ir para casa até que escuto um carro estacionar bem a frente, dou apenas uma olhada vendo que era um carro preto e em seguida torno a por minha cabeça acima dos joelhos. Só então sinto um pano sobre minha cabeça e escuto uma voz que parecia familiar.

— Se levanta dai, olha como você está encharcado cara.

Olhei e vi que era o Leonardo, fecho minha cara porque não queria vê-lo e o mando me deixar em paz, eu não queria ver ninguém principalmente ele que me humilhou.

— Não é hora para isso, primeiro vamos sair dessa chuva e então conversamos. Você vai ficar resfriado desse jeito.

— E você se importa? Foi a única coisa que eu disse até ele não responder nada e apenas me pegar nos braços a força.

— Me põe no chão, eu vou ficar aqui e tenho uma moto para ir embora. Me solta caralho.

— Cala a boca. Já que você não quer sair daí enquanto estou paciente, vou te tirar a força. Pode bater ne mim o quanto quiser mas, não vou te soltar até sair dessa chuva. Enquanto sua moto, mandarei o Miguel dar um jeito. Percebi algo em mim que acabou se mudando aos poucos agora que ele estava disposto a me ajudar, mas deve ser apenas impressão minha que ele esteja fazendo isso por boa vontade. Meus amigos devem ter ameaçado ele de morte ou contar algo íntimo dele. Como o metido era mais forte, apenas me debati enquanto me colocava no banco do passageiro e correu para se sentar do lado do motorista.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***