Capítulo 16

Pedro - Que?

JC

Falou se soltando de mim e me empurrando.

Pedro - Tá maluco, você não vai a lugar nenhum. Você é meu braço direito e esquerdo. Tu sabe que essa porra aqui não funciona sem você... Eu apenas fui sincero sobre esse lance que anda rolando aqui. E esse beijo me deixou confuso, mas não quero que vá.

JC - É o melhor, se você mesmo diz que estou me tornando um ponto fraco, então é melhor que eu esteja longe de você. Assim você pode comandar tudo aqui de boa, sem tá preocupado que algo ruim aconteça.

Pedro - Mas pra onde você iria? Sua vida é aqui. Você nasceu e cresceu aqui. Não posso te pedir que saia só porque tem sentimentos por mim, isso é ridículo.

JC - Ei, você não me pediu nada, relaxa.

Pedro - Não quero que vá, não sei se consigo comandar tudo isso sem você. Não sei se consigo... ( Ele hesitou um pouco antes de falar ) viver sem você.

Há que caralh*, ele falou com uma voz tão bonitinha, nem parecia que era bandido. O puxei pros meu braços e o beijei. Só que dessa vez foi um beijo mais lento, mas ao mesmo tempo foi um beijo ainda mais fogoso e com ainda mais paixão. Até que senti a mão dele por baixo da minha camisa empurrando ela para cima, não o parei, apenas ergui os braços e deixei que minha camisa fosse ao chão. Em seguida fiz o mesmo que ele, levei minha mãos até sua camisa e a tirei, e ele assim como eu, deixou o caminho livre pra que sua camisa fosse atirada longe de seu corpo, e assim estávamos os dois apenas de calção. Quando eu parei de beijar sua boca e fui descendo para seu pescoço em seguida seu peito. Ele jogou a cabeça pra trás em sinal de rendição total, ele estava louco de tesão, eu podia sentir. Ele apertava minha cintura com força me puxando para cada vez mais perto dele, se é que isso era possível, estávamos colados. Até que quando eu estava com um de seus mamilos na minha boca, escutamos um barulho na porta. Era um dos vapores que fazia a segurança batendo.

Pedro - Que que foi car**ho? Fala logo porr*.

Ele estava extremamente put* por ter sido interrompido. E eu parei o que estava fazendo e comecei a me vestir, e ele meio a contra gosto começou se vestir também. E em seguida foi até a porta.

Julio - Foi mal chefe, é que a dona Marina tá aí, e disse que precisa fala com você e com o JC.

Pedro - Tá, manda ela entrar.

Sentei no sofá e fiquei com uma almofada no colo. Não queria que minha mãe me visse naquela situação.

Logo ele abriu mais a porta pra que minha mãe entra-se com a Manu em seus braços.

Mari - Oi amores.

Pedro - Oi tia, como a senhora tá?

JC - Eai coroa ( Falei com a voz ainda meio sem fôlego, e minha mãe percebeu, pois me olhou com os olhos cerrados, com a típica cara de mãe quando sabe que o filho tava aprontando, porém ela disfarçou e fingiu não notar ).

Nisso a Manu já se jogou no colo do Pedro.

Manu - Papai.

Eu vim saber se podem ficar com a Manu hoje.

Pedro - Claro tia, mas aconteceu alguma coisa?

Mari - É a Camili, liguei pra ela e ela não estava muito bem, então vou lá cuidar um pouco dela e não queria levar a Manu pro asfalto, tu sabe bem porque né filho?

Ela falou olhando pro Pedro que assentiu.

Quando a Manu nasceu e todos viram a proximidade dele com ela, ficou decidido que a Manu não iria pro asfalto sem necessidade e se fosse realmente necessário ela teria de estar muito bem acompanhada, pois a Manu realmente havia se tornado um alvo fácil pros caras de outras quebradas terem o Pedro nas mãos.

JC - Que que rolo com a Camis mãe?

Mari - Nada de mais amor, só uma gripe meio forte. Mas como ela não se alimenta direito, resolvi ir pra lá ficar com ela um pouco. A Júlia dá conta do restaurante sozinha, e qualquer coisa você pode dar uma força pra ela né?

Falou com um meio sorriso pra mim. Que revirei os olhos.

Vi que Pedro deu uma risadinha quando minha mãe falou isso.

Ela nos deu um beijo na testa de cada um e saiu pela porta. Nós dois nos olhamos e em seguida olhamos a Manu, como quem dissesse, já era continuar de onde paramos.

Pedro - Fica com ela que preciso de um banho gelado.

JC - Se fosse só você.

Ele deu risada enquanto subia as escadas e eu sentava no tapete e espalhava alguns brinquedos pra Manu.

Ele com certeza queria me deixar louco, só pode.

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