Capítulo 18

- E se for assim\, e daí? Não sou de ferro\, mas isso não significa que vou abrir as pernas para ele. Se está tão necessitado\, por que não pede um favorzinho para uma das modelos ou\, talvez\, arruma alguém para passar a noite? Tenho certeza de que conseguirá. Boa sorte\, garanhão - saí do elevador sem deixá-lo responder.

E quem ele pensa que é?

Fui para meu quarto e me tranquei lá. Meus hormônios estavam descontrolados. Quase caí nessa conversa boba que ele usa. Tive que tomar um banho gelado para ver se o calor passava, então me joguei na cama para dormir.

No dia seguinte:

Acordei cedo, Jasper já havia me mandado uma mensagem avisando que sairíamos cedo para a sessão de fotos hoje.

- Conseguiu descansar?

- Sim\, melhor do que na minha cama.

- Que bom. Vamos logo.

Ele não parecia chateado, mesmo depois do que conversamos ontem. Acompanhei-o até seu carro. As modelos já estavam no ônibus, junto com Keyla. Entrei no carro dele e seguimos o ônibus até nosso destino.

Chegamos ao parque Yosemite, havia várias vans nos esperando, com toda a equipe e cinegrafistas do lado de fora. O lago parecia extremamente bonito de onde estávamos, assim como a floresta e as montanhas rochosas. Eu gostaria de tirar fotos com meu telefone, mas acho que farei isso mais tarde. A temperatura estava um pouco fria, e esqueci o casaco no hotel.

- Preciso que fique com as garotas e as mantenha hidratadas. A água está no ônibus. Ajude Keyla a passar bronzeador nelas. Ela vai te explicar o que você precisa fazer em seguida. Eu tenho outros assuntos para resolver\, mas se precisar de algo\, pode me procurar.

- Está bem.

- Hoje à noite teremos o evento\, era para ser ontem\, mas foi cancelado de última hora.

- Entendido.

Fui com Keyla e ela me explicou o que eu deveria fazer. As garotas ficaram paradas enquanto passávamos o bronzeador nelas. Dividimos o trabalho para ser mais rápido. Uma delas me olhou e evitou que eu a tocasse.

- Prefiro que a Keyla faça.

- Tudo bem\, que seja ela - não vou me aborrecer muito com essas tolas -. A próxima\, por favor.

- Desde quando está saindo com o Jasper? - perguntou a mesma mulher.

Ignorei sua pergunta e continuei passando o bronzeador na próxima.

- Por que se faz de desentendida\, gorda? Desde quando está se enrolando com o chefe? É a única razão que encontro para ele ter te aceitado aqui. Você não se encaixa neste lugar\, não percebe?

- Parece que correr no outro dia não foi suficiente para aprender a lição\, gatinha. Por que está tão interessada em saber? Ah\, entendi\, talvez seja verdade o que dizem sobre "o ladrão julga por sua condição". Com quantos você dormiu para pagar as cirurgias ou chegar onde está?

- Deveria ter cuidado com o que diz.

- Acho o mesmo. Você também deveria ter cuidado\, porque no momento em que me cansar da sua estúpida atitude\, farei seu lindo rosto beijar o chão\, querida. Agora\, com licença\, estou trabalhando - continuei com meu trabalho e ela foi embora.

Minha paciência estava se esgotando, mas eu precisava me acalmar.

Ao terminar, algumas delas me pediram água e fui buscar no ônibus. Ao voltar para perto delas, a antipática também pediu água e tive que voltar. A estúpida queria me deixar de cabelo em pé, mas aguentei como pude. Não era o momento de mostrar que ela estava me incomodando.

Toda a manhã foi ocupada.

- Preciso que faça um favor para mim. Precisamos entregar essa câmera para o cinegrafista\, é aquele homem de camisa preta ali - Keyla me pediu.

- Certo.

Peguei a câmera e me dirigi ao cinegrafista, estava quase perto quando senti que alguém colocou o pé na minha frente e não tive tempo de evitar a queda. A câmera quebrou e eu queria olhar para ver quem foi, mas todas as modelos estavam ali.

- O que você fez? - Keyla se aproximou e pegou partes da câmera do chão.

Eu me ajoelhei tentando pegá-la. Todo mundo ficou me olhando e as ridículas riram. Não sei quem foi, e para mim estava claro que havia sido provocado, mas como poderia explicar isso? Meus cotovelos doíam, e não tinha percebido que estava sangrando um pouco. Para mim, isso não era importante agora.

Jasper se aproximou de nós e nos olhou.

—O que aconteceu aqui?

—Sua querida assistente quebrou a câmera, o que faremos agora? — perguntou Keyla, visivelmente irritada.

—Desculpe, Sr. Jasper. Eu assumirei a responsabilidade.

—Levante-se daí — estendeu a mão para me ajudar a levantar —. Vamos para o ônibus, você está sangrando.

—E o que faremos com isso? — perguntou Keyla, elevando a voz, e Jasper a olhou irritado.

—Por que tanto drama por algo que pode ser substituído comprando outro? Cuide disso, em vez de fazer tanto escândalo. Mexa-se, é para isso que te pago.

Jasper segurou minha mão e me levou para o ônibus onde estavam as modelos. Me fez sentar e procurou por um pequeno kit de primeiros socorros.

—Você deveria ter mais cuidado, pode ficar com marcas.

—Sinto muito pelo que fiz. Desconte do meu salário o valor da câmera.

Jasper riu.

—Está concordando em pagar entre 10.000 a 20.000 dólares pela câmera? Estaria trabalhando de graça por muito tempo para mim.

—Quanto?

Jasper sorriu.

—Esqueça o que eu disse. Para mim, o importante é saber se realmente foi você ou se alguém mais estava envolvido. Não acredito que seja tão desajeitada a ponto de cair assim do nada. Me diga a verdade, alguém fez isso? — ele me encarou fixamente, esperando minha resposta.

Como ele pode confiar em mim dessa forma? É como se ele pudesse ver através de mim.

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