12.

..."Deitado no silêncio esperando as sirenes...

...Sinais, qualquer sinal de que ainda estou vivo. Eu não quero perder, eu não estou conseguindo passar por isso. Ei, eu deveria rezar? Devia rezar."...

...Train Wreck - James Arthur ...

30 segundos. 30 segundos é o que basta para que nossa vida mude completamente. Pode ser uma demissão, um exame preocupante, um diagnóstico de que o tumor era maligno, sua mãe levando dois tiros…

A música alta invade o carro enquanto nós duas cantamos Billie Eilish tão alto que as pessoas de fora olham pela janela do carro com curiosidade, é isso o que mais amo na minha mãe, que a vontade de viver sempre é maior do que os outros vão achar. Até que viramos a esquina do colégio, dois carros estão parados no meio da rua nos impedindo de passar. Os 30 segundos se passam em câmera lenta, uma mão para fora da janela mirando exatamente no rosto da minha mãe e ela caindo sobre o volante, sangue encharca o carro. Pulo para o banco da frente gritando.

- Mãe! Mãe! Por favor mãe, acorda!

Ela não me responde e nem poderia, não quando vejo cada segundo que passa levando consigo um pouco de sua vida, e quando seus olhos me encaram sem o brilho comum que sempre via ali, minha ficha cai. E eu grito, grito muito.

...

Mãos seguram os meus ombros e sinto o meu corpo sacudir, grito, não paro de gritar porque a imagem dela sem vida é assustadora, a verdade de que nunca mais verei vida naquele olhar é nauseante demais, cruel demais.

- Lohana! - A voz sombria me chama, luto para voltar para a realidade enquanto meu corpo é sacudido.

Abro meus olhos e sinto lágrimas quentes descendo pelo meu rosto, há alguém em cima de mim e uso toda minha concentração para me livrar da visão embaçada que não me deixa saber quem é.

Ryder. Seus olhos estão preocupados me encarando enquanto recupero a consciência. Me lembro da lage, de vir para o quarto e capotar na cama.

- Está tudo bem. Foi só um pesadelo.

Ele me encara com o corpo ainda em cima do meu, meu corpo esquenta na medida em que me atrevo olhar para seus lábios, para seu tórax nu, e aí percebo que ele está usando somente uma cueca preta. Ele segue meu olhar para si e sorri.

- Desculpa, tinha acabado de ir para a cama. - Sua voz sai rouca e sensual como nunca.

Nos encaramos e percebo que ainda consigo ouvir bem baixo a música rolando lá fora, Ryder não faz nenhum movimento para sair de cima de mim, e eu também não sei se quero que saia.

- Você está bem? - Seu olhar desce para meus lábios, depois continua a olhar a camisola de renda enrolada acima da barriga, deixando minha calcinha completamente exposta. Ele faz um som baixo com a garganta e me olha como se estivesse usando todo seu autocontrole para não avançar em mim. Ele ameaça levantar e quando percebo minhas mãos seguraram seus braços fortes o pedindo silenciosamente para ficar. Ele me olha como se me dissesse que não é boa idéia, mas puxo seu ombro para mais perto e ele obedece se aproximando, sem pensar muito levo meus lábios até os dele.

Sua língua roça meus lábios e eu abro minha boca para recebê-la, no começo é um beijo calmo mas logo se torna possessivo, como se ele quisesse tomar cada parte de mim, como se ele soubesse que isso só aconteceria essa noite então iria pegar tudo que pudesse. Ele morde meu lábio inferior e um gemido escapa entre meus lábios, o som o faz colocar seu corpo contra o meu, afasto as pernas e logo sinto o volume roçando minha calcinha.

Seus lábios abandonam minha boca e descem pelo lóbulo da minha orelha e continuam o caminho até meu pescoço, coloco a mão entre nossos corpos até chegar naquele enorme volume. Aperto com força por cima da cueca e ele rosna mordendo a curva entre meu pescoço e ombro. Meu corpo incendeia como nunca antes, nem quando perdi minha virgindade um mês antes da minha falecer, depois disso ninguém nunca mais me tocou, até essa noite.

- Lohana… - Ele sussurra como um aviso me dizendo que precisamos parar.

- Ryder… - Minha voz sai rouca pelo desejo, nem mesmo consigo reconhecer a voz que sai de mim como resposta, querendo concordar que sim precisamos parar, mas nenhum dos fazem isso. Ele me olha no olhos enquanto sua boca desce pela minha camisola, continua me encarando enquanto seus dentes envolvem meu mamilo rígido e morde levemente, eu poderia ter um orgasmo só com essa visão. Inclino meu quadril implorando por um pouco de fricção e ele ergue o dele me dando o que preciso, grito quando o seu membro roça com força bem naquele ponto sensível.

São somente os dois tecidos finos que o impedem de estar dentro de mim agora, mas ele não parece preocupado, não parece com pressa porque sua boca continua a descer lentamente pela camisola.

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