Boate

Capítulo 16

Jhon- E qual o problema em dançar comigo Marta?

— Você está sendo inconveniente Jhon!

— Porque eu estou sendo inconveniente em dançar com você, ele não é?

— Não, não é, nos somos amigos!

— Tá na cara que ele não quer só amizade de você Marta.

— E o que isso tem a ver com você Jhon?

— E qual o problema em dançar comigo Marta?

— O problema é que suas amiguinhas ali, estão me olhando com adaga nos olhos e eu vim aqui para me divertir e não para brigar com vadias, ainda mais por sua causa.

Quando ele vai responder à música acaba, me desvencilho dele e saio andando deixando ele para trás.

Vou até onde está Amir e Luana e os convido para ir embora.

Saímos da boate, mas Amir se nega a voltar para casa ainda, então vamos para um barzinho próximo.

Amir- Ele não gostou de ver você comigo.

— O quê?

— Jhon, Jhon não gostou de ver você comigo.

— E o que ele tem para gostar Amir, esse casamento não é de verdade, é uma mentira, meu avô só queria que eu tivesse um sobrenome de prestígio, para que não fosse intimidada futuramente, em menos de 6 meses estarei me divorciando de Jhon.

Jhon - Não vejo mais Marta dentro da boate, não entendo o porquê, mas esse acontecimento me tirou todo o ânimo de fazer o que vim fazer.

Então afasto as meninas.

Para mim, deu Marcos, estou indo para casa.

Marcos - Ei, Jhon, espera, o que aconteceu, cara?

— Não aconteceu nada, Marcos, só perdi o interesse.

— Você está maluco, olha as gatas que estão ali.

Olho para as garotas e decido ficar.

— Você tem razão.

Peço um quarto e levo uma comigo e as outras ficam com Marcos.

Chego no quarto e faço o que vim fazer no automático, após me satisfazer, dou um cheque pomposo para a garota que me olha com repreensão.

O que foi, você achou que era amor?

Não está se superestimando de mais?

Foi só uma transa meu bem, como sempre foi com todas.

Garota - Você é um cafajeste, Jhon.

— Eu sei!

Fechando o sinto da calça dou um beijo no topo da cabeça da garota e agradeço pelo favor e saio do quarto.

Quando passo pelo salão, não vejo Marcos em nenhum lugar, então suponho que ele também se deu bem, sem mais demora, saio da boate e vou para casa, acendo as luzes de entrada e está tudo silêncio.

Subo para o meu quarto e quando estou passando pelo quarto da Marta, sinto uma vontade imensa de saber se ela está lá dentro, o que me é descartado logo em seguida com o ronco do carro que está chegando.

Parece que a noite foi boa para ela também.

Esse pensamento me irrita profundamente, então entro para meu quarto e bato a porta com força.

Os meses se passam velozmente e o bom relacionamento que Marta e eu tínhamos acabou na noite da boate, as tais cobranças que até então não tinham chegado, começaram a chegar e o pior, fui eu quem comecei.

Obviamente ela não aceitou, já que nunca me cobrou nada, mas não suporto a ideia de ser corno, esse pensamento me dá arrepios.

Eu sei que Marta não me deve nada, pois não temos uma vida conjugal de verdade, compreendo isso perfeitamente, mas minha razão me abandona quando penso que posso ser taxado como corno.

Sou machista? Acho que sim. E daí?

Vou para a mesa do café e ela está tomando café, mas ao me ver fecha a cara.

Qual é, vai ficar me olhando torto até quando?

— Não estou olhando torto para você, aliás, nem olhei para você, levanto pegando minha bolsa e saindo da sala de jantar.

— Marta você pretende ficar assim até o final desse contrato?

— Que com a graça de Deus está acabando não é mesmo Jhon.

Respondendo a sua pergunta, Jhon, só trato você como você merece.

— É Marta, graças a Deus mesmo está terminando, não vejo a hora, darei uma festa de comemoração quando esse dia chegar.

Que ótimo Jhon, nos veremos lá então!

Saio de casa e bato a porta com toda a minha força, porque a vontade era de partir a cara de dele.

Esse idiota, quem ele pensa que é?

Chego na empresa e vou direto à sala de Luana.

Luana - O que aconteceu com você garota, o que Jhon fez dessa vez?

— Aquele imbecil, aquele imbecil, ando de um lado para o outro na sala

Você acredita que ele disse que dará uma festa de comemoração quando nos separarmos?

— E, por que isso está te incomodando tanto amiga?

— Você acha pouco, Luana, o que ele quis dizer com isso?

— Marta, você está se apaixonando por esse cretino?

— Você está louca, mulher? Deus me livre me apaixonar por um ser tão repugnante quanto Jhon.

— Ah é, por que toda essa histeria então?

— Paro e penso nas palavras da Luana que fazem todo o sentido, se eu estivesse no lugar dela também pensaria o mesmo, mas a verdade é que não estou apaixonada por Jhon, é só que ele me irrita profundamente.

— Você tem razão, não tenho motivos para isso, logo, logo tudo isso acaba e estarei livre desse pulha.

Volto para minha sala e me concentro no trabalho, por volta do meio-dia, recebo a visita do vovô Nelson.

Nelson - Bom dia, minha querida, está com tempo para almoçar com um velho solitário?

Marta- Sorrio para o drama dele.

Claro que sim, vovô.

Então pego minha bolsa e enfio o braço nele e saímos para um restaurante.

Nelson - Como andam as coisas entre você e Jhon Marta?

— Você quer a verdade?

— Sempre a verdade, minha querida.

— Bem, piores impossíveis!

— Como assim? Você pode me explicar melhor?

Então acabo contando para o vovô todos os chiliques do Jhon.

Ele fica inexpressivo, sem esboçar qualquer reação, o que me deixa em dúvida sobre a opinião dele.

Nelson - E Selena como tem se comportado com você?

— Essa daí é uma peça, da para entender porque o filho é tão imaturo e arrogante, com uma mãe daquelas qualquer um seria.

— Isso quer dizer que ela voltou a te incomodar?

— Não se preocupe com ela, vovô, eu dou conta, aliás, eu dou conta dos dois.

Vovô dá um meio sorriso e assente.

Terminamos nosso almoço e vovô me deixa na empresa novamente.

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