Em teus sonhos Jhon!

Capítulo 15

Marta - Meu telefone toca, olho para a tela e sorrio, é Luana.

— Marta, você sabe quem está vindo para cá?

— Não, mas aposto que você me ligou para me contar.

Porque não veio até a minha sala, está com preguiça?

— Estou enrolada com uns papéis aqui, você me dá trabalho de mais, sabia?

No México eu não trabalhava tanto assim.

Para de reclamar, garota e me diga logo quem está vindo?

— Quem poderia ser, o Amir.

Ele disse que está morrendo de saudades de você e de mim também, mas sei que é por você que ele vem.

— Para com isso, Luana, você sabe que não existe nada entre mim e Amir.

— Eu sei! Mas ele ainda tem esperanças.

— Quando ele chega?

— Não sei, ele não quis me dizer, disse que seria surpresa.

— Hum, tudo bem, então!

Tok, Tok

Estou falando com Luana ainda quando ouço uma batida na porta, mando que entre e quando a porta se abre tem um enorme buquê de flores.

Antes que eu possa perguntar do que se trata, ele aparece.

Então falo a Luana ao telefone, ele acabou de chegar.

Ouço o grito de histeria dela do outro lado e logo o bipe do telefone desligado.

Amir- Então posso entrar ou você vai me deixar aqui.

Marta- Levanto da mesa e vou recebê-lo.

— Ao que devo a honra da sua visita?

Pergunto retirando o buquê de seu braço.

Jhon- Estou saindo na porta para ir até a sala do Marcos quando Luana passa correndo para a sala de Marta.

Por instinto saio atrás para saber o que aconteceu e quando chego na porta vejo Marta abraçada no cara que ela disse ser apaixonada um dia.

Fico parado como se meus pés ficassem cravados no chão.

Amir - Que saudades eu estava de você Marta, você não faz ideia da falta que você faz.

— Eu também senti sua falta Amir.

— Sério? Você sentiu minha falta mesmo?

Luana - Vai sobrar abraço para mim ou todos são para Marta?

Amir- Oi Luana, também estava com saudades de você.

— Não minta para mim, Amir, sei que suas saudades são só de Marta.

Jhon- Fico observando a interação entre as três pessoas, então decido voltar para minha sala.

Não entendo porque, mas a cena a minha frente me incomodou e muito.

Chega a hora de ir para casa, então pego meu casaco e resolvo passar na sala de Marta para oferecer uma carona, mas a sala está vazia, indicando que ela já foi, então vou para o elevador indo para casa.

Quando chego em casa, a casa está vazia, então subo as escadas e vou até o quarto dela, dou duas batidas e abro a porta, mas o quarto está vazio, entro no quarto dela e passo os olhos por todo o quarto, não sei bem o que procuro.

O que você está fazendo aqui, Jhon? Me repreendo em pensamento.

Então saio rapidamente e vou para o meu quarto.

Tomo banho e quando saio do banheiro olho no relógio.

Visto um short e sem camisa mesmo desço as escadas.

Vou até a cozinha ver se tem algo para comer, desde que estou morando com Marta comprei raramente comida de fora, ela cozinha divinamente, perguntei a ela se não era cansativo para ela chegar da empresa e cozinhar, mas ela disse que gosta, que é uma espécie de terapia para ela, então não fiz nenhuma objeção.

Abro a geladeira, e pego o que tem para fazer um sanduíche.

Enquanto faço o sanduíche faço uma reflexão de quantas noites não saio para o clube ou uma boate.

Olho para o sanduíche em minha mão e o jogo na lata do lixo, subo para trocar de roupa, ligo para Marcos, pego as chaves do carro e saio.

Chego na boate e Marcos está chegando também.

Marcos - E aí, Jhon, o que aconteceu, porque essa urgência.

— Não aconteceu nada, Marcos, só estou precisando pegar uma mulher.

— Tudo bem, vamos lá.

Entramos na boate e assim como um ímã Jhon atraí muitas mulheres, não demora muito e estamos cercados de garotas.

O garçom traz as bebidas e também petiscos que Jhon pediu, a noite está agradável.

Marta - Depois de muita insistência de Luana e Amir, eles conseguem me levar para a tal boate, a justificativa de Luana é que ela não dança desde que veio do México e conhecendo ela sei que está sendo um sacrifício, então acabo cedendo.

Procurei entre as roupas ridículas que tenho usado uma menos pior.

Logo que entro na boate, a primeira visão que tenho é do imbecil do Jhon, sentado e cercado de mulheres, como se ele fosse o mel e elas, abelhas, ou melhor, ele, fezes e elas as moscas.

A visão me irrita profundamente, mas não vou deixar transparecer.

Luana - Entramos na boate e logo a nossa frente está Jhon cercado de mulheres.

— Você viu quem está aí amiga?

— Gostaria de não ter visto, mas vi sim!

Amir- E aí garotas, vocês vieram para dançar ou ficar paradas.

Marta - Amir me tira do transe, então viro para ele e respondo: dançar, vamos!

Seguimos para a pista de dança.

Marcos - Olho para a pista de dança observando as garotas dançarem e algo me chama a atenção, aquelas roupas, não! Não pode ser!

Chamo Jhon que está quase sendo engolido em um beijo com uma morena peituda.

— Jhon!

— O que você quer, Marcos, não está vendo que estou ocupado.

— Aquela ali não é Marta?

— O quê?

— Ali!

Marcos me aponta uma direção e meu coração dá um salto quando olho na direção que ele mostrou.

Não só ela, mas também o amigo, faço aspas em minha cabeça e Luana.

Estão dançando na pista de dança, fico observando e não é que ela sabe dançar.

Troca o ritmo e o cara ao invés de pegar Luana para dançar, ele pega a mão de Marta, fico dizendo para mim mesmo que ela vai recusar, mas ela aceita e eles começam a dançar agarrados.

O cara só falta babar em cima dela, termina a música e se inicia outra, então saio do meu lugar e os alcanço em poucos passos.

Posso dançar com minha mulher, falo olhando nos olhos do homem.

Amir- Acho que você está um pouco ocupado para dançar com Marta, não é delicado deixar suas amigas esperando por você.

Jhon- Desgraçado, falo em pensamento.

Marta - Tudo bem, Amir, é só uma música e já voltamos a dançar.

Amir se afasta um pouco e Jhon me puxa para de encontro a ele.

— O que significa isso, Jhon?

— Do que você está falando?

— Não se faça de desentendido Jhon.

— Não significa nada, só queria saber como é dançar com você.

— Já ficou sabendo, já Podemos parar.

— A música não terminou.

— E daí?

— E daí que você não vai me largar no meio de uma música, falo e seguro firme a cintura dela que por sinal, tem uma cintura fina e que não é possível ver através das roupas soltas que ela usa.

— O que tem isso, Jhon? É insuportável para você?

— Não se atreva Marta.

Jhon fala em um tom de voz firme, indicando que não gostou nada da minha sugestão.

- Então, Jhon, se não queres ser deixado no meio do salão, não me tire mais para dançar.

É melhor ficar se divertindo com suas amiguinhas.

Está com ciúmes, Marta?

— Em teus sonhos Jhon.

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