Os quatro conversavam animados, mas não demora e chega duas jovens que estavam também na festa, elas eram parentes de algumas que moravam na fazenda. Chegam acompanhadas de outra jovem loira que Tuane não conhecia, parecia não ser da região. Quando elas entram Dante fica em pé as chamando, a loira se senta ao lado de Heitor e não demora para os dois estarem rindo, como se já se conhecessem.
Tuane mais uma vez se aproxima para atendê-las, com o bloco e a caneta em mãos ela para ao lado da loira.
— Vocês vão querer alguma coisa? — Pergunta sem conseguir sorrir.
— Oi Tuane, não sabia que ia trabalhar hoje.
— Te devo satisfação? — Pergunta sem nem olhar para quem falou com ela.
— Credo, foi apenas um comentário.
— Dispenso os seus comentários. E então, vão pedir alguma coisa, ou vieram apenas enfeiar a mesa?
— Gente, que garota grossa, isso trabalha aqui? — A desconhecida não consegue ficar quieta.
— Isso tem nome, sua ridícula, e é muito melhor ser grossa do que ser oferecida — Tuane não guarda para depois — Além do mais...
— Gente, por favor, não vamos brigar. Tuane está trabalhando, digam apenas o que vão querer beber ou comer, sei lá. Digam apenas o que querem — Dante intervém, a última coisa que ele queria, era ver Tuane ser demitida.
— Eu acho que vou beber uma água como o veterinário, é com gás? — A desconhecida fala sorrindo, olhando para Heitor, como se já tivesse esquecido de ter sido chamada de oferecida.
'Tenho veneno e terei imenso prazer em te servir uma dose dupla' Tuane pensa, mas apenas sorri, mas o seu sorriso parecia ser mais uma careta, Heitor percebe e sente vontade de ri.
— Vamos meninas, peçam o que quiserem, hoje é por nossa conta — Fabrício oferece sorrindo, incentivando a coisa.
— O que acha veterinário, o que eu devo beber?
— Diana, vamos beber taboa, se ficarmos bêbadas temos quem nos leve em casa. — Uma das jovens que ela conhecia sugere e a tal Diana sorri, olhando para Heitor, como se fosse ele a leva-la em casa.
Tuane pede licença e os deixa, antes de dá na cara da tal Diana, pois essa era a sua vontade. Ela serviu taboa como elas pediram e fica os observamdo de longe, Heitor continuava rindo para a loira, mas em um dado momento ele a olha e os seus olhos se encontram, e dessa vez Tuane não desvia o olhar, estava com muita raiva para fugir do olhar dele, será que ele iria levar a loira em casa? Mas se ele levasse a oferecida em casa, o que ela tinha a ver com isso? Se ele quisesse levar, que levasse.
Na hora que eles pedem a conta Fabrício paga todo o valor, e Tuane apenas os observa se levantar da mesa, com as meninas bem alegres pela bebida que não economizaram em beber.
Fabrício segue em direção ao bar e os três casais saem do restaurante, com a tal Diana agarrada ao braço de Heitor. As mãos de Tuane coça pela vontade de puxá-la pelos cabelos, afastando ela de Heitor, que não parecia está incomodado com a loira enganchada nele.
— Você não vai com eles? — Tuane pergunta a Fabrício.
— Vou te esperar, não vou te deixar ir embora sozinha de bicicleta a essa hora — Fabrício responde na maior naturalidade, mas estranhamente ela não responde nada.
Tuane vai até o gerente e pergunta se pode ir embora para aproveitar a carona, faltava pouco para o restaurante fechar e o movimento já estava diminuindo. Assim que é liberada ela corre para trocar de roupa, consegue sair do restaurante sem Fabrício vê-la sair. Ela olha de um lado para o outro e não vê ninguém. 'Tuane, você está ficando doida?' Pergunta em pensamento ao está preocupada de Heitor ter levado a tal Diana em casa.
Ela volta para o restaurante e vai até o bar.
— Se for me dá carona, podemos ir — Ela ficou de ligar para o pai para ir buscá-la, mas até ele chegar lá, ela já tinha infartado, pensando no que não era da sua conta, onde estaria Heitor?
Ela vai o caminho todo em silencio, nem com disposição estava para responder Fabrício, nem para mandá-lo calar a boca, já que não conseguia ouvir nada do que ele estava dizendo. Quando ele estaciona em frente a sua casa um sorriso se abre em seus lábios, sem que ela perceba. O carro de Heitor estava lá parado.
— Obrigada pela carona — Ela desce do carro sem nem olhar para Fabrício que fica sem entender nada.
Tuane corre para dentro de casa, encontrando Roani vendo TV.
— Pensei que estivessem com aquelas mulheres, não esperava vê-lo em casa.
— Vim com Heitor, que não quis levar a Diana em casa, Dante as levou.
Tuane vai tomar o seu banho se sentindo leve, ele estava em casa e sozinho. 'Tuane, não estou te reconhecendo, desde quando se preocupa com a vida dos outros?' Se pergunta voltando a ficar de mau humor, tudo o que menos queria era gostar de alguém, muito menos de um homem da cidade que gostava das mulheres da cidade.
Quando Heitor saiu do restaurante ele dispensou a Diana, ela não era feia, mas não era essa a questão, ele apenas não estava afim de ir para cama com ninguém, pois era tudo o que a loira demonstrava querer, além disso, ela tinha cara de problemas, não queria ninguém se achando ser a sua namorada, não foi para isso que ele foi morar ali. Ele olha para o restaurante e pensa se a atitude de Tuane era ciúmes.
Roani perguntou se ele podia lhe dar uma carona, já que ele tinha ido com Fabrício e o mesmo iria ficar para esperar a irmã dele, Roani queria ir embora pois precisava dormir para acordar cedo no dia seguinte. Roani não era uma pessoa ruim, mas ele só sabia falar em quando fosse rico, as coisas que ele dizia fazia Heitor achar graça, pois ele sabia que riqueza não era sinônimo de felicidade.
Ele estava vivendo uma vida simples e era feliz, mas se pudesse ajudaria aquele jovem a deixar de ser peão, já que ele não era feliz com a vida que tinha, mas teria que saber como ajudar. Pensaria nisso com calma.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Adriana Moura
Heitor é sensato 😍
2024-05-10
1
💚Socorro Miranda🍀
Eita que ela se morde de ciúmes 🤭😁😂
2023-08-09
5
Amanda
Heitor é um bom homem, e Tuane já está apaixonada só não consegue admitir
2023-07-17
0