Capítulo 11 - Fim da festa

Puxar assunto com Heitor enquanto ele dançava, foi como Tuane conseguiu arrancar Heitor das garras da 'oferecida' como ela apelidou a colega. Ela não sabe como conseguiu ter coragem para conversar com ele, mas essa coragem vinha da raiva que estava sentindo de vê-lo se divertindo com outra que não fosse ela. A única coisa que tinha certeza, era que não queria deixá-lo solto, podendo ser fisgado por uma sem vergonha. Eles permanecem próximos o resto da festa, até quando Fabricio tentou se aproximar, Tuane o colocou para correr, com palavras nada agradáveis. Ela pegava carne para ela e Heitor e eles comiam e bebiam enquanto conversavam. Tuane estava a base do terere e Heitor da cerveja.

— Acho que já bebi demais, preciso tomar um banho e dormir um pouco...

— Ainda é cedo, geralmente vamos até quase amanhecer.

— Está tudo muito bom, mas preciso realmente ir, a festa pra mim acaba aqui. — Heitor estava se sentindo um pouco bêbado e estava com medo de falar o que não devia para Tuane, pois toda hora que ele olhava para aquela boca lhe sorrindo ele sentia uma imensa vontade de juntar a sua, sorrindo com ela entre beijos.

'O que está pensando Heitor, além de ser novinha, tem garras afiadas' ele pensa, tentando afastar aquela vontade que estava quase o fazendo perder a cabeça.

— Eu preciso ir. — Ele se levanta de onde estava.

— Que pena — Ela pensa um pouco — Tranque a porta.

— Aqui não tem perigo.

— Cuidado, as vezes eles confundem a casa. — A verdade é que ela estava com medo de alguma mulher ir atrás dele.

Heitor a olha e lhe sorri, como se adivinhasse o que ela estava pensando.

— Não se preocupe, nenhuma das que estão aqui me interessou.

— Não sei sobre o que está falando.

— Quer dizer, apenas uma talvez... — Eles se olham e Tuane sente o coração disparar como das outras vezes, 'O que e isso que está acontecendo comigo?' Se pergunta irritada com as suas reações.

— Bem já que você vai embora, eu acho que vou aproveitar a sua companhia e ir lá em casa. — Ela precisava evitar que alguma oferecida o seguisse.

— Fique, aproveite a festa — Ele não queria correr o risco de ceder a tentação.

— Eu preciso ir em casa. Vamos? — Ela o chama.

Eles caminham lado a lado, mas a tagarelice de Tuane tinha ido embora, agora ela estava sozinha com ele, longe das pessoas da festa. Quando chegam em frente a casa dela eles ficam se olhando, e Heitor se aproxima dela, Tuane pensa em se afastar, mas as pernas não obdessem.

— Tchau Tuane, saiba que eu adorei a noite. — Ela não responde e Heitor ao se aproximar ainda mais, lhe dá um beijo no rosto, mas ele logo se afasta e segue para a sua casa, Tuane fica o olhando, pensando que ele poderia tê-la beijado na boca.

— Idiota, eu também não ia deixar você me beijar, se você tentasse — Ela o vê entrando em casa, sem olhar para trás — Veterinário metido, só porque sabe que é bonito — Tuane nem entra em casa, ela volta para festa e se junta as meninas novamente, mas não demora a ir embora, estava sem paciência de ouvir a conversa sobre o veterinário lindo e maravilhoso.

— Mas Tuane fez questão de não desgrudar dele, nunca a vi tão simpática com alguém. — Uma delas comenta.

— Vocês são ridículas. Não sou uma oferecida como vocês.

— Então para onde foram juntos? — Outra pergunta.

— Não interessa a vocês, vocês tem vida? Então cuide dela.

— Duvido que não rolou um beijo. Mas não deve ter sido muito bom, Tuane nem demorou, se fosse comigo ainda estaria curtindo a noite só nós dois.

— Depois aparece de barriga e não sabe por quê.

— Raoni disse que ele está acostumado com mulheres da cidade, por isso, Tuane deve ter levado um fora.

— Vê se eu vou ficar com aquilo, nem tão bonito ele é. Ele é que não tem nenhuma chance comigo, não sei porque ficam nesse fogo por causa de um metido a besta. — Tuane responde com raiva.

— É mesmo Tuane? Deve ser por isso que você virou um chiclete, agarrada nele.

— Deixem de palhaçada, vocês que não podem ver homem, que ficam se oferecendo, depois casam e ficam cheias de filhos, gordas e feias e não sabem por quê — Tuane se referia a uma delas, e todas sabem quem é pelo gorda.

Tuane dá as costas e vai embora para a sua casa, com raiva até dela mesma, por se importar com os gostos dele. Mulher da cidade, que ele ficasse com quem quisesse, não era problema dela, ela pensa irritada entrando em casa ainda com muita raiva.

***

No domingo Tuane acorda tarde, mas precisava se adiantar, estava atrasada. Ela trabalharia a noite, para compensar o sábado que folgou, ficaria no lugar de Alice que estava de folga. Estava saindo de bicicleta e como sempre, olha para a casa ao lado, mas viu que o carro de Heitor não estava estacionado em frente a casa.

— Será que ele também está trabalhando hoje? — fala sozinha, ainda olhando para a casa dele — Não me interessa.

Tuane recrimina a si mesma e sai pela estrada a pedalar, e no horário certo ela já estava no restaurante servindo às mesas. Não foi surpresa ao ver Heitor, Dante, Fabrício e Roani, que costumava andar na aba de Fabrício, entrarem no restaurante.

Ela se aproxima da mesa deles para os atender. Heitor a olha e ela desvia o olhar, olhando para o seu bloquinho, Fabrício não disfarçava em encará-la, como que esperasse ela olhar para ele.

— Pois não, o que vão querer?

— Eu quero apenas uma água com gás — Heitor é o primeiro a pedir.

— Oi Tuane, não sabia que estava trabalhando hoje, quer que eu te espere? — Fabrício pergunta sem se preocupar com a resposta que irá receber.

— O que vai querer? — Tuane revira os olhos, soltando o ar, em uma demonstração clara de irritação.

— Não provoque o boi brabo — Roani a provoca.

— Eu quero um terere — Denis prefere intervir, antes que Tuane perca o emprego — É melhor vocês fazerem o pedido de vocês.

E assim eles fazem e os quatro ficam conversando animados, talvez sobre a festa.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***