Novas descobertas pelas SWAT

Os dias se passavam e mais uma vez Olívia se sentia totalmente de mãos atadas, já tinha quase uma semana desde que tinham ido à casa da filha de Raja, até que Najla aparece na delegacia, com algumas sacolas no braço ela parece assustada e procura pela delegada Olívia Jones.

Olívia: Najla? Que aconteceu?

Najla: Desculpa delegada, por não poder falar com a senhora no dia que foi em minha casa, mas teria problemas com meu marido.

Olívia: Certo, venha se sente aqui. Que aconteceu Najla? Seu marido te agrediu foi isso?

Najla: Não senhora, meu marido não me agrediu, minha mãe confundi as coisas, ele é um homem bom.

Olívia: Mas sua mãe fez uma denúncia contra ele, por que acha que ela fez isso?

Najla: Porque não entende o jeito dele só isso, meu Samir apenas me cobra o que é por direito e eu como esposa tenho que obedecer só isso.

Olívia: Ela disse que era obrigada a se prostituir e a outra esposa onde ela está?

Najla: Em nossa cultura um homem pode se casar até com quatro mulheres, isso não é crime, fazemos o que ele manda sem questionar, somos educadas dessa forma, não existe isso que ela te falou.

Olívia escutava as palavras de Najla e tentava controlar seu nervosismo, pois sabia que assim como ela muitas mulheres pensava da mesma forma, seria difícil tentar fazer enxergar que aquela forma de viver não era o correto.

Olivia: Mas seu marido te cobra filhos é isso Najla?

Najla: Claro delegada, a partir do momento que me casei preciso servir meu marido. Foi assim que meu pai me criou, para cuidar de uma casa, ter filhos, se eu não consigo ter filhos ele vai conseguir com a outra esposa para que lhe dê a ele os filhos que não posso dar.

Olivia: Não Najla, isso não é o certo, você não tem que servir seu marido, casamento é cumplicidade, é um troca de amor entende? Não tem que ter relações com ele por obrigação isso é abuso, por isso sua mãe o denunciou.

Najla: Mas não é obrigação da mulher satisfazer o homem? Nossa cultura nos diz que é assim. Temos que casar virgem provar nossa honra.

Olívia: Você é feliz vivendo dessa forma Najla?

Najla: Não pude escolher meu marido delegada, ele me foi imposto, então felicidade não é algo discutido aqui certo? Além disso eu e Samir nos damos bem, isso que importa. Agora eu preciso ir, disse que ia ao mercado comprar umas coisas não posso demorar.

Olívia: Najla? Volte quando quiser para conversarmos.

Depois que Najla sai, Olívia começa a pensar nas coisas que ouviu, talvez fazer mulheres como Najla mudar sua forma de pensar e enxergar que aquela forma de vida era um abuso.

Esse talvez fosse um dos maiores desafios do seu trabalho, pois muitas mulheres demoravam para enxergar essa forma de abuso e muitas vezes quando decidiam dar um basta já era tarde de mais.

Samira, após aqueles dias, com a ajuda de Sasha, ela acabou conseguindo trabalho numa lanchonete ali perto. O pouco dinheiro que tinha estava quase acabando devido a algumas roupas que teve que comprar, mas ela estava mais perto do seu inimigo do que imaginava.

Sasha: Maryam? Como está na lanchonete?

Samira: Estou gostando muito senhora, as pessoas são muito educadas lá, agradeço de coração pela ajuda.

Sasha: Minha irmã é uma boa pessoa, fico muito feliz.

Samira: Sim, são pessoas boas.

Peter não descansava um só dia a sua procura, sabia que se um dia Baltasar descobrisse sobre a mentira ele sofreria as consequências de sua ira.

Mas ainda não poderia anunciar o sumiço e nem ao menos vasculhar as pensões, pois certamente chamaria a atenção da polícia e isso poderia colocar a perder toda a organização.

Naquela mesma tarde, os laudos da perícia chegaram e as notícias levantariam ainda mais dúvidas ao invés de solucioná-las.

Youssef vai até a delegacia falar com Olívia, que fica feliz ao encontrá-lo. Os dois vão para sua sala analisar tudo que havia descoberto.

Olívia: E então conseguiu descobrir alguma coisa?

Youssef: Bom descobrimos alguns vestígios na lixeira que batem com os lençóis de cama, a mesma pessoa que foi carbonizada esteve naquele quarto, porém teve mais uma pessoa, pois o DNA não é o mesmo com a que encontramos no banheiro.

Olívia: E não tem nada nos registros de entrada no país?

Youssef: Acredito que tenham usado documentos falsos, pois as duas não tem nenhum registro no nosso sistema, mas ainda estamos verificando nos registros internacionais o que pode levar mais tempo.

Olívia: Está na cara que essas pessoas estavam sendo usada pelos traficantes, mas a pergunta é onde está essa outra pessoa?

Youssef: Se ela conseguiu fugir ou deve procurar a polícia, ou logo encontraremos mais um corpo.

Olivia: Prefiro pensar que irá procurar a polícia.

Youssef: De qualquer jeito ficaremos atentos.

Os dois se despedem, não era o que Olívia esperava, mas ainda era uma boa notícia, pois se a pessoa fugiu e ainda não teria aparecido morta, talvez estivesse escondida ou com medo.

Mas o que eles não imaginavam é que Baltasar tinha intenções de um atentado a Adam por achar que ele era o cabeça de toda organização da SWAT e como haviam feito um trato, Dreak coloca alguns de seus homens a paisana para vigiar a casa e agir no momento certo.

Homem 1: Aí Chefe, esse cara é mais vigiado que o presidente, tem certeza que devemos seguir com isso?

Dreak: Tenho, uma hora ele terá que dar uma brecha, dai a gente pega ele.

Homem 1: Está certo chefe.

Naquele final de tarde, Adam teria uma reunião importante. Após o dia inteiro em casa, ele resolve sair, antes sempre ia ao jardim onde estava Estela lendo um livro, quando ele se aproxima para lhe dar um beijo ela o abraça e novamente sente um aperto no peito.

Estela: Amor, não vai, fique em casa hoje.

Adam: Amor, já disse que isso é coisa da sua cabeça, está tudo bem, além disso estou muito bem preparado rsrsrs.

Estela: Vai com cuidado.

Em pouco tempo ele sai de casa com seus seguranças, mas no trajeto ele percebe que um carro o seguia, puxa sua arma e os avisa para se preparar.

Adam: É rapaziada, pelo jeito os dias de luta ainda não acabaram, se prepararem pois estamos sendo seguidos.

Porém ele ainda pega seu celular e envia uma mensagem para seu filho Theo, que recebe e de imediato informa e Youssef, que ainda estava na rua, com certeza chegaria mais rápido com o reforço enquanto ele estava a caminho.

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