O preço de uma vida

***Alerta gatilho: Se você possui sensibilidade a descrições de violência e assédio, pule esse capítulo".***

— Pois não?

Olívia: Bom dia, senhora sou delegada Olívia, a senhora é Raja Khan Al-abadi?

— Por que a pergunta?

Olívia: Senhora, tenho uma denúncia feita na delegacia da mulher e queria fazer umas perguntas.

— Sou eu, mas a denúncia foi para minha filha, mas agora é tarde demais, vocês demoraram muito tempo para fazer algo por ela.

Benjamim: A senhora fez a denúncia?

Raja: Sim, minha filha não tinha coragem de denunciar aquele monstro, por isso eu mesmo fui lá e o denunciei, mas quando ela descobriu ficou com medo de virem até aqui e foi embora com ele.

Olívia: Não acredito nisso. Eles voltaram para o oriente médio? E a outra esposa?

Raja: Não, agora moram no Queens, eu posso lhe dar o endereço, mas só chegam a noite em casa. A outra esposa não sei o que fizeram com ela.

Olívia: Como ela se chama senhora?

Raja: Najla, só não digam que eu os dei o endereço, por favor.

Mas como ainda era de manhã ele não adiantaria irem até lá, por isso a solução era retornar para a corporação e esperar até o final do dia.

Olívia estava decepcionada, mas já esperava por isso, pois havia se passado muito tempo, como era previsto o braço da lei havia demorado demais novamente para fazer algo.

Benjamim: Acha que ela vai querer testemunhar?

Olívia: Não custa tentar.

No fórum, o promotor ia para mais uma audiência com o juiz Bonifácio Conway, novamente ele fazia uma tentativa de alterar o código penal sobre o abuso.

Juiz Conway: Senhor Wilson, qual a sua reivindicação agora?

Caleb: Excelência venho de novo solicitar ao senhor que aceite as denúncias contra abuso marital.

Juiz Conway: Já conseguiu mais provas com a delegacia da mulher?

Caleb: Não senhor, não acho que a delegada tenha experiencia, vive trazendo fichas sem provas contundentes.

Juiz Conway: Talvez se trabalhassem juntos poderia ajudá-la com isso não acha? Quem é a delegada encarregada pela investigação?

Caleb: Olívia Jones.

Juiz Conway: Está falando sério? Sabia que ela é filha de uma dos diretores da SWAT mais condecorados nos últimos anos?

Caleb: Eu não sabia, mesmo assim tenho coisas mais importantes a fazer que ficar de babá para uma principiante excelência, mesmo assim agradeço sua atenção.

As horas se passavam, chegava o final do dia e o avião que viajava Samira e Zuri aterrissa no aeroporto de Nova York, com dificuldade ela ajuda sua amiga a descer as duas caminham até o portão de desembarque, logo veem um homem com uma placa nas mãos com o nome "Peter".

Vendo o estado de uma delas Peter a ajuda e as levam o mais rápido dali, já no carro ele pergunta o que houve, e Samira explica.

Samira: la 'aerif sayidi, laqad kanat tasheur bihadha alshueur mundh mughadaratina dubi. (Eu não sei senhor, ela está passando mal assim desde que saímos de Dubai)

Peter: Só me falta ter rompido alguma cápsula, vamos logo.

Samira sabia falar o inglês mas não queria que o tal homem soubesse, assim teria mais chances de sobreviver, pensava ela.

Alguns minutos depois, elas são levadas para um hotel no subúrbio, as duas são deixadas num quarto, Zuri realmente estava muito mal, ele a obriga a engolir laxantes para poder expelir as capsulas, Samira aproveita os minutos que ele sai do quarto para pegar o dinheiro que estava nas bolsas deixando apenas algumas moedas, aproveita e esconde as coisas que trouxe para comer.

Zuri parecia cada vez pior, Samira fica preocupada sem saber como fazer, pois devido aos medicamentos que teve que tomar para reduzir a digestão, também estava com mal estar.

Mas Zuri, estava desacordada, Peter então buscou ajuda de um médico que sugeriu levar a moça para poder retirar as capsulas ainda intactas em seu estômago, ao ver a jovem sendo levada Samira sentiu um frio na barriga e um aperto no peito como se aquilo fosse uma despedida.

Para que ela não fugisse, Peter acorrentou a jovem no banheiro até ela expelir todas as cápsulas. Samira se viu em desespero, mas pelo menos ainda tinha esperança de conseguir sair daquela situação.

Enquanto isso a algumas quadras dali, a crueldade se fazia quando a única prioridade era a ganância pelo dinheiro, quando ao fazer um ultrassom na jovem que convulsionava descobre que algumas capsulas haviam sido rompidas e por isso ela havia desmaiado.

Médico: Mas que merda, ela está morrendo.

Peter: Retire as capsulas, dane-se essa vadia.

Médico: Ela continua viva.

Peter: Já disse, foda-se, faça logo o que eu mando.

Então sobe a ameaça de uma pistola o médico abre a moça ainda com vida para retirar a droga que ainda poderia ser aproveitada, no momento que o médico abre o corpo ela ainda solta seu último suspiro de vida que é abafado por Peter colocando um pouco de gaze em sua boca, ela se debate mais aos poucos vai reduzindo os movimentos.

Foram recuperados quase 40 capsulas, em seguida eles enrolam o corpo da jovem num tapete e jogam numa lixeira coletiva num beco escuro, ateando fogo, os vizinhos assustados com ligam para a polícia. Naquele momento, Benjamim estava a caminho do endereço fornecido por Raja e resolve verificar a ocorrência.

Benjamim: Estamos próximos ao local, nós vamos verificar.

Conforme se aproximavam sentiam o forte cheiro, usam um extintor para eliminar as chamas e percebem ali um corpo carbonizado e avisam Olívia.

Benjamim: Olívia, é um corpo, mas pelo estado de carbonização não dá para saber se é mulher ou homem.

Olívia: Mas que merd@ será que é nossa testemunha?

Benjamim: É bem provável que não.

Olivia: Estou acionando o legista e logo estarei aí, quero acompanhar de perto a remoção.

Ao ver a polícia se movimentar ali no beco os bandidos locais se armam, não poderiam deixar que o corpo fosse levado, ou seriam certamente descobertos. Peter está no hotel, Samira havia sido liberta após expelir as cápsulas, quando ele é avisado da chegada de uma viatura.

No desespero de agir imediatamente apenas encosta a porta e sai correndo ....

Peter: Put@ que pariu, só me faltava essa.

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