Tʜᴇ ₄ᴛʜ ᴅᴀʀᴋ ᴏғ Ʀᴇᴀʟɪᴛʏ ₂₅
...{Sonho}...
— (risos) Eu disse para você, que eu não sabia cantar.— Diz ela deitada no gramado da escola.
— Pelo menos você tentou, meu amor.— Diz ele, junto dela, de mão dada.
— (Suspiro) Queria poder passar mais tempo com você...— Fala para ele, num tom triste.
— Eu sei que precisa ir para outra cidade, para visitar a sua irmã. Eu também queria ficar mais tempo com você, meu amor, mas ficar com o seu namorado, não é uma boa desculpa para o seu pai.— Diz a olhar fixamente apaixonado para ela.
— Verdade, o meu pai não compraria essa ideia.— Fala sorrindo.
— Mas pelo menos, nós temos esse tempo aqui.— Se levanta a ficar sentado no gramado.
— Esses minutos juntos, são os melhores que eu já tive, isso faz-me apaixonar-me cada vez mais.— Confessa para ele, ao também levantar-se.
— Então, vamos para o parque aqui perto, passar um pouco mais de tempo junto?— Sugere para ela.
— Está louco, não posso matar aula.— Sussurra para ele, para que os demais no gramado não ouçam.
— É somente hoje, meu amor. Dá última vez que você foi visitar a sua irmã, foram mais de 1 mês longe, está certo que nós conversamos por ligação, mas não é a mesma coisa, que estar aqui comigo.— Diz a colocar o cabelo dela, por atrás da orelha, sem perder o contado visual.
— Não sei o que eu seria sem você.— O abraça com força.
— Eu também não sei o que seria sem você.— reforça o abraço apertado.
...— • • • —...
Tereza desperta do sonho que estava a ter, por alexandra que estava ao pé da cama, a chamá-la enquanto puxa o cobertor, com o quarto bem iluminado pelas cortinas estarem abertas. Mais uma vez, tereza têm o mesmo sonho, que ela não aparentava gostar de tê-lo, para ela não tinha uma explicação, por não conhecer quem são as duas pessoas, todas as vezes. Alexandra chama ela, mais uma vez, não convencida que acordou:
Alexandra — Tereza, acorda... Esqueceu que tem aula hoje, vamos levantar.
Tereza — Que horas são?— Pergunta a bocejar e se espreguiçar, mal a conseguir abrir os olhos, pela luminosidade do ambiente.
Alexandra — Hora de levantar, daqui a pouco eu vou buscar o keffery, para levar vocês para a escola.— Se levanta na direção da porta do quarto.
Tereza suspira ao abrir os olhos, espreguiçada e com pouco sono, fica pensativa quanto ao sonho repetitivo que teve naquela noite passada. Ao levantar-se, nas primeiras horas da manhã, após tomar banho e se arrumar, ela toma o seu café, enquanto espera alexandra voltar com keffery. Não demora muito, e tereza sai de casa ao ouvir o som da buzina do carro, a sentar no banco de atrás, ao lado de keffery que a recebe a sorrir:
Alexandra — Tez, o keffery e eu estávamos a comentar sobre como vamos fazer uma pequena comemoração do seu aniversário.
Keffery — Eu pensei ser melhor, a tia alexandra fazer o bolo, ela faz uns deliciosos!— Diz com entusiasmo.
Tereza — E vocês aqui a contar?— Pergunta surpresa.
Alexandra — Você, não gostou?— Desliga o carro, a olhar para ela, através do retrovisor.
Tereza — É que gosto de surpresa, poderiam ter feito em segredo.— Responde com aprovação de um sorriso.
Keffery — Ah! Bom... Eu não sabia como reagiria, se fizéssemos uma surpresa, mas está bem, na próxima, nós vamos fazer.— Diz pouco aliviado.
Alexandra — Keffery!— Diz a olhar para o banco de trás, onde ele estava.
Keffery — O que foi, tia?— Pergunta para ela, sem entender.
Alexandra — Não era para dizer que vamos fazer uma surpresa, na próxima vez, agora ela já sabe.— Diz a balançar a cabeça, e com um sorriso liga o carro.
Keffery — Mas vai demorar muito tempo até lá, ela vai esquecer.— Tenta justificar.
Tereza — Não vou não, keffery.— Esclarece para ele, convencida que não irá esquecer.
Keffery e tereza estudam na mesma escola, ela foi matriculada recentemente, por isso, ainda não sabia tudo sobre a sala, e os professores. Logo ao chegarem na frente do campo da escola, eles vão direto para as suas salas, por não serem as mesmas turmas, ambos só teriam o momento para conversar, na hora do intervalo, e era isso que tereza queria, pois, precisava contar para ele, visto que estão sentimentalmente apegados.
Após algumas horas, o intervalo começa para as turmas do fundamental, tereza já estava na segunda semana dos estudos, quando alexandra conseguiu ter a guarda dela, passados pouco mais de um mês, do acidente acontecido. Keffery sempre preferiu passar o intervalo, na sombra de uma das árvores do campo, frente à escola, logo tereza também ficaria ao lado dele, por não ter tanta interação com os demais colegas, ainda, mas estava visivelmente abalada e sofria:
Tereza — Keffery... Posso ficar aqui, do seu lado?— Chega, pouco após ele, debaixo da árvore.
Keffery — É claro que sim, se não viesse, eu iria te buscar.— Responde com um sorriso no rosto.
Tereza — Sabe que eu te amo muito, não é?— Senta ao lado dele.
Keffery — Sim, eu sei, também te amo, e sinto-me feliz por ter você como a minha namorada.— Diz a se ajeitar, para ficar próximo a ela.
Tereza — Sabe que eu também amo a alexandra, por tudo o que ela fez por mim, após eu ter tido aquele acidente, e não saber de absolutamente nada, sobre os meus pais e sobre a minha vida.— Expressa discreta tristeza, a olhar para ele.
Keffery — Aonde quer chegar, tez?— Pergunta ele, preocupado com a resposta.
Tereza — Mesmo a não ter palavras, para poder expressar em gratidão, para ela, você keffery, é ainda a pessoa que eu posso confiar, e contar o que está a acontecer comigo.— Começa a deixar de manter contato visual, a desviar para o chão.
Keffery — E eu quero continuar a ter a sua confiança, tez. Sabe que pode contar comigo.— Segura a mão dela devagar, para atrair o seu olhar novamente para ele.
Tereza — Eu tive mais uma vez, aquele sonho que me perturba, desde do dia em que eu acordei no hospital... E eu não sei o que posso fazer, nem ao menos, entendo o que significa, o pior é que parecer ser tão real... entende?— Conta para ele, a anteceder a mão livre, aos olhos, para não ficar com a visão embaçado, pelas possíveis lágrimas.
Keffery — Oh tez... como eu queria-te ajudar, com esse problema, estou com você e sei o quanto isso é mau, para a sua recuperação. Fico triste em não conseguir ajudar...— O sorriso se perde na face preocupada, e pouco entristecida dele.
Tereza — Mas está a me ajudar.— Segura na outra mão dele.— Está aqui comigo, não me deixou por um momento, desde que nos conhecemos, já demonstrava algo além de pena, e isso é o que me faz querer sempre poder olhar nos seus lindos olhos, e sentir esse abrigo que tanto falta...
Eram poucas as palavras, mas transmitiam as pequenas gotas desse grande mar de emoções, feridos, machucados e pouco construídos, no mais profundo interior de tereza. As horas logo passam, e a tarde chega, junto com alexandra no carro, a buscar os dois adolescentes, que tinham em mente desde cedo, preparar o bolo da tereza, o quanto antes, pois, keffery precisava voltar para a casa, junto a sua mãe, irmã de alexandra, que iria para o hospital, no começo do entardecer.
Enquanto keffery estava em chamada com a sua mãe, na sala de estar, tereza e alexandra estavam na cozinha, a terminar de decorar o bolo. Aquele era o momento necessário, para tereza fazer uma pergunta, que ainda não tinha coragem de fazer, para a pessoa que resgatou ela, e cuidou como uma filha, a morar juntas naquela casa. Entre um silêncio e outro, tereza resolve ser direta, e fazer de uma vez essa pergunta, com o olhar fixo:
Tereza — O que aconteceu naquele entardecer, no dia do acidente?— Sente receio na pergunta.
Alexandra — Eu... já esperava que fizesse essa pergunta, só não sabia quando iria conseguir fazer...— Diz após suspirar, e deixar o sorriso de lado.— Confesso que tentei preparar a resposta, para poder explicar tudo..., mas até mesmo eu, queria saber o que aconteceu naquele dia.
Tereza — Eu, eu não entendi...— Mantém o seu olhar cansado, junto a sua atenção, voltados para ela.
Alexandra — Eu vou tentar explicar de maneira que consiga entender.— Após outro breve e lento suspiro, ela procura as palavras certas, e por fim continua.— No dia do acidente, eu estava na hora extra do trabalho, e precisavam de socorristas no momento, e eu estava disponível, somente não sabia sobre o que se tratava, lembro de ter sido uma chamada anônima, de uma batida de carro, na estrada principal, para o interior da cidade.
Tereza — Não sabe quem pôde ter ligado, se era alguém da minha família, que estava no carro?— Pergunta ainda triste, e quase sem esperanças de uma positiva resposta.
Alexandra — Infelizmente não, tez. Além de nós, a polícia já estava no local, e afirmou horas após, que também receberam uma chamada, mas ainda não encontraram o responsável, por ligar. Mas isso não é um mistério, também no exato momento do seu resgate, onde na sua retirada entre os escombros, pôde ser percebido que não havia mais ninguém no carro, sequer vestígios de alguém, além do seu... O que deixou várias dúvidas, naquele dia e até hoje, sobre estar aqui.
Tereza — Não... não faz sentido, não tinha como eu estar na frente, no volante a dirigir!... Alguém tinha que estar lá comigo, não faz sentido.— Começa a perder-se nesses questionamentos.
Alexandra — Tez! Calma...— Segura nos ombros dela, enquanto tenta manter contato visual.— Eu queria muito que isso que eu te falei, fosse uma grande mentira, mas não é... infelizmente, estava naquele carro, sem ninguém, no banco de atrás.
Tereza — As roupas que eu estava a usar, como elas eram?— Volta a se encontrar na conversa.
Alexandra — Eram bem diferentes, como as do meu tempo de juventude, sabe... anos 80 por aí. O estanho é, que essas roupas não eram para existir mais, após mais de três décadas.— Solta as mãos do ombro dela, e as volta para o bolo.
Tereza — Essas roupas não podem ser aquelas, dos moradores do interior? Já que o acidente foi na estrada principal de lá.— Os olhos começam a aliviar do peso, enquanto tenta assimilar.
Alexandra — Faz décadas, que esses tipos de roupas foram produzidas, e o povo interiorano não costuma usar esse tipo de roupa.— Diz enquanto keffery chega na cozinha.
Tereza — Vamos terminar essa conversa, uma outra hora.— Fala para ela, ao disfarçar quando keffery se aproxima delas.
Alexandra — Está bem, querida.— Confirma, ao terminarem de colocar a cobertura do bolo.
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Atualizado até capítulo 23
Comments
Ivania S N Temporini
Tua história tá maneira ...eu gostei e também já me ajudou com uma que estou escrevendo que é Aycha pois seu acidente me deu uma ideia.... tá muito boa....
2023-05-26
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