Capítulo 5 - Carta do futuro

Tez pensou ser melhor saber o que tem na carta, antes de tentar descobrir como funciona a esfera, o que até mesmo acreditou ser um manual, para o uso daquele objeto, que o mesmo, aparentava ser feito de um material nunca visto. Então, com a carta na mão, o símbolo que brilhava e incomoda, na sua barriga, parou de repente, o que dá certeza para ela, que seria certo fazer aquilo. Ao abrir com muito cuidado, ela começou a ler e se espantar, com tanta coisa para raciocinar, naquela mente já confusa, a querer incessantemente respostas.

...{Carta de Tereza R-132}...

"Tudo o que vive não é real! Pelo menos, não é a sua realidade..."

Escrevo esta carta sob perseguição, do mesmo ser que persegue todas nós, nos dois primeiros domínios das realidades. Tudo deve ser muito confuso para você, sei por que somos uma, divididas em domínios. Antes que eu possa ser pega, farei o possível, para explicar tudo, ou o suficiente, que precisará saber, para frustrar o plano do (4°) Dark, pois, aqui no futuro, ele conseguiu a sua maior ambição, unificar todas as realidades, num “loop” de 50 séculos...

• Relógio temporal

A sua história tem ligação direta, com o autor de tudo que aconteceu com você, e comigo. Dark obteve poder através de um artefato antigo, um relógio de bolso, não um qualquer, mas sim um relógio temporal, que dá acesso às outras realidades e domínios, que o portador desejar. Contudo, esse objeto não caiu na mão dele sem motivos, assim como esse relógio, existem mais deles que foram lançados nos domínios, para que a pessoa escolhida, tivesse contato direto.

Acredite, passei décadas de estudos, na tentativa de entender por qual propósito, esses relógios foram lançados, e quem os lançou. Infelizmente, não obtive resposta, assim como não consegui impedir, que o plano do (4°) dark fosse concluído, mas todos esses anos não foram vãos, obtive conhecimento necessário, para que através de você, as realidades possam ter mais uma chance. Antes que saiba mais sobre o relógio, futuramente, precisa saber sobre os domínios.

• Domínios

Desde sempre, existem ao todo, mil realidades, todas elas divididas em grupos de dez, com cem realidades cada, esses grupos são denominados "Domínios", isso por que um dos possíveis propósitos, do relógio temporal, é formar dez dominadores, cada um sobre, um domínio em que reside, todos com intelectualidade diversa. Além do poder individual, que cada portador do relógio temporal recebe, esse mesmo não poderá existir nas outras realidades, que não seja na limitação do seu domínio, com raras exceções, nesse caso, a sua tereza... nesse caso, a nossa.

• Dark

Apesar do (4°) dark ser o nosso inimigo, ele é a chave principal, para a salvação das realidades, e isso é nítido, quando afirmei que ele conseguiu dominar todos os domínios, e os uniu num “loop” de 50 séculos, algo que não é a toa. Nem mesmo os outros oito dominadores, puderam contra a sua maior invenção, a mesma responsável por garantir o seu êxito completo, e a morte deles.

A invenção que me refiro, é chamada holograma, algo que para todos os outros domínios, era algo comum e pouco útil, mas para dark era a arma perfeita, a única capaz de destruir todos os dominadores, e até mesmo, o próprio dark. Visto que o poder vindo do relógio temporal, é superior a qualquer outra invenção contra o mesmo. Mas o que fez dark evoluir a sua arma, a tal nível de destruição, capaz de sobressair os dominadores?

A resposta está na trajetória de dark, ou melhor, das suas versões, pois, ele foi o primeiro que encontrou o relógio temporal, antes de todos os outros, que encontraram décadas no futuro. Dark é com certeza, o mais antigo portador do relógio, que sobreviveu ao tempo, sempre a procura de desviar da própria morte, a cada passo das suas invenções, e principalmente, do seu propósito.

O tempo entre cada domínio, variava conforme o uso do relógio, o mesmo que têm o poder de viajar no tempo, contudo, existem limitações. A única diferença, quanto a viagem no tempo, é somente que, só pode viajar do presente para o passado, e não do presente para o futuro, caso queira mudar algo, a desvantagem era que se a viagem feita do presente para o passado, fosse com o objetivo de mudar algo, todo o presente seria apagado, e então, do passado seria uma nova trajetória cronológica, totalmente diferente.

Dark por sua vez, encontrou o relógio na década de oitenta, quando ainda era um adolescente, e consumido pelo poder, buscou seguir os seus próprios interesses, enquanto criava em secreto, a sua primeira invenção, o holograma. Décadas passaram na sua realidade, e mesmo que dark pudesse visitar as outras realidades, no seu domínio, ele preferiu ir a fundo, nas suas obras e planejamentos, o que ele resolveu passar adiante, para a sua segunda maior invenção.

Que era uma grande cápsula cilíndrica, toda preenchida com um líquido feito por ele, através do poder do relógio temporal, para servir como um escape da velhice, e a chance de dar continuidade às suas invenções, na questão do aprimoramento. Dark segurou até os seus 80 anos, e ainda que tivesse muito vigor, ele sabia que precisava se desfazer daquele corpo velho, então com a cápsula, ele transferiu nela, todas as informações e memórias, para uma nova forma criada a partir do líquido e do poder do relógio.

Essa nova forma, mais nova e vívida, que era mais que uma própria versão, foi chamada de 2° dark, após fazer a transferência, dentro de uma cápsula própria, o velho dark pereceu, para que o novo dark nascesse num corpo jovial. O agora 2° dark, viveu pouco tempo, menos que o esperado, por tomar outras decisões, apesar de serem o mesmo, apenas com alguns efeitos, ocasionados pelo poder do relógio temporal, esses são:

• 1° Dark — (75%) Inteligência; (25%) dark. Viveu 80 anos.

• 2° Dark — (50%) Inteligência; (50%) dark. Viveu 18 anos.

• 3° Dark — (50%) Inteligência; (50%) dark. Viveu 40 anos.

• 4 Dark — (25%) Inteligência; (75%) dark. Ainda vivo.

Essas foram as alterações que aconteceram com ele, ao longo das suas transferências, até a sua forma atual, que é a mais perigosa e responsável, por tudo o que acontece com você, e o que já aconteceu aqui no futuro, algo que eu não desejo a você. Por isso, mantenha a esfera futurista, próximo de você, caso venha um ataque. Sobre a vida dos demais darks, infelizmente eu não sei, porém, como pôde perceber, o holograma passou várias décadas em aprimoramento, para ser tornar a maior arma aniquiladora, de todas as realidades, a mesma que pode ir atrás de você.

Infelizmente, não tenho mais tempo para contar, mais coisas que precisa saber, mas saiba que assim como o dark, você também é a chave essencial, para garantir a salvação de todas as realidades. Não se preocupe, terá tempo para descobrir o que eu sei, e se possível, eu irei te resgatar, dessa ordem de eventos análogos coesivos, que o próprio (4°) dark criou, para que no final, ele tenha você nas mãos, e destrua tudo o que um dia, você mais amou... mais uma vez...

E a carta futurista se encerra, com um silêncio ensurdecedor, de várias perguntas, e tantas revelações, que transbordaram a mente de tez. Quase perplexa, e, ao mesmo tempo, sentida, com a explosão de sentimentos, que percorriam o seu interior, enquanto tudo aquilo, todas as aquelas informações, pareciam a enlouquecer. Contudo, sabia que precisava manter a calma, enquanto as lágrimas de vagas memórias, esperavam a hora certa, para desceram no rosto tremido e entristecido, de tez, ao guardar a carta.

Logo após guardar a carta, junto com a esfera, alexandra entra no quarto, com um aviso para tez, sobre levá-la ao médico, para verificar a marca misteriosa na sua barriga, que por conta de toda aquela correria, não teve tempo para resolver esse assunto. Tez logo se arruma, pois, estava pouco direrindo, todas as informações da carta, e pensava que pelo menos, a reposta de uma pessoa acostumada com doenças, ou algo semelhante, poderia aliviar a tensão, de tudo o que descobriu, mesmo que não fosse possível.

Ao ser levada de carro, até o hospital mais próximo, no beirar da noite, tez foi chamada para ir até o consultório, onde o médico em questão, a esperava, por alexandra ter marcado hora. Entre o médico e tez, estava uma barreira psicológica, juntamente com uma sensação indescritível, que assemelhava a sensação de não pertencimento, do seu próprio corpo, acompanhado de uma intensa e discreta certeza, que habitava em um corpo diferente, do seu original.

Na cabeça de tez, que passava por aquele fenômeno da sua mente, tudo aquilo durou mais que alguns minutos, mas eram apenas segundos, até alexandra chamar a sua atenção, para o médico que dirigia as suas palavras para ela, com um sorriso simpático, sentado na sua cadeira:

Alexandra — Tez! Responda quando o médico falar com você.— Chama atenção dela, ao mexer o seu braço.

Médico — Ah! Não se preocupe quanto a isso, ela deve estar sentido dores, ou algo semelhante, segundo a situação, que a senhora me repassou.— Intervém a fala dela, ao observar os papéis na sua mesa.

Alexandra — Exatamente, isso já faz alguns dias, e eu confesso que em todos esses anos, eu nunca tinha visto algo parecido, com o que ela tem na barriga.— Confima para o médico, ao demonstrar leve cansaço.

Médico — Muito bem, vamos ganhar tempo. Tez, pode sentar na maca, ao seu lado, e levantar a blusa por favor.— Pede, enquanto levanta até ela, para verificar a tal marca.

Alexandra — Está bem, tez?— Olha nos olhos dela, que acena com a cabeça, a dizer sim, enquanto segue o pedido do médico.

Médico — Sente fortes dores na região, próxima à marca, ou mesmo no centro dela?— Pergunta atento aos detalhes muito nítidos.

Tez. — Não sinto mais as dores, só incomoda as vezes.— Responde sem demonstrar, estar muito ansiosa, a olhar para os cantos.

Médico — Sobre essa marca, como ela apareceu no seu corpo?— Pergunta novamente, ao voltar para perto da mesa, a constatar o que escreveu em um papel.

Tez. — Da noite para o dia, sem explicação... ou quase isso...— Dessa vez, ela demonstra estar confusa.

Alexandra — Por favor, tez. Explique direito, para o doutor entender.— Chama mais uma vez, a atenção dela, sem saber o motivo de agir daquela maneira, tão pensativa, como naquele dia, no corredor do hospital, dessa vez, bem discreta.

Tez. — Como eu vou dizer algo que não sei, eu queria ajudar o médico, a me ajudar, explicando com isso veio parar em mim, mas se fosse tão simples, ele mesmo diria ao observar bem.— Aumenta o tom, desejando sair daquele lugar, e fugir de todos os pensamentos, que jorravam inúmeros questionamentos, a cada segundo.

Médico — Escute tereza, não precisa ficar assim, somente precisava fazer essas perguntas, para chegar um passo próximo, ao resultado do que seria essa marca. Já pode descer da maca, e aguardar na espera, preciso repassar algumas informações, para a sua responsável.— Se senta na sua cadeira, e organiza todos os papéis, ao deixá-los de lado, enquanto pensa brevemente.

Alexandra — Quando sairmos, teremos uma conversa muito séria.— Sussurra séria, ao acompanhá-la, até a porta do consultório.— O senhor já tem algum resultado, do que será essa marca, doutor?— Pergunta ao senta-se atenta, e preocupada com a resposta, após tez sair.

Médico — Infelizmente, pode não ser algo bom.

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