Ao terminarem de aproveitarem o bolo macio, alexandra leva keffery para o hospital, onde está a sua mãe, e irmã dela, onde se encontra em repouso, após a queda que sofreu na escada, nos seus últimos meses de gravidez. Tereza fica na casa, a combinar ir no dia seguinte com alexandra, sozinha, ela preferia recuperar a sua energia do dia, e logo descansar para amanhã cedo, já chegado o final da semana, para todos.
Tereza no seu quarto, fecha a cortina da janela, deixa o abajur desligado, não tranca a porta, e deita na sua cama, a se cobrir no escuro, e tentar mais uma vez, ter um sono tranquilo. Mas não era como se ela pudesse mudar a realidade, logo nas primeiras horas do seu sono profundo, ela tem o mesmo sonho, a seguir em continuidade com o anterior, algo que certamente não era normal, porém, era frequente e inesquecível.
...{Sonho}...
— Espera!... onde você vai?— Diz ele, a segui-la.
— Eu não quero conversar, está bem.— Continua a seguir pelo corredor afora.
— Sabe que precisamos conversar...— Consegue alcançá-la, e segurar no seu ombro.
— Eu já te expliquei o motivo, não tenho tempo!— Retira a mão dele, a elevar o tom da voz.
— Motivo? Não conversa comigo, não atender as minhas ligações, e quando eu encontro você, essa é a sua reação, ainda somos um casal?— Também eleva o tom de voz, numa tarde muito nublada.
— Mas precisa exigir uma explicação a força!?— Evita ela, um contato visual.
— O quê? Sabe o que está a dizer? Eu te conheço tão bem quanto me conhece, sei que existe algo errado com você.— Tenta ter a atenção dela.
— Algo de errado em mim?— Sorri incrédula para ele.
— Desde que voltou de viagem... não é mais a mesma garota que conheci.— Diminui o tom de voz aos poucos.
— Deixa de ser dramático, eu só preciso de um tempo, ainda não consegue entender?— Torna visível o nervosismo dela.
— Um tempo entre nós?...— Diz sem perder a atenção da resposta.
— Não! Eu estou a dizer sobre mim, eu preciso de um tempo para esfriar a cabeça! Por isso não atendi as suas ligações, e eu esperava que fosse paciente comigo, mas pelo visto enganei-me.— Olha para ele, a tentar explicar o que disse.
— Não jogue para mim, como se fosse eu, quem vivesse mudado...— Antes que terminasse, ele é interrompido por ela.
— Mudado em quê?— Questiona a fala dele.
— A garota que eu conheço, não esconderia nada de mim, assim como eu, nunca, escondi algo de você, ninguém nunca precisou te contar nada, pois, tudo o que acontecia, você era a primeira a saber, sejam os momentos bons ou maus...— Começa a se afastar dela, que somente o ouve.— Mas precisa esfriar a cabeça, então, não vou mais esquenta-lá, nem invadir o seu espaço...
...— • • • —...
Tereza acorda no meio da noite, assustada a suar bastante, mais uma vez, o que ela não queria sonhar, acabou por ter, mas isso não era o mais importante, naquele momento. Ela sentiu na sua barriga, ao redor do seu umbigo, uma leve e pouco dolorida, sensação de queimadura, o que fez ela levantar a sua camisa, após passar a mão no local, e perceber que a textura da sua pele mudou. O medo no olhar vidrado, para o símbolo formado no seu abdômen, passa para todo o seu corpo, e a completa dúvida tomava a sua mente.
Rapidamente a sua atenção voltou-se para a janela, alguém poderia ter entrado no quarto, pensava ao abrir a cortina e observar em volta, mas para a surpresa dela, estava do mesma jeito que ela deixou, antes de ir para a cama deitar. O brilho da lua a iluminar o quarto, não era mais atrativo que a luminosidade do símbolo no seu corpo. Quase num completo desespero, ela vai até o banheiro, para ver se tinha outros símbolos espalhados pelo corpo, com um medo mais real que julgava ser os seus repetidos sonhos.
Sem poder fazer nada, ela opta por voltar a deitar, e espera pelo amanhecer, ainda com receio de tudo o que acontecia com ela. Como haviam marcado de visitar a mãe de keffery, alexandra acorda cedo, e se prepara junto com tereza, que resiste em dizer o houve na madrugada, a evitar falar muito, fez a ida até o carro, em um completo silêncio. Alexandra não quis perguntar, mas percebia que ela estava a agir diferente, quase de maneira preocupante.
Keffery teve a autorização, para passar a noite no hospital, perto da sua mãe, e ele estava a esperar pelas duas, assim como a sua mãe, pela tereza. As duas chegam no local, com pouco movimento no interior, até o andar onde estava a internada, ao entrar no quarto do paciente, keffery expõe leve sorriso de lado, para as duas, não contente com a situação estável, da sua mãe:
Keffery — Vieram cedo...— Abraça alexandra.
Alexandra — Eu esperava encontrá-lo a dormir.— Reforça o abraço dele, com um beijo no cabelo.
Tez. — A senhora já melhorou?— Vai até ao lado da cama, com um tímido sorriso.
Alexandra — Essa é a sua "homônimo"[Pessoa que tem o mesmo nome que a outra], irmã.— Apresenta tereza, para ela.
Tereza — Ah! Então é ela, a garota que anda de romance, com o meu keffery.— Diz surpresa, a passar a mão no rosto da tez.
Keffery — Mãe!…— Fala pouco constrangido, enquanto todos riem da situação.
Tez.— É um prazer te conhecer, senhora tereza.— Diz, sem saber como reagir na frente dela.
Alexandra — Além de terem o mesmo nome, são bastante parecidas também.— Olha para as duas.
Tereza — O prazer é meu, tez. Infelizmente, não pude conhecê-la antes, tinha que manter sob cuidado, o meu filho que está para nascer.— Passar levemente a mão, na sua barriga com carinho, e um sorriso que só ela tinha.
Keffery — Mas pelo visto, o cuidado não foi o suficiente, e você caiu da escada, podia ter morrido ou perdido o meu irmãozinho. — Fala num tom triste, com a cabeça pouco curvada.
Alexandra — Keffery! Não fale dessa forma com a sua mãe!— Repreende ele, no tom calmo.
Tereza — Não se preocupe com o que ele falou, irmã. Eu entendo o motivo dele sentir-se assim, não é fácil perdermos alguém de tanto amamos, ele ainda está a superar a perda do pai.— Diz ela, a manter o seu olhar único, para o seu filho.
Alexandra — Sabemos o quanto é difícil, também deve ter se culpado pelo acontecido.— Concorda com a sua irmã, após um rápido suspiro.
Tereza — Não foi culpa dele, eu ter caído da escada, foi apenas um descuido da minha parte, mas o importante é que eu e o bebê, estamos bem, e logo iremos receber alta do hospital.— Consegue se levantar e ficar sentada na maca.
A conversa continua, e keffery ajuda a sua mãe, enquanto alexandra fica a perceber as atitudes de tez, que desde que chegou junto com ela, não falou com o keffery, apenas ficou pensativa, todo o tempo, após o início da conversa. Ao pedir licença para a sua irmã, alexandra chama tez para fora, no corredor para terem uma conversa, o que ela parecia saber bem claro, para ela, que não conseguia esconder a sua inquietação:
Alexandra — Vai-me dizer o que aconteceu, tez?— Olha para os lados, a perceber estar quase vazio.
Tez.— Não aconteceu nada de mais...— Fala para ela, a olhar o chão à direita.
Alexandra — Mas aconteceu, não foi?— Procura a atenção dela.— Sabe que eu não preciso ficar a pressioná-la, para dizer o que acontece com você, eu sou a sua responsável, e tenho muito alegria disso, porém, precisar dizer, se algo está a incomodar você.— Segura as mãos dela, com um olhar sincero, como de uma mãe, para a sua filha.
Tez.— Não sei explicar, então...— Levanta a sua blusa, discretamente.— Eu acordei com isso no meu corpo.
Alexandra — Tez, mas... como?— Precavida, ela confirma não passar ninguém por perto, se abaixa para observar aquilo, ainda brilhoso.
Tez.— Eu verifiquei a janela e a porta, estavam da mesma maneira que deixei.— Diz com vergonha, e ainda confusa.
Alexandra — Mas isso não deveria acontecer, tem os alarmes na frente, iriam acionar, se alguém tentasse entrar na casa.— Afirma com a certeza, que os mesmos estavam em perfeito estado.
Tez.— O que adianta ter alarmes de segurança, e não ter câmeras de vigilância, daria para saber, se alguém realmente entrou na nossa casa.— Pouco triste, reclama para ela.
Alexandra — Tem razão, meu amor. Deveria ter reforçado a segurança de casa, agora que eu tenho você comigo. Escuta o que eu vou dizer, eu vou resolver esse assunto das câmeras hoje, e após isso, vamos marcar uma consulta, para saber a origem dessa marca, no seu corpo.— Garante a segurar no rosto dela, e transmitir para ela tranquilidade, através das suas palavras.
Tez.— Está bem...— Diz enquanto consegue ter calma, e deixar de lado essa preocupação.
Passados algumas horas, após todos almoçarem, no início do entardecer alexandra vai com keffery, para comprar as câmeras, e resolver toda essa situação, para tirá-lo por um momento, daquele ambiente hospitalar, por conta da sua mãe. Tez resolve ficar com a tereza, naquela instante, os corredores e salas do hospital, estavam mais que movimentados, e a mãe de keffery precisou ficar de repouso, até a chegada do médico, a dormir, sobre a observação de tez, a pensar no sonho.
E de repente, tez começa a sentir junto com as paredes do hospital, um leve tremor de arrepiar o seu corpo, e a faz sentir o símbolo na sua barriga, queimar levemente, fazendo-a sair pelo corredor, onde podia ouvir o som das pessoas assustadas. Porém, para o desespero dela, não estava mais ninguém, apenas roupas jogadas no chão, a dor aumenta tanto, que ela cai de joelhos, o que logo passa, da mesma maneira que veio a tê-la.
Ao se levantar, com a testa suada e a cambalear, ela entra novamente no quarto, onde está a mãe de keffery, a conseguir apoio na parede, para se manter de pé, com a vista pouco embaçado. A visão recobra para o seu susto, sem perceber antes, tereza também não estava ali, e foi ainda mais estranho, pois, não ficou as suas roupas, o que logo tez sentir e veio a ter certeza, que quem fez o símbolo na sua barriga, era o mesmo que levou a mãe de keffery, e então um grito é ouvido.
O símbolo começa a brilhar, e se conectava com ela, de maneira que sentia para onde tinha que ir, a correr do corredor para a escada de incêndio, até o térreo, na direção do lado do hospital, onde tinha um pequeno campo, junto a um lago que tinha ponte. Lugar esse, que tez afirmava estar tereza, levada por quem quer que seja. O tempo passou tão rápido, que estava escuro fora, e tez chega no lado do prédio, e consegue vê uma cena que não sairia mais da sua mente...
Uma silhueta de alguém, que não dava para saber quem era, pelo brilho intenso de algo atrás, que parecia ser um portal, e com o local escuro, pelas lâmpadas do poste estarem queimadas, somente podia confirmar existir um ser misterioso. O que deixou tez paralisada, e quase sem reação, foi ver outra sombra no chão, perto desse ser, jogada e sem se mexer, o que tez conseguiu identificar, e confirmar ser a mãe grávida de keffery, tereza...
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Atualizado até capítulo 23
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