...{Cemitério local}...
Watterson — Estamos aqui presentes, em inconsolável dor, para prestar condolências, uns aos outros, pela desalentadora perda e ausência, da nossa querida e eterna amada, Tereza McLaren. Acredito que esse momento estar a ser dificultoso, para cada um de nós, e a vida nos exige que sejamos fortes, diante do repentino abalo do luto, de quem nunca nos esqueceremos nos nossos corações, e permanecerá viva, nas nossas memórias, junto a seu fruto, que também veio a partir no seu ventre. Esse é o momento em que a vida termina, e por respeito e afeto, todos reservamos essas horas, para dar o nosso último adeus, sem mágoas, sem ressentimentos, sem remorsos, apenas o nosso mais sincero silêncio, pois, todas as palavras que desejaríamos dizer, estivemos com ela em vida, para expressar, agora, deixaremos que as nossas lágrimas reguem, as tristezas de não poder mais tê-la ao nosso lado, e dizermos o quanto a amamos.
Após as palavras do revendendo chamado para o velório, todos começam a prestar as últimas homenagens, com flores e despedidas, enquanto o caixão baixava, tudo em um completo silêncio. Keffery não saia da frente do túmulo, ainda que alexandra e as demais pessoas, tentassem o confortar, com um abraço e palavras de consolo, nada mudava a expressão sofrida e inconsolável dele, após eles saírem do cemitério, alexandra e keffery vão ao encontro do reverendo, que os esperava:
Alexandra — Reverendo watterson, agradeço por ter aceitado o convite.— Chega junto de keffery.
Watterson — Sabe que nunca recusaria vir aqui, para nós encontrarmos novamente, infelizmente, foi nesse momento de luto.— Diz a segurar um livro na sua mão.
Alexandra — Keffery, ele o reverendo watterson, amigo de longa data, da nossa família.— Diz a apresentá-lo para ele.
Watterson — Eu conheci a tereza e alexandra, ainda pequenas, quando iam para a missa, todos os domingos. Vi cada uma crescer.— Estende a sua mão na direção dele, para o cumprimentar.
Keffery — Agradeço por vir...— Aperta a mão dele, ainda a expressar muita tristeza.
Watterson — Eu confesso que fiquei em choque, ao saber desse acontecido, com tereza e outras várias pessoas.— Fala para alexandra, num tom de preocupação.
Alexandra — Não consegui dormir por conta disso, a polícia ainda continua com as investigações.— Diz pensativa.
Watterson — Antes que eu ir, queria saber em qual estado está, a sua filha?— Pergunta a olhar brevemente, para keffery.
Alexandra — Ela... ela está bem, apenas sofreu muito, por presenciar aquela cena, por isso não está presente aqui.— Segura nos ombros de keffery, enquanto explica.
Watterson — Entendo, vivenciar uma situação dessa, após estar em recuperação daquele acidente passado, não é fácil para ela, ter que lidar com tudo isso.— Enquanto ele fala, keffery o observa.
Alexandra — Mas ela não está sozinha, reverendo watterson, estamos com ela.— Garante para ele.
Watterson— É excelente saber que ela tem todo o apoio que precisa. Pois bem, não ficarei muito tempo na cidade, ainda preciso continuar a minha campanha, desde agora, agradeço por poder reencontrar com você, alexandra.— Diz novamente a estender a mão, para se despedir.
Alexandra — Também agradeço, reverendo.— Se despedem ali mesmo.
Ao entrarem no carro, alexandra tinha em mente, levá-lo para a casa dela, mas logo keffery a avisa que deseja ir para a sua casa, e ficar sozinho. Por mais que isso não fosse bom, já que aquele lugar atrás muitas memórias, ele ainda ficaria sozinho, pois, tereza era a sua única companhia, já que o tempo de alexandra sempre foi corrido, pelo seu emprego. Ao levá-lo para a casa, ela volta para a sua, a encontrar a tez, para dar-lhe um aviso.
Ao entrar pela porta, alexandra vê tez sentada no sofá em frente a televisão, que logo percebe a chegada dela na casa, séria, ela anda na direção dela, a sentar na mesinha de frente para ela. Tez estava a assistir qualquer coisa que aparecesse, somente precisava distrair a mente, ao mesmo tempo que pensava abrir ou não, aquela carta, ou verificar o que têm dentro da esfera futurista, mas naquele momento, o importante era ouvir o que alexandra tinha para dizer a ela:
Alexandra — Tez, o que eu vou dizer será muito importante, para saber o que aconteceu ontem. Eu recebi uma ligação da polícia, e eles querem que esteja presente no interrogatório.— Explica com calma, para ela.
Tez.— Um interrogatório?— Pensa em voz alta, por não esperar uma notícia dessa natureza.
Alexandra — Exatamente o que ouviu, temos que ir pela tarde, e eles prontificaram-se, a esperar a sua presença, sabe que é importante para que as investigações continuem.— Olha nos olhos dela.
Tez.— Sim... eu sei.— Diz sem jeito, por não saber o que fazer com essa informação.
Elas então terminam essa curta conversa, para irem almoçar juntas, no restaurante próximo, e após saírem do estabelecimento, irem direto para a delegacia, onde o delegado estava pronto, a esperá-la para o interrogatório. Ao chegarem, o ambiente estava quase vazio, e alexandra logo foi na recepção, procurar informações sobre onde tez tinha que ir, ao saber ela leva-a no corredor a sua frente, para a terceira sala do local, e avisa que ela teria que ir sozinha, enquanto esperaria na recepção. Sozinha e sem saber o que ela tem que falar, na sua primeira interrogação, tez com certo receio entra na sala, onde vê o delegado:
Delegado — Tereza, está lembrada de mim?— Diz ao vê-la, a estar sentado frente a mesa do interrogatório.
Tez.— Você fez parte do meu resgate...— Lembra quase que imediato, ao respondê-lo.
Delegado — Que bom que lembra, sente-se por favor. A sua mãe deve ter avisado, que eu estava a esperá-la, precisamos colher as informações que somente você têm, por ser a única presente no local da fatalidade, a ter presenciado detalhes que são importantes, para chegarmos a esse culpado.— Fala para ela, enquanto verifica a sua prancheta.
Tez.— Eu não sei o que vou dizer...— Diz num tom baixo, sentada de frente para ele, a olhar a mesa iluminada pela única luz da lâmpada, no centro da sala que predominava uma tonalidade cinza-escuro.
Delegado — Não precisa se preocupar com isso, essas perguntas são diretas, não há respostas erradas ou afirmações incertas, o que você viu e lembra, é o que irá contar-me. Entendido?— Diz o mais esclarecedor possível, ao olhar fixamente para ela.
Tez.— Sim...— Confirma para ele.
Delegado — Vamos começar. Sabe por que está aqui?— Pergunta ao apoiar a sua prancheta na mesa.
Tez.— Eu estou aqui para contar o que presenciei na noite do assassinato.— Responde em seguida.
Delegado — Não somente o assassinato de tereza McLaren, mas o desaparecimento de todas as pessoas do hospital, naquela noite.— Acrescenta seriamente, a resposta de tez.
("Tez.— O desaparecimento de todos!?… Como isso é possível?… "— Pensa espantada com o que ouviu.)
Delegado — O que você viu exatamente, naquela noite, momentos após o desaparecimento das pessoas no hospital?— Apoia os braços sobre a mesa, atento para a resposta.
Tez.— Quando eu percebi que ela não estava na maca, e tinha sumido junto com todos, lembro de ter ouvido alguns sons, e tentei seguir onde estava a vir, foi aí quando eu fui para os lados do hospital, e encontrei ela jogada no chão...— Interrompe a explicação, receosa em continuar.
Delegado — Somente isso? Não tem mais a nos contar?— Questiona ela, que toma coragem para continuar o seu relato.
Tez.— Tinha uma pessoa na frente dela, em pé, e não dava para ver quem era, somente a sombra de quem quer que seja.— Começa a lembrar-se dos detalhes, a medida que relata.
Delegado — O que te impedia de ver? A distância entre vocês? A pouca iluminação?— Segura na sua prancheta novamente.
Tez. — Não exatamente a pouca iluminação, mas um brilho forte atrás dele, que tinha quase um formato oval...— Tenta explicar para ele.
Delegado — Um brilho forte atrás dele?— Procura a confirmar o que ela disse.
Tez.— Deve ser por onde ele veio, e escapou.— Confirma a sua fala, sem saber descrever aquilo que viu, mesmo a saber que não era comum.
Delegado — Após perceber que tereza McLaren sumiu do seu quarto, você seguiu alguns sons que a levaram para o lado do hospital, onde encontrou a mesma jogada no chão, e com o assassino iluminado por um brilho intenso, pelo qual sumiu.— Diz a recapitular o que tez disse.
Tez.— É tudo o que eu me lembro...— Diz ainda muito pensativa.
Delegado — Então, o responsável pelo sumiço de todos do hospital, e a morte repentina de tereza Mclaren, foi uma pessoa em um portal?— Fica incrédulo com tudo aquilo que ouvia.
Tez.— Eu sei que parece mentira, ou que tudo o que relatei possa ser pareidolia, mas é somente isso, que permanece na minha mente, é sempre a mesma cena, antes de eu ficar inconsciente...— Afirma com todas as palavras, pois, não queria que ele a tenha por mentirosa.
Delegado — Não precisa tenta provar ser verídico, todas as respostas das perguntas que eu fiz, de qualquer forma, detalhes ditos, ainda podem ser útil. Por hora, é somente isso, pode ir para a sua casa.— Conclui o interrogatório, enquanto estava anotar algo em um papel, para entregá-la.— Esse é o número que você precisa ligar, no caso de urgência.
Tez pega o papel com o número, e sai da sala em silêncio, enquanto o delegado fica a pensar sobre esse interrogatório, que não deveria terminar. Na sua prancheta estava mais algumas perguntas, que ele deveria ter feito, mas o rumo que estava a tomar, o fez encerrar por ali. Discretamente atrás dele, estava aquilo que não era a parede, mas sim o espelho espião, onde o delegado se revira com a mão da boca, como se estivesse a olhar para alguém do outro lado, que não podia ver.
Tez volta para a casa, junto a alexandra, e a hora havia passado depressa, e o entardecer começa oculto entre as nuvens do céu nublado, e mais uma vez, mesmo com insistência, keffery decide ficar e dormir na sua casa. Por mais que o lugar onde keffery morava, não fosse longe e também não apresentasse perigo, alexandra sabia que não era bom para a saúde mental dele, uma vez que estava consideravelmente afetada, porém, obrigá-lo não seria a melhor forma de ajudá-lo.
Ao chegar na casa, tez segue direto para o seu quarto, e pega o seu celular, a fim de enviar uma mensagem para ele, ou até mesmo fazer ligação. Mas para a surpresa dela, ele não recebeu a sua mensagem, e não atendeu as ligações que ela fez, e tez ficou nessa tentativa de manter contato com ele, já que ela desejava muito conversar, e somente ele seria a pessoa certa, naquele vago e confuso momento. Após algumas horas, decide por dormir, e deixar para amanhã, aquilo que ela queria fazer, mas não foi assim que aconteceu.
Tez precisava abrir aquela carta, ver como era que funcionava a esfera futurista, e o tempo passava, e ela não conseguia dormir com aquilo próximo dela, e com o certo incômodo que o símbolo na sua barriga fazia. Então, não mais a aguentar, ela vai até a carta para abri-la, e saber mais o que estava a acontecer, de uma vez por todas. A pouco receio a olhar para os lados, ela até sentia-se observada, mas já estava com a carta na mão, e nada a impedia de ler ali mesmo.
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Atualizado até capítulo 23
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