Giovana e Bruno, desejos

Entro na cozinha para ajudá-lo com a mesa e ele está todo sexy com uma calça de moletom solta e uma camiseta branca, meu coração chega disparar mas não deixo ele perceber meu instinto selvagem de gata no cio.

Eu me abaixo para pegar os talheres e sinto um volume viril tocando minhas costas. Levanto-me com calma e me viro em sua direção lhe fazendo ficar estático e com a respiração ofegante, sinto que sua boca tocará a minha e me afasto rapidamente saindo da armadilha que ele armou na cozinha.

Sentamos a mesa e a conversa está agradável entre os quatro que falam de tudo um pouco com bastante leveza e sem a pressão de termos algum envolvimento amoroso.

Ele ajeita às costas na cadeira de designer exclusivo, da sala de estar de um grande advogado, onde o luxo impera por todos os cômodos do apartamento no Jardim Paulista, na área nobre de São Paulo.

Abre um sorriso lindo e com audácia passa a mão por minha perna e a aperta me causando um arrepio e aumentando a minha libido que está com testosterona acumulada de dias de castidade.

Eu me desvencilho o provocando ainda mais, pois esse é o nosso intuito dessa noite, fazermos eles se declararem e chegarem ao extremo.

Dou por mim que ficamos sozinhos na sala de estar e caminhando em direção a outra sala, sinto sua mão me segurando e me colocando contra a parede:

__ Podemos conversar agora?

__ sim, mas não aqui! Vamos para a sala, é melhor.

Ele vem atrás de mim e sento-me no sofá e ele senta-se bem ao meu lado.

Olho em seus olhos e estamos muito perto, sinto sua mão passar por toda minha coxa e puxando meu corpo em sua direção. Sua mão enfia por meu pescoço e por baixo dos meus cabelos úmidos, seu olhar fixo e sua voz não sai:

__ O que você quer falar comigo?

__ Eu quero ficar com você!

__ Ficar, comigo? ... Como?

__ Ficarmos, hoje, agora. Eu sinto muitas saudades e não penso em outra coisa, a não ser em tudo que aconteceu entre a gente.

__ Você sabe das minhas condições para isso.

__ Eu sei e, estou...

Ele está falando e o telefone dele toca insistentemente em cima da mesinha a nossa frente, vejo na tela escrito meu amor. Ele não percebe que eu vi a tela da chamada e, apaga a chamada que em segundos chama novamente.

__ Você não vai atender?

__ Sim, eu vou!

Ele levanta-se e vai em direção a sacada do prédio que tem uma linda vista para os jardins:

__ Oi! Algum Problema?

...

Avisa às crianças que estarei em casa para o almoço.

...

Não, não se preocupe comigo, estou bem! Amanhã a gente conversa sobre isso...

Ele está aqui comigo e marcando de almoçar com seu amor e as crianças. Um nó invade minha garganta e corro para o quarto. Tranco a porta e deito na cama chorando horrores. Não vou me dispôr a esse papel de amante e muito menos ser uma destruidora de lares.

Ouço uma leve batida na porta e não atendo, tenho medo das minhas fraquezas e de não suportar a tentação e me atirar em seus braços e fazer o papel de amante.

Rodo na cama de um lado para o outro e não consigo dormir, vou até a cozinha, já é madrugada e estou com calor, tomo uma água e quando me viro em direção a porta ele está parado, de pé e sem camisa. Eu estou bamba, em choque e desesperada.

Ele vem lentamente em minha direção e diz:

__ Você não vai fugir de mim, agora!

__ Eu não estou fugindo, eu só não quero complicação para minha vida.

__ Você não quer a sua vida complicada quando já deixou a minha destruída.

__ Eu não sei do que você está falando.

Dou-lhe uma resposta e ele contra ataca se aproximando lentamente até me colocar contra o balcão da pia:

__ Você bagunçou minha cabeça, desarrumou minha vida e me fez ver o mundo por outra perspectiva e, agora diz que não quer complicar sua vida. Pois saiba que a minha está complicada e agora você não tem querer.

Ele me pega a força e me beija num beijo bruto e sedento e o que eu temia sobrepõe minha razão e bom senso e sinto meu corpo sendo erguido até a bancada e nossos corpos travarem uma batalha de paixão e luxuria. Sua boca invade a minha e suas mãos apalpando meus seios tira de mim gemidos insanos e estou pingando fluídos de desejos, até que sinto seus dedos entrando em minha intimidade e provocando prazeres inimagináveis e sua boca devorando a minha. Gozo em sua mão e me contorço em seus dedos:

__ Vamos para o quarto!

Ele fala levando os dedos a boca e com um olhar penetrante eu desço da bancada, ele me puxa pela mão até o quarto onde não temos mais tempo para nada, apenas sua boca pelo meu corpo e me sugando novamente me leva a um segundo orgasmo e depois de algumas investidas com seu membro viril e latejante chegamos ao clímax de prazer.

Ele me beija novamente e diz:

__ Você quer namorar comigo?

Eu olho em seus olhos e fico em dúvida por causa do telefonema. Ele espera uma resposta olhando nos meus olhos e repete a pergunta:

__ Você quer namorar comigo?

__ O que te levou a essa decisão?

__ Eu gosto de você e estou disposto a tentar.

__ Tentar não quer dizer que dará certo, precisamos de sentimentos envolvidos e, quem é essa mulher que te liga sempre, com o codinome: Meu amor?

Ele abre um sorriso gostoso e diz:

__ Então foi isso que te fez fugir de mim mais uma vez?

__ Sim, eu não quero confusão para minha cabeça.

__ É a minha mãe e os meus sobrinhos. Eu sou como um pai para eles, depois que minha irmã ficou viúva.

Foi como um bálsamo às suas palavras, mas não suficientes para eu ter a certeza de que dará certo esse relacionamento. Eu preciso da palavra-chave que ainda não foi dita e estou ansiosamente esperando:

__ Então você aceita ou não?

__ Eu não sei, eu quis tanto e agora tenho minhas dúvidas se não será uma perda de tempo, sei que só saberemos se dará certo ou não se tentarmos. Mas eu não tenho mais tempo a perder, quero entrar num relacionamento sólido e sem dúvidas.

__ Então me diga quais são as suas dúvidas?

__ O que você sente por mim?

__ Eu gosto muito de você e de ficar com você.

__ Eu também gosto de você, mas apenas gostar não é o suficiente para um namoro nessa distância.

__ E o que você me propõe?

__ Eu não sei, mas talvez fosse melhor cada um seguir seu caminho.

__ Não, isso eu já tentei e não deu certo. Eu quero ser seu namorado, vamos tentar e se a gente ver que não dará certo, a gente termina.

__ Eu te darei a resposta depois do carnaval, preciso pensar.

__ por quê depois do carnaval?

__ Sim porque até lá será tempo suficiente para sabermos o que sentimos um pelo outro. Por enquanto ficamos como está. Seremos amigos e se nos encontramos novamente e estivermos sozinhos a gente fica junto.

Ele me olha chateado mas não tem coragem de dizer a palavrinha mágica, um simples "Eu Te Amo", é tudo que eu preciso ouvir da sua boca, porque eu tenho certeza do meu amor por ele e quero ter a mesma certeza dele por mim...

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