Chego da vila bem animada, minha sogra prepara o almoço e eu peço autorização para usar o fogão e fazer um almoço especial para meu peão. Ela sorri, satisfeita com meu cuidado e preocupação com seu filho.
Eu preparo um estrogonofe de frango e batata souté. Minha sogra fez o arroz bem soltinho na panela de pedra e, por fim, todos adoraram a minha comida.
Preparo uma cesta com os alimentos todos separados em vasilhas térmicas e pergunto ao meu sogro por onde ele anda nessa imensidão de terra.
Ele está no alto da lavoura, no galpão de armazenamento, vá pela estrada direto e você verá o galpão no meio da lavoura.
Saio toda entusiasmada e cheia de expectativas. Pois, eu quero lhe fazer uma surpresa.
Caminho por uma hora em uma ladeira perigosa no meio da lavoura, a estrada está boa mas qualquer deslize é um acidente grave. É muito longe e, com certeza, difícil ir e voltar para almoçar.
Avisto sua caminhonete no meio da lavoura, o funcionário está carregando balaios de café, pergunto a ele onde o Renan está:
__ Bom dia! Onde está o Renan?
__ Está no galpão, na empilhadeira, se quiser pode ir com a caminhonete.
__ Vou deixá-la aqui por enquanto, depois eu a busco.
Deixo a caminhonete na estrada e chego a pé, sem fazer barulho.
Ouço uma conversa alterada e fico de longe observando:
__ O que você faz aqui, Rosinha?
__ Eu quero saber que história é essa de casamento? Você está louco? Você não pode se casar com essa baiana.
Ele desliga a máquina a sua frente, desce da cabine e a segura pelo braço:
__ Eu não quero ser grosseiro com você, mas ficou bem claro que não temos mais nada um com outro. Eu amo minha baiana e vou ficar com ela e quero você fora do nosso caminho. Vá embora daqui agora!
__ Você não pode fazer isso comigo, eu te amo Renan!
Ele fecha os olhos, solta a respiração e pacientemente fala com ela:
__ Nunca foi amor! Foi amizade, companheirismo e sexo, você sabe disso!
__ Eu sei que sempre te amei e pensei que um dia você pudesse me amar.
Ela passa a mão em seu rosto e desce para seu peito. Ele segura firme sua mão e a retirando do seu corpo lhe encara:
__ Quem ama não trai, não fica com outras pessoas e muito menos aceita que que o seu amor fique com outras.
__ Mas era consensual! Você não queria ficar preso a ninguém.
__ Mas hoje eu estou preso a ela e não sei viver, respirar ou se quer pensar em ficar longe dela. Por favor, vá embora!
Ela se afasta dele e com ódio lhe esbofeteia com força, seu rosto vira e ela sente ódio dele. Ela sobe em sua moto e sai feito louca pela estrada, eu volto para a caminhonete e venho com ela até o galpão, dando a entender que acabei de chegar e não sei nada do que se passou.
Ele olha para trás pensando ser seu pai chegando e abre um sorriso lindo quando me vê descendo da possante preta.
Ele vem ao meu encontro e me beija com desejo e ternura. Nossos corpos grudam um ao outro e meu coração está acelerado. Sua boca passa em meu pescoço e sinto sua respiração e a necessidade de afeto.
O aperto em meus braços e digo:
__ Eu trouxe o seu almoço.
__ Não precisava, eu ia comer umas frutas daqui a pouco.
Mordo o lóbulo da sua orelha e sussurro:
__ Frutas? Não! Sua sobremesa é torta de morango e já está prontinha.
Dou-lhe um beijo e mordo seus lábios, ele dá um sorriso e me puxa para a caminhonete. Damos," uns pegas gostoso," antes do almoço e outro depois. A sobremesa é servida com fartura e ele se esbalda. Fizemos amor por mais de hora num quarto improvisado dentro do galpão.
O ajudo a ensacar alguns grãos e depois a empilhar as sacas de café. Aprendo a manusear a empilhadeira e juntos terminamos o serviço que ele faria sozinho.
Ele retira a camisa suada e meu corpo ainda dá espasmos dos prazeres que sentimos mais cedo. O observo pegando as sacas e vejo sua virilidade nas musculaturas do seu corpo enorme. Sua calça jeans apertada nas coxas e seu membro grosso pronto para outra rodada denuncia o que ele está pensando enquanto trabalha pesado.
Seu sorriso safado é um convite para mais uma foda maravilhosa. Ele se aproxima e me tira de dentro da empilhadeira, meu corpo desce pelo seu e e ele me aperta contra o metal frio nas minhas costas:
__ O que você acha de voltarmos para o quartinho?
__ Eu acho que precisamos de um banho, um café e uma cama mais confortável.
Solto do seu corpo, coloco seu chapéu em sua cabeça, ele pega sua camisa e avisa ao funcionário para levar sua caminhonete.
Ele entra na caminhonete do seu pai e voltamos para a fazenda passando por um outro caminho. Ele quer me mostrar a grande plantação de milho e feijão.
__ Vou precisar de ajuda com a colheitadeira, se você estivesse aqui poderia me ajudar, você pilota bem e poderíamos revezar na máquina.
Ele fala com um sorriso lindo e me olha apaixonado:
__ Essa não poderei te ajudar, mas na próxima colheita eu estarei aqui em definitivo e faremos juntos, tudo faremos um ao lado do outro, eu te prometo.
Ele pega minha mão e a beija com ternura. Chegamos na fazenda e encontramos seus pais apavorados, sua mãe corre ao seu encontro e o abraça chorando.
__ O que aconteceu, mãe?
Seu pai bate a mão em seu ombro e o puxa para seus braços, e lhe mostra a caminhonete capotada no alto da lavoura.
O meu coração dispara, pois o cafezal é no alto de uma serra, meu estômago revira e sinto uma pontada no peito...
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Atualizado até capítulo 86
Comments
Marli Santos
meu Deus que coisa horrível
2023-12-11
1
Adriane Alvarenga
Misericórdia. ...deve ser a Rosinha quem capotou a caminhonete.....
2023-11-27
0
Sara Araújo
minha escritora preferida volta logo já estou com saudades da sua história 😘
2023-05-26
5