Sendo direta.

Zayan

Para mim foi a gota d'água, ficar uma baita de uma gatinha, e ficar pensando na Cecília, que merda é essa, que estava acontecendo comigo. Rezava para aquela aposta acabar logo, por que, não sei, acho que queria distância daquela garota para sempre, para não precisar chegar perto dela nunca mais. Meio revoltado da vida, comigo mesmo, nem percebo quando caio no sono, dormindo de roupa. Acordo, cheirando a álcool, e socando o despertador, ainda meio sonâmbulo, vou até o banheiro, entro debaixo do chuveiro de roupa e tudo, vou me despindo lentamente. Depois de alguns minutos debaixo do chuveiro, saio enrolado em um roupão, como é sábado fiz um pouco de hora na cama, já eram quase 10h, quando decido descer para tomar o café da manhã. Por um milagre, vejo minha mãe se retirando da mesa.

Zayan: Bom dia, senhora Danna!

Danna: Que horas chegou ontem?

Zayan: Já era tarde!

Danna: Até quando ficará aí achando, que a vida é parque de diversões?

Zayan: E até quando a senhora ficará assim tão séria? Relaxa mãe, é sábado!

Danna: Sim, eu sei! Mas alguém tem que tocar o negócio da família! Espero que tenha um bom dia!

Zayan: Bom dia. — Falo, já sentado à mesa do café, me sirvo de um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, meu preferido, é uma xícara de café bem forte. De repente chega uma notificação no meu celular, é uma mensagem da Cecília, dizendo que precisa falar comigo, perguntou se eu podia ir à casa dela mais tarde. Respondi que sim, que irei logo depois do almoço. Assim que termino o café, vou até a piscina, dá um mergulho, logo me vem ela na cabeça. São pensamentos ansiosos, que me consumiam por dentro, querendo saber o que ela tem de tão importante para falar comigo. Logo, chega a hora do almoço, a empregada logo me chama, digo a ela que esperarei por minha mãe, então a mesma diz, que minha mãe almoçará na empresa, então saio da piscina, meio indignado pela ausência dela.

Já na mesa, almoço sozinho, até chamei Paula, para se juntar a min, mas ela, não aceitou, pois morria de medo da minha mãe, do jeito severo dela. Após comer algumas colheradas da comida, que está deliciosa. Subo correndo para meu quarto, tomo outro banho, visto uma roupa bem despojada, já que o sol resolveu das as caras. Após me vestir, arrumo o cabelo, pego meu celular, e chamo um táxi, o mesmo que deixou na casa de Cecília, outras vezes. Não demorou muito para chegar, o trânsito está bem tranquilo, e ele conhecer o endereço já era uma vantagem. O taxista estaciona, o pago, e ele segue seu destino. Caminho até porta, toco a campainha, e Cecília logo me atende, com uma cara de poucos amigos.

Zayan: Oi, queria falar comigo?

Cecília: Sim, entrem! Proponho subirmos!

Zayan: Aconteceu alguma coisa? — Pergunto cheio de receio.

Cecília: Conversemos no meu quarto!

Subimos as escadas, era uma agonia tão grande dentro de mim, que parece que os degraus não acabavam nunca, levaram segundos para chegarmos ao quarto, mas devido a minha ansiedade, parece que foi horas subindo aquela escada.

Cecília: Por favor, sente-se!

Zayan: Obrigado.

Cecília: Serei bem direta com você!

Zayan: Por favor, acabe com minha aflição.

Cecília: Isso, tudo que tá acontecendo entre nos, nossa amiga, essa desculpa de estudar juntos, sempre estamos inventando uma desculpa para estarmos juntos. Aliás, a gente nunca, sequer fomos amigos. Toma aqui seu livro, e me deixa em paz!

Zayan: Olha se é por causa do... Do, beijo, me desculpa...

Cecília: Zayan...

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