A aposta.

Zayan

Finalmente chega a hora de ir embora. Os horários acabaram mais cedo, devido ao interesse dos alunos em apenas saber os resultados, a maioria deles deixou o local mais cedo. De longe, vejo Deivis, correr em minha direção, com um sorriso cafajeste, estampado no rosto.

Zayan: Conheço esse sorriso

Deivis: Não vai acreditar na ideia que tive! Ahh, Moleque! Sou demais!

Zayan: Vai, conta logo, qual foi a ideia, mirabolante? — Pergunta, revirando os olhos.

Deivis: Uma aposta, entre nós dois!

Zayan: Que tipo de aposta, é o que vai esta valendo?

Deivis: A pergunta é, convidou alguém para o baile?

Zayan: Eu não! Sai, fora! Não vou nesse baile idiota!

Deivis: Já sei como acabar com aquela garota metida!

Zayan: Não entendi! Que garota?

Deivis: Aquele insuportável da Cecília!

Zayan: Oque ela tem a ver?

Deivis: Você vai ao baile! E sabe com quem?

Zayan: Não faço a mínima ideia! Mas me diz aí?

Deivis: Ela mesma, Cecília Maya!

Zayan: Nem fudendo! Sai, fora! Deivis: Kkkk! Você sabia, que ela nunca beijou na boca? — Afirma ele, colocando os braços nos meus ombros.

Zayan: E, oque tenho com isso? Deivis: Você ajuda ela!

Zayan: Deixa de ser cretino!

Deivis: Ajuda a garota, qual é? Zayan: Não, não quero saber! Não vou me meter nas suas confusões!

Deivis: Me escuta! Olha só, você leva ela para o baile, logo depois do baile, dá, uns beijinhos nela!

Zayan: Oque pretende provar com isso?

Deivis: Oque tudo mundo acha que ela é! Vou provar para todos que ela não é, nenhuma santinha!

Zayan: Então essa é sua grande ideia?

Deivis: Que saber! Eu duvido você conseguir!

Zayan: Acha que não consigo pegar ela? Eu pego qualquer garota desse colégio! Ahn! Mas, vamos lá, me explica isso melhor, o que isso tem a ver com a aposta?

Deivis: Se você não conseguir pegar a marrenta, vai desfilar no discurso de formatura apenas de lingerie rosa, e tem mais, dizer ao colégio todo que é gay!

Zayan: Haha. — Solto, uma risada escandalosa. — Nunca, prefiro beijar a nerd!

Deivis: Então, eu duvido!

Zayan: Está bem, e, se eu conseguir?

Deivis: Eu pago a aposta, desfilo no discurso de lingerie.

Zayan: Fechado! Mas, por que ela? Qual sentindo?

Deivis: Ela é muito metida! E, se acha melhor que todo mundo!

Zayan: Será que ela tem pegada? - Sorrir com sarcasmo.

Deivis: Você tá ferrado! Ela nunca aceitará!

Zayan: Nosso combinado é, levá-la no baile, um beijo, só isso?

Deivis: Ela nunca sairá com você!

Zayan: Então, olhe e aprenda, com o mestre! E, tem mais! Já pode ir escolhendo, sua lingerie! Você já era! Ela, tá no papo! — Deivis e eu ficamos ali no pátio rindo, da ideia que ele acabou de ter, enquanto observamos de longe Cecília, entrar na biblioteca.

Deivis: Sua chance!

Zayan: Eu não… Não agora…

Deivis: Vai logo! — Fala Deivis, me empurrando. — Vai lá correr atrás da nerd…

Zayan: Xuuuuuu! Cala boca! — Faço sinal para Deivis, calar a boca, e vou em direção a ela, que acaba de entrar na biblioteca. Olho para trás e ele continua, zombando da minha cara. Já próximo à biblioteca, penso no quê falar com ela, já que nunca trocamos uma dúzia de palavras.

Já dentro da sala. Vejo ela sentada com vários livros, a maioria deles é sobre administração de empresas. Logo caminho até os armários, onde ficam esses tipos de livros, e começo a procurar algo sobre. Até que vejo um bem interessante que já foi muito citado em uma aula de empreendedorismo, era do líder chamado, James C. Hunter, "O monge é o Executivo. Levo minha mão para pegá-lo, até que sinto outra mão tocar a minha, meu coração logo dispara, eu nunca havia sentindo aquilo, que droga oque tava acontecendo comigo. Quando olhei para o lado era ela.

Cecília: Ah, é você? Vai usar esse livro?

Zayan: Oi… É que… Tava pensando eh… é...

Cecília: Que é garoto? Fala logo!Zayan: Eu… — Mas que droga, oque tá acontecendo comigo, gaguejando na frente de uma garota, merda! — Penso, enquanto encaro ela.

Cecília: Oque foi, gato comeu sua língua? Se não usará o livro, eu vou.

Zayan: Não! Peguei primeiro! - Falo, puxando o livro. - Também, estou me preparando para estudar administração! Tenho que me preparar, para assumir a empresa da minha família!

Cecília: Hum, ata, sei a segunda melhor construtora de Nova York, como se chama mesmo?

Zayan: Guerra, construtora Guerra! É porque a segunda melhor?

Cecília: Porque Maya, é a primeira! Kkkkkkk- Vejo, ela sorrir com sarcasmo.

Bibliotecária: Xuuuuuu! Silêncio vocês dois!

Cecília: Desculpa! — Diz, ela sem jeito. — Tá vendo? Oque você me fez fazer! — Fala ela cochilando.

Zayan: Eu? Você que está sendo metida.

Cecília: Eu?

Bibliotecária: Mais uma, e eu coloco os dois para fora!

Cecília: Sim, senhora.

Zayan: haha. — Sorrio, com a mão na boca.

Cecília: Você é um imbecil, agora me dá esse livro.

Zayan: Só se você pedir com educação. — Falo, bem próximo ao seu ouvido.

Cecília: Eu… Não pedirei!

Zayan: Fala assim, querido Zayan Leonard, me empresta o livro.- Vejo ela respira fundo.

Cecília: Zayan…

Zayan: Não! É assim, bem próximo ao meu ouvido… — Falo puxando ela bem próximo a mim.

Cecília: Idiota, me solta. — Cochila, ela.

Zayan: Comecemos de novo… Querido Zayan…

Cecília: Tá bom, eu já entendi! Querido Zayan Leonard, me empresta o livro por favor… — Diz, ela estridentes.

Zayan: Boa garota… Mas, não! Eu, vou usá-lo.

Cecília: Hurrmm! Seu imbecil. — Esbraveja ela.

Bibliotecária: Os dois! Para fora! Agora!!!

Saio, sorrindo, e debochando, depois de irrita-la. Já no pátio, Cecília sai de cara emburrada, enquanto, pisa duro na minha frente, corro atrás dela, e a pego pelo braço.

Zayan: Cecília, espera...

Cecília: Oque, você quer agora? Tirar o resto da minha paz? — Pergunta ela, indignada.

Zayan: Calma, calma! Pensei já que nos dois precisamos do mesmo livro, porque não dividir?

Cecília: Está bem, eu uso primeiro depois você usa!

Zayan: Humm, sabe oque é?Preciso dele, hoje! Então…

Cecília: Mas, eu também.

Zayan: Então façamos o seguinte, vai lá em casa, a gente pode estudar juntos! Oque acha?

Cecília: Eu? Na sua casa? Tá maluco né, garoto!

Zayan: Calma, pode ser na sua casa também!

Cecília: Eu não sei...

Zayan: É pegar ou largar!

Cecília: Está bem, está bem! Já que não tem outro jeito! As 15h! É, por favor, não se atrase!