Me escuta

Nunca pensei que um tapa poderia me doer na alma, mas a dor que senti ao olhar para ela que segurava o choro a todo o custo era imensa, dou um passo na sua direção e ela vai dois para trás.

— Alainn.

— Não chega perto — a sua voz embargada me fez perder o chão e mesmo com ela reclamando a puxo para um abraço.

— Me escuta por favor, eu posso comprar todos de volta.

— A questão não é essa, Arlo, você acabou de jogar fora algo que é meu, sempre foi minha marca e me orgulhei disso — ela me empurra e para evitar que ela chore acabo soltando.

— Esse tapa foi na minha alma agora.

— Pois deveria ir até a sua consciência também.

— Apenas repeti involuntariamente…

— F0da-se — a sua voz e a sua respiração estava alterada — Não quero desculpas, eu te avisei desde o começo que não sou como as mulheres daqui…

— Alainn, você precisa se acalmar ainda tempos um…

— Não vou a lugar nenhum com você.

— Você vai — a puxo pelo braço laçando a sua cintura — Vai sorrir, vou te beijar várias vezes e quando vir o presente que é um colar lindo de diamantes você vai me beijar novamente.

— Nos seus sonhos.

— Realidade, Alainn, essas fotos vão para o mundo todo, inclusive para o Brasil onde aquele merda vai ver você tendo atenção.

— Pouco me importa…

— Me perdoe — nunca pedi isso para ninguém, mas ali saiu sozinho e completamente verdadeiro — Nunca mais vou fazer isso.

— Não vai mesmo, pois se fizer não vou dar apenas um tapa em você — ela se solta e volta para o quarto.

Como não sei o que esperar dela a vejo retirar o vestido que ela estava ficando apenas de c@lcinha a minha frente, me dando a visão das duas costas e aquela bünda que tanto me chama para apertar.

Ela coloca um vestido vermelho colado no corpo que deixa as suas costas toda de fora, ao se virar acaba se assustando com a minha presença, mas ao perceber que não me mexi ela vai até as suas maquiagens.

Falar que ela estava linda era pouco, ela realmente estava deslumbrante e isso certamente vai de me dar muita dor de cabeça. Já com a maquiagem retocada e também com mais perfume, ela vem até a minha frente.

— Odeio surpresas, então daqui em diante me conte tudo.

— Tudo não, gosto de te surpreender — vejo ela puxar o ar e acabo sorrindo — Vou te contar o necessário para saber o que vai acontecer, pelo menos o principal.

— Ótimo, quero os meus batons de volta.

— Vou providenciar a coleção para você amanhã cedo.

— Se jogar mais alguma coisa minha fora, vou usar burca e batom preto.

Acabo gargalhando com o seu comentário, ela não tem nem noção do que está falando, mas a ver mais leve me deixou feliz. Aos poucos ela foi se soltando e logo estava sorrindo novamente.

O jantar, as fotos e até mesmo os beijos foram todos como eu havia planejado e certamente ainda esta noite seremos noticia, nunca sai com ninguém em público, imagina demonstração de afeto como os beijos.

No meio do jantar ela me mostra discretamente que tinha fotos nossas rodando a internet e até mesmo alguns vídeos curtos, toco a sua mão ao perceber que ela leu a desagradou.

— Não se atreva, Arlo — ela já reclama quando pego o seu telefone, mas ao perceber que abri uma pequena live ela acaba cobrindo o rosto.

— Me ensina a falar algo por favor — o nosso olhar se encontra e por alguns segundos até esqueço onde estamos.

— Iludido — ao perceber o seu sorriso e algumas figurinhas rindo subindo a olho sério a fazendo rir baixo.

Ali ficamos brincando um com o outro ainda em live, tomei o cuidado de sempre tocar no seu rosto de forma carinhosa e quando ela percebeu que os comentários estavam carinhosos ela se soltou mais, sendo ela mesma.

Não sei ao certo o que essa mulher fez comigo, mas o seu bem-estar passou ser a minha prioridade, ela conseguiu quebrar a minha postura fria em apenas alguns dias. A beijo enquanto ela não esperava desligando seu celular que encerrou a live sozinho.

— Arlo, por que fez isso?

— Percebi que você ficou desconfortável com algo que leu, não quero que foque nisso, sempre terá diversos ainda mais agora.

— Está sugerindo que apague as minhas redes sociais?

— Não, mas permita que ela seja cuidada pelo grupo — ela abre a boca para reclamar, mas a puxo para se sentar no meu colo ali mesmo no restaurante — Quero te proteger e isso faz parte, eles serão moderadores.

— Os seus também é assim? — confirmo com a cabeça enquanto as minhas mãos vão para o seu cabelo — Então tudo bem, podemos ir agora?

— Claro.

Peço a conta e quando vou saindo a puxo para meu lado a segurando pela cintura, ela não reclamou e pelo jeito percebeu os olhares de alguns homens que começaram a disfarçar quando a trouxe para perto.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***