Foi ele que começou

Assim que saio do escritório não dou nem dois passos acaba trombando com Qadim que me segura pela cintura respirando fundo, ele me olha intensamente e o seu sorriso me confirma que ele sabe muito bem o que aconteceu ali dentro.

— Perdida? — ele toca na minha boca quase borrando meu batom.

— Vai borrar — dou um tapa na sua mão tentando me soltar, mas ele me puxa de volta ainda me segurando pela cintura.

— Seu batom não foi retocado agora.

— Não, se me der licença, vou procurar Neith para ir embora.

— O que aconteceu com Arlo? — agora ele me solta, mas mantém o meu corpo perto.

— Provando do seu veneno — ele ameaça me puxar novamente, mas acabo o impedindo segurando no seu peito — Ele me ameaçou com o inferno, mas esqueceu de perguntar se sei brincar com fogo.

— Alainn — Neith aparece de surpresa e com isso consigo me soltar de Qadim — Desculpa, não sabia…

— Estou pronta, vamos?

— Você fez mesmo?

— Sim, foi ele que começou, agora aguente até o final.

— Ainda bem que não moro com vocês — ela começa a rir baixo enquanto vamos saindo sem nem nos despedir de Qadim.

Na verdade, estava fugindo dele mesmo, aquele aperto não foi nada agradável, ele pelo jeito é daqueles que consegue tudo o que quer e isso é um grande perigo, para mim pelo menos que não sou de aceitar ordens.

Neith me deixa no apartamento,mas após muita insistência ela subiu comigo para dormir, não saímos do quarto e pela luz na parte de baixo da porta consigo perceber que Arlo está ali.

Faço sinal de silêncio para ela que sorri perversamente subindo em cima de mim enquanto beija o meu pescoço, a viro na cama segurando as suas mãos acima da cabeça, mas a criatura laça as suas pernas na minha cintura.

— Sossega, vamos apenas dormir.

— Mas não ganhei meu prêmio.

— Deixa de ser sonsa Neith, olha onde estou e agora me explica o motivo de estar aqui?

— Você ganhou, mas eu quero mais.

— Outro dia, hoje já gozei — a solto me deitando ao seu lado na cama.

— Safada — ela aperta a minha bunda subindo em cima do meu corpo e mordendo minha nuca.

Acabou que ela depois aceitou, deitou ao meu lado e acabou que dormimos rápido, pois já era tarde. No outro dia vou para a empresa com Arlo e agora não vou ter como fugir, até as minhas roupas já tinham sido providenciadas na tarde antes do jantar.

Não quero fugir dele, na verdade, espero a sua próxima jogada, se ele ficar quieto o que duvido muito eu fico também, do contrário ele está ferrado na minha mão. Neith também iria para a empresa, mas em setores diferentes, mas me deu uma carona e me explicou por cima como funcionava tudo.

Ao chegar na sala de Arlo uma mulher muito linda me impede de seguir, explico que é o meu primeiro dia e ela me olha sem entender, repito a frase em inglês e pela a sua feição ela ainda não entendeu, mas me leva até a sua mesa.

Ao chegar perto da porta escuto os g€midos ali dentro, ela tenta disfarçar de todas as formas, mas sorrindo seguro as suas mãos avisando que não ligo e agora, sim, ela começa a falar direito comigo.

Me explicou que fingiu não entender com medo que eu fosse uma ciumenta e resolvesse realizar algum escândalo, acabo gargalhando com a sua sinceridade e isso pelo jeito chamou a atenção de Arlo, pois poucos minutos depois uma moça loira sai da sala ainda arrumando a rouba com o rosto todo manchado de batom.

— Alainn — ele me chama dentro da sala e respirando fundo entro — Fecha a porta.

— Entendeu agora?

— Não consegui entender ainda o motivo de ter me largado daquele jeito na casa do meu tio.

— É disso mesmo que estou falando, não viu o rosto dela todo borrado? Fico assim não.

Ele dá a volta na mesa jogando o seu corpo sobre o meu na cadeira, o seu olhar era intenso enquanto as suas mãos seguravam nos braços da cadeira, ele foi abaixando até chegar próximo ao meu rosto, mas antes de tocar a minha boca o empurro virando o rosto.

— Credo, você está fedendo perfume barato.

— Desde quando entende de perfume?

— Se afasta tenho alergia a galinha, logo vou começar a me coçar — ele se afasta rindo entendendo agora do que estou falando.

— Achou engraçado me deixar na mão ontem?

— Afinal, o que vou fazer aqui na empresa? Se não recebeu meu currículo, sou formada em psicologia, deveria estar… — ele se senta ao meu lado me puxando pela cadeira para ficar no meio das suas pernas — O que você está fazendo?

— Quero a minha parte — empurro ele com o pé, mas ele me puxa de volta subindo a sua mão pela minha coxa — Não se incomoda?

— Você ontem estava com a cara e os dedos dentro de mim até eu g0zar, acha mesmo que vou ter vergonha de você tocar a minha perna? — ele me solta se levantando — Agora me fala o que vou fazer.

— Será minha assistente pessoal, espero que seja tão boa em inglês como é em me afrontar.

— Você começou.

— Quer mesmo ver o inferno né? — ele volta com tudo segurando nos braços da cadeira.

— Você só esqueceu que amo brincar com fogo — me ergo passando o meu corpo rente ao dele e vou saindo da sala.

— Onde pensa que vai?

— Embora, já percebi que nem você sabe o que vou fazer, então vou fazer nada em casa — ele me puxa pelo braço me fazendo segurar em seu peito — Sem contar que a sua próxima f0da já deve ter chegado.

— Você não liga mesmo?

— Que bonitinho quer que eu sinta ciúmes — aperto as suas bochechas, mas ele puxa as minhas mãos, me segurando pela cintura — Esquece, pois não tenho ciúmes de você.

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