A minha cabeça parece que vai explodir e não me lembro de ter ido para o meu quarto, se bem que não tenho lençóis tão macios assim. Logo as cenas de Cleiton gritando comigo me fazem sentar de uma vez e a minha frente tem um homem que nunca vi, Neith e o seu tutor.
— Onde estou Neith?
— Ela fala árabe? — o homem, que está sentado quase o meu lado, pergunta a Neith.
— Sim, durante o ano eu ensinei — ela se vira para mim se sentando na ponta da cama se mantendo bem longe de mim — Alainn e te trouxe para o Cairo para se casar com o meu irmão.
— Você ficou louca? — me levanto quase pulando em cima dela, mas aquele homem sentado me segura me mantendo no seu colo enquanto ela corre atrás do homem que colocou todos para fora — Por que você fez isso Neith? Não vou me casar com ninguém, já me basta o que aquele cretino fez comigo.
— Preciso que se acalme e fale em árabe e não tudo misturado.
— ME LARGA — acabo gritando, mas ele aperta mais contra o seu corpo, o que me irritou ainda mais.
— Sua louca — ele me solta assim que pulo no seu colo com força acertando precisamente o seu m€mbro, assim que me levanto vejo ele se contorcer na cama de dor.
— Não me prenda, ainda mais quando quero bater na sua irmã.
— Alainn, por favor me desculpa, foi culpa a minha se não tivesse… — ver Neith jogada ali no chão quebrou o meu coração, durante o ano ela me confidenciou que estava evitando voltar.
Ali em Cairo mulher não em voz, mas se ela me trouxe até ele alguma coisa tem que ter de bom, a puxo para um abraço onde ela chora sem se controlar, engraçado quem teve a vida toda ferrada por uma simples chup@da sou eu e é ela que chora.
— Levanta, não gosto de te ver assim — ela sorri fraco e me abraça novamente, mas logo aquele homem me puxa me sentando ao seu lado na cama.
— Calma — a sua voz no meu pescoço me fez engolir em seco — Vou te ajudar, Neith me contou tudo o que aconteceu.
— Maria fifi — ela acaba sorrindo, ao me ver brincando e ela faz aquela caretinha que aprendi a amar, durante este ano desenvolvemos uma amizade e uma cumplicidade enorme.
— Você terá todo o apoio que o meu sobrenome pode oferecer, mas você tem obrigações a cumprir.
Ele me entrega um contrato onde fica claro que estamos noivando para um futuro casamento que deve acontecer em no máximo dois anos, ali também me garante que tenho um emprego no grupo, onde ele pode ficar próximo, me mantendo segura de eventuais assédios.
Merda, aqui mulher não tem voz e não posso sair por aí como se estivesse no Brasil, para evitar a minha fuga os meus documentos ficam em posse de Arlo Sahil que se compromete a me dar tudo que for necessário para minha sobrevivência.
Aquele acordo também me permitia dormir com qualquer pessoa desde que não venha a público, esta parte estava até grifada e quando olho para o irmão de Neith ele sorri safado, que nojo.
— Se não assinar?
— Assina logo e para de enrolar poha — quem ele pensa que é para falar comigo dessa forma? Olho para ele sem pensar nas consequências, rasgo o contrato enquanto vejo ele me olhar furioso.
— Não vai falar comigo dessa forma, já vai aprendendo.
— Quem precisa de ajuda aqui é você estrangeira.
— Na verdade, Arlo, você também — ele vai até o homem que não se mexe, então é isso… Ele gosta de intimidar, pois, comigo ele não vai ter vez — Não se esqueça que o seu tio está exigindo o noivado dos dois, mas o seu em especial, Alainn, é ótima para isso.
— Parece que o jogo virou.
— Calada.
— Vem calar o seu idiota, está pensando que vou abaixar a minha cabeça para você, pois saiba que isso nunca vai acontecer.
— Não me provoca, posso transformar a sua vida num inferno.
— Pois tente então que faço questão de lhe ensinar como brincar com fogo.
— Chega os dois — aquele homem entra no meio e agora que percebo estar perto de mais do seu rosto, claro estou em pé em cima da cama enquanto ele está no chão — Alainn precisa de um tempo do Brasil, Arlo precisa de uma noiva, vamos dar um ano se funcionar segue o casamento contratual do contrário cada um segue a sua vida.
— Waliu isso…
— Arlo chega, você precisa se casar ou nunca vai assumir, vai ficar na sombra de Qadim até quando?
— Pois que seja, mas não vou perder a minha liberdade por uma estrangeira.
— Os dois estão livres para s€xo casual desde que não venha a público, vão fazer aparições em público como um casal modelo e moram na mesma casa — ele se vira para mim — Aqui não é o Brasil para andar livremente Alainn, você certamente vai chamar atenção pela sua beleza então peço que colabore.
— Obrigada, Waliu, desde que ele me trate com respeito, ele pode f0der o mundo que não ligo.
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Atualizado até capítulo 109
Comments
Angela S Silva
nada haver se e fodona não precisava nem sair do seu país de origem
2023-05-19
2
Dayane Castro
mulher que não a abaixa a cabeça para homem nenhum, tem o meu total respeito.
2023-04-03
2
Dayane Castro
meu Deus, ela é afrontosa, e eu amo isso 😍😍😍😍😍
2023-04-03
2