Não rolou mais nada que uns beijos naquela noite, ele provou receoso a comida me fazendo dar uns tapas no seu ombro, mas no fim ele acabou comendo bem mais e até elogiou a minha comida, claro reclamando que não morreu ao comer.
Arlo pelo jeito é tão carente por atenção, daquelas que não temos interesse ou segundas intenções ali presentes, igual a Neith quando a conheci, tanto que para o fazer conversar comigo deu trabalho, mas quando me levanta para ir me deitar ele resolveu se abrir.
Os seus pais morreram quando ele era novo e desde então ele vem carregando a obrigação de cuidar de Neith, mesmo que ele tenha feito escolhas erradas ao olhar de muitas pessoas acredito que era o melhor que tinha para oferecer naquele momento.
A situação aqui é bem crítica e sendo sincera os dois tinha uma genética maravilhosa, como podem ser tão gatos dessa forma. Mas essa beleza no caso de Neith pode atrapalhar, tanto que ela não anda sozinha de forma alguma.
Orientação que Waliu também me passou e estou seguindo à risca, estou sempre com ele ou Neith e procuro não ficar em ambiente pouco movimentado. Apesar de vários protestos e movimentos, o assédio aqui é mais comum do que poderia imaginar.
Assim que cheguei na empresa com Arlo, todos me olhavam estranho e não sabia o motivo até chegar na sua sala, o infeliz colocou uma mesa para mim ali dentro, ele sorria vitorioso e agora entendi que ele estava apenas devolvendo.
— Você ainda quer brincar?
— Não estou brincando, Alainn, você não me disse que gosta de fogo? — ele vem se aproximando e quando chega bem perto empurro pelo seu rosto com as mãos e indo para a minha mesa.
— Não sabia que você era emocionado dessa forma.
— O que quer dizer?
— Desculpa, esqueci que você não conhece algumas expressões — me sento apoiando a minha cabeça sobre as mãos enquanto ele se aproxima sorrindo — Quis dizer que você é iludido que com apenas uns beijos já acredita que vou me derreter por você.
O seu sorriso desaparece na mesma hora, mas o meu cresce acompanhado por uma risada baixa que o deixou mais irritado, ao ligar o computador ali percebo que tudo estava uma bagunça entre os idiomas.
Não sei ao certo ainda o que vou fazer, mas nesta bagunça certamente não será. Arrumo tudo separando entre os idiomas e nem percebo a hora passar, tanto que me assusto quando ele coloca um prato com sanduíche de pão sírio e suco a minha frente.
Ele não falou comigo, mas não me importei, afinal estava de fone, comi as pressas e quando parei para respirar e ergo olhar o vejo me analisando, respiro fundo para não jogar o mouse na sua cabeça, mas faço questão de não desviar o olhar.
— Se quer falar alguma coisa é só me chamar, a música está baixa.
— Eu sei também estou ouvindo.
— Como assim? — me levanto indo até a sua mesa e agora percebo que a minha tela está aberta ali — Está olhando ou estamos compartilhando?
— Gosto como o meu idioma soa na sua boca.
— Sabe o que vai ficar lindo?
— Você comigo, jantando hoje — reviro os meus olhos, para não soltar as palavras que estavam ali querendo sair sem permissão — Isso não é um convite Alainn.
— Vai me obrigar?
— Vou, faz parte do contrato sair em público e hoje seremos flagrados em um jantar romântico onde vou te presentear.
— Nossa, que fofo… — ele me volta me olhar na mesma hora — Já posso vomitar?
— Que susto agora pensei que você a... a...
— Emocionada?
— Sim.
— Estou longe de ser, coisas assim não fazem os meus olhos brilhar — me afasto dele indo até a minha mesa desligando o meu… quer dizer, o nosso computador — Vamos preciso estar linda para desfilar onde quer que você me leve.
Mesmo não me virando consegui ver ele segurando o riso, apesar dessa nossa troca nada carinhosa, sei que ele está se soltando cada vez mais e já que vamos ter que passar muito tempo junto, pelo menos que seja na paz e espero de coração que ele não esteja mentindo para mim.
Quando levo a mão para abrir a porta, ele a segura negando com a cabeça. Costumes que estava ainda me adaptando e seguro no seu braço e assim saímos da empresa.
Fui direto para o banheiro e como costume deixo o perfume e o batom por último. Arlo bate na porta e quando peço para ele entrar o vejo vir com tudo até onde estou tomando o batom da minha mão.
— O que pensa que está fazendo?
— Não vai usar isso para fugir de mim.
— Ficou traumatizado?
— Apenas não caio mais nesse seu golpe — o vejo saindo, mas logo retorna abrindo os outros batons e todos que eram com a tonalidade vermelha ele recolhe.
— O que você vai fazer? — saio atrás dele tentando pegar, mas ele ergue as mãos tirando do meu alcance e os joga todos no lixo da cozinha.
— Vou jogar fora e comprar outros todas às vezes que os usar contra mim — ele fala abaixando o seu rosto e quando percebo a minha mão já acertou o seu rosto com um tapa forte.
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Atualizado até capítulo 109
Comments
Josi Costa..🖋
idiota quer mandar até nós batons 🙄
2023-04-07
2
Josi Costa..🖋
Ele tem um ego enorme, merece sofrer o pouquinho, para aprender que nem todas as mulheres caiam aos seus pés.
2023-04-07
2
Claudia
😂😂😂🤣🤣🤣🤣Esse dois são comédias😂😂😂😂🤣🤣🤣🤣😂😂♾🧿
2023-04-05
1