Linda

Elian Harrys

Amara me surpreendeu muito desde que chegou aqui, eu esperava mais rebeldia ou algo do tipo e confesso que não pretendia me aproximar tanto, pelo menos foi o que pensei quando toquei seus lábios pela primeira vez. Algo palpitou em meu peito, eu tinha que vê-la todos os dias pra ter certeza, mas as vezes parecia inalcançável além de que a ofendi no primeiro dia aqui. Nunca fui de abrir meu coração, nunca ficara tão irritado com a presença de outros homens ao redor de uma mulher, mas nessa noite... ela estava como uma deusa, linda e perfeita é assim que eu a enxergo, mas aquele sorriso...

Aquele sorriso me destruiu de uma forma boa se é que é possível, e o fato de ela distribui-lo para outros me deixou irritado, ela não sorria assim pra mim, ela tinha medo de mim e por isso eu evitei muito contato, exceto por está tarde no quarto dela, aquele short que ela usara antes tinha um cheiro inebriante para mim. Eu soube naquela hora que a queria a qualquer custo e me pergunto, quando diabos eu me apaixonei?

A forma como ela estava toda sorridente para Pietro, como dançou com ele e me desobedeceu ao sorrir tão lindamente para ele me deixou louco de ciúmes, minha esposa, a mulher que me deixa louco só de olha-la sorrindo daquele jeito, dançando daquele jeito... Mas agora ela me questiona tanto sobre o que sinto... eu sabia que se a deixasse subir para o quarto e se trancar lá eu a perderia. Eu a abraço pela cintura sentindo seu cheiro na curva de seu pescoço e digo a ela o que a mesma queria saber, que estou com ciúmes e que estou irritado e confuso por isso.

Eu queria que ela dissesse algo, mesmo que me batesse ou gritasse eu queria ouvir sua voz, queria sentir seus lábios e queria tê-la só pra mim sem deixar que outro idiota chegasse perto para toca-la ou sentir esse perfume maravilhoso.

Amara:

Eu... eu não achei que fosse dar certo... — ela murmurou e continuei agarrado a sua cintura e quando suas mãos tocaram as minhas estremeci.

Elian:

O que foi, Linda?

Ela se virou para mim e a imagem fez meu coração saltar, seu rosto com lágrimas e suas bochechas coradas, nunca vira mulher mais linda e ela estava sorrindo... sorrindo pra mim. Ela colocou as mãos em meu rosto, e me olhou como se estivesse... orgulhosa.

Amara:

Eu realmente queria saber o que você sente... Eu gosto muito de você, Elian...

A frase se repetiu na minha cabeça e eu engoli em seco, nunca me falaram algo do tipo. Tomado pela alegria repentina eu a beijei, sentindo seus lábios macios nos meus e seus dedos nos meus cabelos, pedi permissão para a passagem de língua e a resposta foi imediata. Eu a tirei do chão colocando-a em meu colo, e me sentei no sofá com ela, se a falta de ar não se fizesse presente eu não teria parado e nem ela.

Nós respiramos ofegantes e começamos a nos beijar de novo, aquela sensação ardente me fez ficar excitado e assim que notou ela interrompeu o beijo.

Elian:

Desculpe...

Amara:

Não, tudo bem é que... — ela virou o rosto.

Com a mão trouxe seu olhar de volta ao meu suavemente e umedecendo os lábios beijei seu pescoço levemente e ela estremeceu, dei uma risada baixa e rouca em resposta.

Elian:

O que foi? — Amara estava tão vermelha quanto um tomate, ela era tímida parecia nunca ter tido tal experiência.

Amara:

É que... eu nunca tive tanto contato intimo... especialmente com um homem. — ela disse e meu olhar surpreso encontrou o seu.

Uma alegria tomou conta de mim, eu era o primeiro dela e se dependesse de mim seria o último, agora eu entendo o porquê da timidez ou a falta de experiência naquele beijo na piscina, Céus, aquele dia ela saiu da água e seu vestido estava praticamente transparente.

Dei uma risada grave e rouca e senti ela se remexer no meu colo, esse movimento me deixou louco mais do que eu já estava e eu acabei soltando um gemido rouco que a fez me olhar curiosa.

Elian:

Tudo bem, minha Linda, tudo no seu tempo, sou paciente. — acaricio seu cabelo.

Mentira, eu não sou, mas por ela eu vou ser, tenho que ser não posso e nem quero força-la a nada e nunca faria isso com ninguém.

Amara:

Obrigada, Elian... — ela sorriu e me beijou, retribui com vontade.

Enquanto nós estávamos nos beijando ouvi sua respiração pesada, parei um pouco e desci com uma trilha de beijos por seu pescoço e a ouvi arfar e então ela fez o mesmo comigo, senti seus lábios em minha pele e agarrei ainda mais sua cintura colando seu corpo no meu.

Kirah:

Eu não acredito que fui deixada para trás isso é... — para e nós a olhamos.

Amara saiu do meu colo e correu para o quarto dela, me levantei mas lembrei da minha vergonhosa ereção que minha irmã não precisava ver. Ela subiu as escadas correndo atrás de Amara e eu suspirei pesado, essa noite foi... diferente de tudo que já passei.

Logo levantei do sofá indo ao meu quarto e como passei pelo de Amara ouvi as risadas das duas, agora me lembrei que ela mencionou que não achava que sabe-se lá o que ia dar certo e eu certamente vou questiona-la sobre isso, essas duas se tornaram amigas de forma... suspeita apesar de Kirah fazer amizade até com uma pedra se deixar.

Entrei no meu quarto com um sorriso nos lábios e tomei um banho de água fria, mas mesmo depois meu corpo continuou em chamas por ela. Céus, como eu a desejava, como eu quero protege-la desses abutres dessas festas, ela é tudo o que eu sempre procurei.

Recebo uma ligação no celular, é Louis o pai de Amara.

...... Iniciando ligação......

^^^E: Sim?^^^

L: Senhor Harrys, como está minha menina?

L: Espero que esteja tudo bem.

^^^E: Por que você não ligou diretamente para ela?^^^

L: Ela não tem celular, senhor Harrys.

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^^^E: Certo, ela está bem, aliás vamos visitar você amanhã, quero discutir alguns assuntos.^^^

......fim de ligação......

Vou tirar satisfação com aquelas malditas e comprar um celular para Amara.

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