Amara Harrys
Continuei seguindo os conselhos de Kirah, mas já estava ficando entediada de bater papo com tanta gente, nem sei quanto tempo perdi fazendo isso. Pietro me convidou para dançar e eu aceitei, pelo menos faria algo diferente isso contando com que Elian sinta ciúmes, com tudo... já não sei se vai dar certo.
Pietro pegou minha cintura de forma pesada e meus lábios se curvaram em reprovação, mas coloquei minha mãos em seus ombros e a música começou, era lenta demais e chata, e enquanto dançamos senti ele apertar mais um pouco para que meu corpo colasse no seu, mas discretamente o empurrei mantendo a distância inicial. Juro que eu já estava quase caindo, meus pés estavam doendo pelo tempo que eu dancei de salto, até que me separei dele e fui para um canto mais silencioso e tirei os saltos me sentando no balanço que tinha ali, respirei fundo aliviada.
Joguei os saltos de lado e segurei nas correntes que seguravam o balanço, então joguei a cabeça para trás, suor escorria na minha pele apesar do clima agradável, eu me sentia nervosa e com dúvidas imparáveis em minha mente, até que quando levantei a cabeça vi Elian parado um pouco distante de mim com as mãos no bolso, assim que notou que o vi ele caminhou até mim e se ajoelhou na grama mesmo pegando meu pé.
Elian:
Você gostou mesmo de dançar com Pietro, seus pés estão com calos. — ele estala a língua e acaricia meu pé direito, eu respirei fundo atenta a cada movimento dele.
Amara:
Foi agradável... — eu disse e ele me olhou com uma expressão de divertimento.
Elian:
Não minta, vi sua cara de insatisfeita com ele. — ele continuou fazendo massagem no meu pé.
Joguei minha cabeça para trás novamente e pensei no que Kirah havia dito sobre ele não ficar bêbado, eu o olhei enquanto seus dedos deslizavam em meu pé e depois passou para o outro. Como pode um homem ser tão atencioso? Mas ele não parece está com ciúmes ou algo assim.
Amara:
Por que ficou tão próximo a mim está tarde... no meu quarto? — perguntei com a voz trêmula pelo nervosismo, engoli em seco quando seu olhar encontrou o meu.
Elian:
Eu estava bêbado. — disse desviando o olhar.
Eu ri em escárnio.
Amara:
Não minta, Kirah me disse que você não fica bêbado. — eu dei um leve sorriso.
Ele me analisou um pouco e se aproximou ainda de joelhos envolvendo minha cintura com os braços e eu apoiei minhas mãos em seus ombros.
Elian:
Eu quero que sorria assim só pra mim, Amara. — sua mão alcançou minha bochecha com um toque suave que me fez fechar os olhos.
Amara:
O que você sente por mim, Elian? — eu perguntei calmamente aproveitando o toque e sua mão parou.
O silêncio pairou entre nós, ele desviou o olhar e se levantou, abri a boca para falar, mas nem precisei de resposta... ele dar mais um passo para entrar no salão de novo foi o suficiente. Suspirei, no final das contas... ele não sente nada por mim, não sei porque me esforcei tanto para obter nada como resultado, calcei os saltos novamente e andei até Kirah.
Quando ela ia abrir a boca para falar algo eu a parei, não queria falar com ninguém. Mas então me veio uma ideia a cabeça, ele disse para que eu sorrisse daquele jeito só pra ele... não significa que eu precise obedecer, certo? Então por conta própria me levantei, ainda sentindo a dor nos pés, mas já aliviada por causa da massagem de Elian. Andei até Pietro e comecei a conversar com ele, senti o olhar de Elian mais uma vez e o olhei e sua expressão estava indecifrável, ele parecia saber o que eu ia fazer. E então eu fiz, dei o sorriso mais largo e sincero que eu tinha para Pietro que sorriu de volta me oferecendo um drink, quando eu ia pegar a taça, em um piscar de olhos fui erguida do chão por Elian que me pegou nos braços.
Eu o olhei surpresa, sua expressão estava sombria e sua mão apertou minha coxa por baixo, ele saiu do salão comigo e me levou até o carro onde me colocou com brutalidade e nós fomos embora do evento. O caminho foi silencioso, mas a aura dominadora de Elian permanecia no carro, confesso ter me assustado um pouco, por que ele me levou embora de repente?
Amara:
Mas e Kir...
Elian:
Conversamos depois. — me interrompe e ouço seu tom de voz severo calando-me.
Meu coração estava batendo forte, eu claramente fiquei mais nervosa ainda, seria essa a demonstração de ciúmes que Kirah mencionou? Que quando um homem tem um diamante valioso não quer dividir com ninguém? Certo, então o plano tinha funcionado mas, confesso ter ficado pasma com a força e rapidez com que ele me pegou nos braços ao mesmo tempo em que... gostei disso.
Com a velocidade que ele está não demorou muito para chegarmos na mansão, quando ele abriu a porta do carro a minha direita fez um gesto para que eu saísse, como se não quisesse me assustar como antes. E então saí o seguindo apreensiva, que tipo de conversa teríamos? Ele iria brigar comigo? Gritar ou algo assim? Admito não estar muito esperançosa, ele mandou que eu sentasse no sofá e assim o fiz vendo-o andar de um lado para o outro impaciente.
Elian:
Qual o propósito de tudo isso? Hein Amara?! — ele falou alterado.
Amara:
Tudo isso o que?
Elian:
Primeiro você me aparece como uma deusa e depois você me deixa louco sorrindo para outros caras, então eu pergunto... — ele respira fundo.
— Qual. o propósito. de. tudo. isso?
Eu me levantei e me aproximei dele lentamente, olhando-o nos olhos com uma expressão surpreendentemente corajosa, eu queria dizer a ele como me sentia, mas antes queria faze-lo se revelar para mim.
Amara:
Por que? Por que eu sorrir daquele jeito para outros caras te deixa louco, Elian? — minha expressão tornou-se severa.
Ele estava respirando tão profundamente que seu peito subia e descia com rapidez, ali eu tive certeza de que seu coração estava acelerado e ele estava visivelmente nervoso ou ansioso, mas a questão é por quê?
Ele se virou como se não quisesse que eu olhasse em seu rosto, mas agora é tudo ou nada então não posso deixa-lo fugir. Caminho encontrando seu olhar novamente, agora sentindo que meu coração vai sair pela boca, de todos os sentimentos que já tive este é o mais intenso, uma mistura de nervosismo com confiança e medo. A vontade ardente de ter meus lábios no dele de novo e... aquele sonho...
Elian:
Eu... — ele engoliu em seco mexendo na barba bem feita e desviando o olhar e aquilo me irritou.
Amara:
Elian, olhe pra mim. — eu disse alto e em bom som.
— Se não é capaz de me dizer então vou para meu quarto. — me virei e no momento em que fiz isso ele agarrou minha cintura por trás.
Elian:
Porque você me deixa louco de ciúmes Amara... — minha boca secou com a confirmação esperada.
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Atualizado até capítulo 35
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